Ucrânia Poroshenko prevê final do conflito e prepara entrada na UE
O presidente
ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou hoje que "o pior" da guerra já
passou e a paz está próxima, ao apresentar um plano de reformas para
preparar a Ucrânia para se candidatar à União Europeia em 2020.
Mundo
Lusa
Na primeira grande conferência de imprensa desde que foi
eleito, em finais de maio, o milionário e antigo magnata do chocolate
apresentou uma "Estratégia 2020" que compreende 60 reformas económicas e
sociais destinadas a preparar o país para entrar na UE.
A orientação pró-europeia do governo ucraniano esteve na origem
do conflito armado no leste do país e é criticada pela Rússia, que
apoia as forças separatistas do leste da Ucrânia.
Os combates, iniciados em abril, já fizeram mais de 3.200 mortos e 650.000 deslocados, mas o cessar-fogo acordado em Minsk a 5 de setembro parece estar a ser globalmente respeitado. Nas últimas 24 horas, pela primeira vez, nenhum civil ou militar foi morto na linha da frente, segundo o exército.
"Não tenho qualquer dúvida de que a parte principal e mais perigosa da guerra já passou, graças ao heroísmo dos soldados" ucranianos, disse Poroshenko, que acrescentou não ter dúvidas de que o plano de paz assinado há cinco dias "vai funcionar".
"Acabámos com a tirania, consolidámos o nosso rumo europeu, resistimos na luta contra o inimigo externo e, não tenho dúvidas, a paz já não está longe", acrescentou.
A Rada Suprema (parlamento ucraniano) aprovou na semana passada uma proposta de Poroshenko que atribui um "estatuto especial" às regiões separatistas pró-russas, prevendo mais autonomia, eleições a 07 de dezembro e uma amnistia para os combatentes.
A oferta foi no entanto rejeitada pelos separatistas, que pretendem realizar eleições próprias, presidenciais e legislativas, a 02 de novembro, uma semana depois das legislativas ucranianas marcadas para 26 de outubro, que tencionam boicotar.
Poroshenko disse hoje que Kiev não reconhecerá eleições realizadas nas regiões rebeldes à revelia do governo central e que espera que a Rússia também não as reconheça.
Por outro lado, o presidente ucraniano assinou hoje um decreto que ordena o encerramento dos 2.000 quilómetros de fronteira com a Rússia, medida que, segundo um responsável dos serviços de segurança ucranianos, visa impedir a entrada em território ucraniano de "agentes subversivos".
O efeito desta medida é contudo limitado, uma vez que algumas centenas de quilómetros da fronteira estão sob controlo dos separatistas.
Sublinhando a vontade de aproximação ao Ocidente, Poroshenko anunciou também hoje que encarregou o Governo de renunciar oficialmente ao estatuto de Não-Alinhado, uma medida que abre caminho à entrada da Ucrânia na NATO.
A decisão tinha já sido adotada no final de agosto pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, que considerou então uma prioridade o desenvolvimento de relações estratégicas entre a Ucrânia e os Estados Unidos, a UE e a NATO.
A Ucrânia assinou em junho um acordo de associação com a UE, o qual foi ratificado a 17 de setembro pelo parlamento ucraniano e pelo Parlamento Europeu.
"As portas da UE estão abertas para a Ucrânia, estou absolutamente convencido", disse Poroshenko.
O plano de reformas, afirmou, tem por objetivo superar "o atraso crítico" que coloca a Ucrânia "séculos atrás" dos países europeus, e contempla a remodelação e descentralização da administração, a reforma do sistema judicial e das forças de segurança e de defesa, o desenvolvimento do tecido empresarial e a reforma fiscal.
"Estas reformas podem renovar o Estado, que não tem capacidade para responder às exigências dos cidadãos. A alternativa seria o colapso total. Só as reformas podem satisfazer as exigências revolucionárias dos cidadãos", disse.
copiado http://www.noticiasaominuto.com/
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Os combates, iniciados em abril, já fizeram mais de 3.200 mortos e 650.000 deslocados, mas o cessar-fogo acordado em Minsk a 5 de setembro parece estar a ser globalmente respeitado. Nas últimas 24 horas, pela primeira vez, nenhum civil ou militar foi morto na linha da frente, segundo o exército.
"Não tenho qualquer dúvida de que a parte principal e mais perigosa da guerra já passou, graças ao heroísmo dos soldados" ucranianos, disse Poroshenko, que acrescentou não ter dúvidas de que o plano de paz assinado há cinco dias "vai funcionar".
"Acabámos com a tirania, consolidámos o nosso rumo europeu, resistimos na luta contra o inimigo externo e, não tenho dúvidas, a paz já não está longe", acrescentou.
A Rada Suprema (parlamento ucraniano) aprovou na semana passada uma proposta de Poroshenko que atribui um "estatuto especial" às regiões separatistas pró-russas, prevendo mais autonomia, eleições a 07 de dezembro e uma amnistia para os combatentes.
A oferta foi no entanto rejeitada pelos separatistas, que pretendem realizar eleições próprias, presidenciais e legislativas, a 02 de novembro, uma semana depois das legislativas ucranianas marcadas para 26 de outubro, que tencionam boicotar.
Poroshenko disse hoje que Kiev não reconhecerá eleições realizadas nas regiões rebeldes à revelia do governo central e que espera que a Rússia também não as reconheça.
Por outro lado, o presidente ucraniano assinou hoje um decreto que ordena o encerramento dos 2.000 quilómetros de fronteira com a Rússia, medida que, segundo um responsável dos serviços de segurança ucranianos, visa impedir a entrada em território ucraniano de "agentes subversivos".
O efeito desta medida é contudo limitado, uma vez que algumas centenas de quilómetros da fronteira estão sob controlo dos separatistas.
Sublinhando a vontade de aproximação ao Ocidente, Poroshenko anunciou também hoje que encarregou o Governo de renunciar oficialmente ao estatuto de Não-Alinhado, uma medida que abre caminho à entrada da Ucrânia na NATO.
A decisão tinha já sido adotada no final de agosto pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, que considerou então uma prioridade o desenvolvimento de relações estratégicas entre a Ucrânia e os Estados Unidos, a UE e a NATO.
A Ucrânia assinou em junho um acordo de associação com a UE, o qual foi ratificado a 17 de setembro pelo parlamento ucraniano e pelo Parlamento Europeu.
"As portas da UE estão abertas para a Ucrânia, estou absolutamente convencido", disse Poroshenko.
O plano de reformas, afirmou, tem por objetivo superar "o atraso crítico" que coloca a Ucrânia "séculos atrás" dos países europeus, e contempla a remodelação e descentralização da administração, a reforma do sistema judicial e das forças de segurança e de defesa, o desenvolvimento do tecido empresarial e a reforma fiscal.
"Estas reformas podem renovar o Estado, que não tem capacidade para responder às exigências dos cidadãos. A alternativa seria o colapso total. Só as reformas podem satisfazer as exigências revolucionárias dos cidadãos", disse.
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