Golpe: PSDB quer agilizar pedido de impeachment
Líder da oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) defende que o partido avance na formalização de um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff; "Chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma", disse o tucano; parlamentar afirma estar confiante de que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, "ouvirá de um conjunto muito expressivo da bancada federal que está na hora e o partido tem de avançar para formalizar um pedido de afastamento da presidente"; procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vê fatos para investigar Dilma; presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já arquivou pedido sem ler"Minha posição é a de que chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma", afirmou. Em sua avaliação, Aécio Neves "ouvirá de um conjunto muito expressivo da bancada federal que está na hora e o partido tem de avançar para formalizar um pedido de afastamento da presidente por todos os fatos que o Brasil conhece".
Adiantando críticas por parte dos petistas, o deputado já rebateu: "Não venha o PT falar em golpe porque eu li na tribuna da Câmara um pedido de impeachment assinado por José Genoino (ex-presidente do PT) contra Fernando Henrique Cardoso. Todos sabem onde está José Genoino e onde está FHC. O PSDB tem de evoluir pra isso, essa será minha defesa dentro do partido. A partir de amanhã seguramente teremos a discussão política a respeito disso", disparou.
Bruno Araújo justificou a ideia do impeachment utilizando como base as delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato que dizem que parte do dinheiro desviado de contratos da Petrobras teria sido entregue ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dispensou por duas vezes o pedido feito pela oposição para que a presidente seja investigada. Janot disse aos parlamentares da oposição não ver motivos fáticos para isso (leia mais). No Congresso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou sem ler um pedido de impeachment feito pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). "Beija o ilegal e o inconstitucional", justificou.
Para Bruno Araújo, porém, "há diversos elementos" para a abertura do processo. "Do ponto de vista subjetivo e moral, mostrar que a presidente dizia (durante a campanha eleitoral) uma coisa e faz outra hoje que, embora por si só não seja suficiente para uma cassação, mas o conjunto da obra, não tenho dúvida que, de ordem política, pode ser discutido pelo Congresso Nacional. Por isso não vejo, do ponto de vista política, como não haver com brevidade um processo de impeachment da presidente da República, substanciado, construído com responsabilidade, assinado por juristas que dão qualidade a essa representação e que de forma democrática o Congresso processe", explicou
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