BELGA/AFP/Arquivos / HERWIG VERGULT(Arquivo) O comissário europeu de Assuntos Monetários Yves-Thibault de Silguy (E) brinda com o presidente do Banco Central Europeu, Wim Duisenberg, para celebrar o nascimento do euro, em 31 de dezembro de 1998, em Bruxelas
Estas são as grandes datas do euro, criado há 20 anos, como divisa escritural em primeiro lugar, até a chegada das moedas físicas e das cédulas, em 2002.
- Taxa de conversão -
Em 31 de dezembro de 1998, véspera do lançamento do euro, previsto pelo Tratado de Maastricht, foram anunciadas em Bruxelas as taxas de conversão definitivas: 166,386 pesetas; 1,95583 marcos; 6,55957 francos e 1.936,27 liras por um euro.
Dezenas de milhares de pessoas se mobilizaram em bancos e bolsas europeias para que tudo estivesse operando na reabertura dos mercados, em 4 de janeiro, assim como nas lojas, marcar os preços em ambas as divisas.
- Moeda oficial -
Em 1º de janeiro de 1999, o euro se converte na moeda oficial de 11 países dos 15 que formavam a União Europeia: Finlândia, Alemanha, França, Itália, Espanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Portugal e Irlanda (291 milhões de habitantes no total).
Pode ser usada para operações bancárias imateriais, pagamentos por cheque, cheques de viagem ou cartões de banco.
O euro, que começou com uma cotação de 1,1789 dólar, estreou nas principais praças financeiras em 4 de janeiro. Mas no dia 27 daquele mês caiu, ficando abaixo de um dólar, e, no final de outubro, atingiu o seu valor mínimo histórico (0,8230 dólar).
AFP/Arquivos / PIERRE-PHILIPPE MARCOU(Arquivo) Contagem regressiva na frente do Banco de Espanha, em 30 de dezembro de 2001, dois dias antes das moedas e cédulas de euro entrarem em circulação
Em 1º de janeiro de 2001, a Grécia se incorpora à zona do euro.
- Moedas e cédulas -
Em 1º de janeiro de 2002, o euro se converte em "um pequeno pedaço da Europa nas nossas mãos", segundo o presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi.
Foram introduzidas cerca de 15 bilhões de cédulas e mais de 50 bilhões de moedas, gerando transtornos no dia a dia de 304 milhões de europeus. Enquanto tentavam se acostumar, muitos usaram as calculadoras para converter e comprovar as quantias.
As cédulas, com imagens de pontes e janelas, não levam nenhum símbolo nacional, ao contrário das moedas, com a efígie do rei ou de Cervantes cunhadas na Espanha ou a de Mozart na Áustria.
Começa um período de dupla circulação, com a retirada progressiva das divisas nacionais até 1º de março de 2002.
Em 15 de julho, o euro recupera a paridade com o dólar.
- Novos países -
Em 2002, a Suécia decide não integrar a zona do euro, como haviam feito antes Dinamarca e Reino Unido.
Novos membros da UE escolhem se unir: Eslovênia (2007), Chipre e Malta (2008), Eslováquia (2009), Estônia (2011), Letônia (2014) e Lituânia (2015).
- Crise da dívida -
AFP/Arquivos / PETRAS MALUKAS(Arquivo) Supermercado de Vilna em 27 de dezembro de 2014 com os preços em euros e em litas, antes da entrada do euro na Lituânia
Em 15 de julho de 2008, o euro dispara a 1,6038 dólar, seu máximo histórico, frente a um dólar afundado pela crise das "subprime". Em novembro, a zona do euro entra em uma recessão que dura um ano.
Em 2010, a UE enfrenta a crise da dívida. Em maio, a zona do euro e o FMI resgatam a Grécia com 110 bilhões de euros de ajudas, em contrapartida a um severo plano de austeridade. Em junho, o euro fica abaixo de 1,20 dólar.
Em novembro, a Irlanda, cujos bancos estão angustiados pelas dívidas, obtém um plano de salvamento de 85 bilhões de euros.
Em 2011, Portugal obtém uma ajuda de 78 bilhões de euros.
- Draghi salva o euro -
Em 25 de julho de 2012, a taxa de juros espanhola em longo prazo dispara e fica acima de 7,6%, o que faz temer que a zona do euro exploda. No dia 26, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, declara que a instituição está "disposta a fazer todo o necessário para preservar o euro", tranquilizando os mercados.
