Em delação exemplar, Costa entrega tudo ao estado
Ex-diretor da Petrobras terá de pagar multa de US$ 5 milhões, devolver US$ 25,8 milhões que estão na Suíça e em Cayman, uma Rand Rover, avaliada em R$ 300 mil, que ganhou de presente do doleiro Alberto Youssef, além de bens que teria adquirido por meio de "atividade criminosa", como uma lancha avaliada em R$ 1,1 milhão, um terreno e valores apreendidos em sua residência; tudo faz parte do acordo de delação premiada em que ele entregou o esquema de corrupção que envolvia grandes empreiteiras e políticos; em troca, terá o arquivamento de fatos novos que aparecerem contra ele, direito a prisão domiciliar por um ano e parte da pena a qual for condenado em regime semiaberto; grande vencedor do acordo foi o juiz federal Sergio Moro, responsável pelo inquérito da Lava JatoEm troca do arquivamento de novos fatos que surgirem contra ele, prisão domiciliar por um ano e ainda parte da pena a qual for condenado cumprida em regime semiaberto, Paulo Roberto Costa terá de entregar uma série de bens que reconhecem serem "produto ou proveito de atividade criminosa ou seu equivalente em termos de valor", a começar por uma multa de US$ 5 milhões como forma de indenizar o estado.
Segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo, Costa precisará devolver US$ 25,8 milhões que estão em contas bancárias na Suíça e em Cayman, uma Rand Rover, avaliada em R$ 300 mil, que ganhou de presente do doleiro Alberto Youssef, também preso na Lava Jato e apontado como operador do esquema de corrupção, uma lancha avaliada em R$ 1,1 milhão, um terreno em Mangaratiba (RJ) e valores apreendidos em sua residência.
O grande vitorioso do acordo é o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelas investigações da Lava Jato. Ele concedeu ontem prisão domiciliar a Costa, que deve deixar a carceragem da PF na capital do Paraná, onde está preso desde março, ainda nesta quarta-feira 1º.
Confira abaixo reportagem da Agência Brasil a respeito:
André Richter - Repórter da Agência Brasil - O Ministério Público Federal (MPF) vai arquivar todos os fatos novos que aparecerem contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A regra consta no acordo de delação premiada assinado com o órgão em agosto. Em troca de informações sobre o funcionamento do suposto esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Costa também terá direto a um ano de prisão domiciliar e cumprimento da parte da pena a qual for condenado em regime semiaberto.
Para ter direito aos benefícios, Costa concordou em repassar informações sobre os crimes praticados na Petrobrás ou que envolvam contratos com o governo e recursos públicos. O ex-diretor também comprometeu-se a pagar R$ 5 milhões para indenizar o Estado pelos crimes praticados, além de entregar à Justiça todos os bens que foram comprados com dinheiro oriundo do suposto esquema de corrupção.
"[O MP] promoverá o arquivamento de fatos novos em relação ao acusado trazidos pelo colaborador em relação aos quais não exista, na data do acordo, nenhuma linha de investigação em qualquer juízo ou instância" propõs o órgão.
Hoje (30), por decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, Paulo Roberto Costa ganhou o direito a cumprir prisão domiciliar.
A decisão foi tomada em troca das informações prestadas por ele no acordo de delação, no qual ele citou nomes de políticos que receberam propina do suposto esquema investigado na Operaçao Lava Jato, da Polícia Federal.
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