Em agosto, o BCE compra por 22 bilhões de euros bônus europeus em uma semana para apoiar Itália e Espanha.
Em outubro, o Eurogrupo aceita eliminar parte da dívida grega, uma medida combinada com novos empréstimos.
- Volatilidade, 'Grexit' evitado -
AFP/Arquivos / MIGUEL MEDINA(Arquivo) Foto tirada em 12 de fevereiro de 2012 em Paris de cédulas de 500 euros, cuja produção será interrompida no final de 2018
Em maio de 2014, a moeda comum europeia fica próxima a 1,40 dólar, um "euro forte" que lastra as exportações. Dez meses depois, se aproxima de 1,05 dólar, uma queda principalmente ligada às compras de ativos pelo BCE para apoiar a economia.
Em julho de 2015, encerram um terceiro programa de ajudas para a Grécia a fim de evitar in extremis um "Grexit", ou a saída do país da união monetária.
- Fim das cédulas 'Bin Laden' -
Em 2016, o BCE decidiu suspender até o final de 2018 a produção de cédulas de 500 euros, apelidadas de "Bin Laden" e acusadas de fazer o jogo dos traficantes: um milhão de euros em notas de 500 euros pesa apenas 2,2 kg . Em 2013, o BCE começou a emitir novas cédulas para substituir as de 2002.
Prisão de Carlos Ghosn é prolongada até 11 de janeiro
AFP/Arquivos / Kazuhiro NOGICarlos Ghosn é visto em telões em Tóquio
Um tribunal de Tóquio decidiu nesta segunda-feira (31) prolongar por mais 10 dias, até 11 de janeiro, a prisão preventiva do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn por suspeita de abuso de confiança.
O juiz aceitou o pedido do promotor, que considerou necessário mais tempo para decidir se denuncia Ghosn com essas novas acusações, disse o tribunal.
Carlos Ghosn, que continua sendo o presidente da Renault, está detido no Japão desde 19 de novembro e já foi denunciado por não declarar renda às autoridades financeiras japonesas durante cinco anos.
A decisão judicial desta segunda prolonga a saga acompanhada no Japão e no mundo dos negócios desde a inesperada prisão do magnata do setor automotivo em Tóquio.
Isto não significa que Ghosn será automaticamente liberado em 11 de janeiro, ou um dia depois, já que a Promotoria poderá renova sua detenção baseando-se em novas acusações.
Ghosn também está preso por uma primeira acusação, o que significa que não pode ser liberado até o final desta detenção e após a aceitação por um tribunal de uma demanda de colocação em liberdade sob fiança.
As autoridades seguem três linhas diferentes de investigação contra o empresário franco-libanês-brasileiro de 64 anos.
É suspeito de ter conspirado com seu braço direito, o executivo americano Greg Kelly, para ocultar um terço de seus rendimentos (cerca de cinco bilhões de ienes; 44 milhões de dólares) entre 2010 e 2015.
Também teria omitido declarar quatro bilhões de ienes (35 milhões de dólares) entre 2015 e 2018, aparentemente para evitar críticas por seu considerável salário.
Na terceira linha de investigação, pela qual prolongaram a sua prisão nesta segunda, Carlos Ghosn é suspeito de ter "falhado em sua função de presidente e provocado um prejuízo a Nissan".
Concretamente, a Promotoria o acusa de ter feito com que a Nissan encobrisse "perdas em investimentos pessoais" durante a crise financeira de outubro de 2008, o que ele nega, segundo a emissora de televisão pública japonesa NHK.
A soma em questão supera os 1,850 bilhão de ienes (16,6 milhões de dólares).
Para resolver este problema financeiro, teriam conseguido que um amigo da Arábia Saudita avalizasse e feito transferências por um valor equivalente na conta deste último de uma conta de uma filial da Nissan.
Este tipo de crime geralmente prescreve após sete anos, mas a lei permite suspender a contagem durante estadias no exterior, numerosas no caso de Ghosn, que passou apenas um terço de seu tempo no Japão.
Seu braço direito Greg Kelly, administrador da Nissan, foi colocado em liberdade sob fiança na semana passada, já que a razão pela qual Ghosn ainda está preso não o afeta.
Ghosn, que continua presidindo a Aliança Renault-Nissan, foi inicialmente detido em uma pequena cela, mas há várias semanas goza de melhores condições de detenção.
Seus advogados poderão vê-lo excepcionalmente nos dias 2 e 3 de janeiro, segundo a agência Jiji.
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