Itamaraty não registra vítimas brasileiras na Indonésia. Aliados de Bolsonaro pedem exclusão de Nicarágua da posse

Itamaraty não registra vítimas brasileiras na Indonésia


O Ministério das Relações Exteriores não recebeu, até o momento, notícias de brasileiros vítimas do tsunami que matou cerca de 200 pessoas na Indonésia. De acordo com a pasta, nenhum comunicado foi feito à embaixada brasileira em Jacarta nas horas seguintes à tragédia, mas o ministério está monitorando a situação.
Por volta das 21h45 de ontem (22), no horário local (12h45 em Brasília), as regiões costeiras do Estreito de Sunda, que separa as ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia, foram atingidas por um tsunami. De acordo com os dados oficiais, 30 pessoas estão desaparecidas nas duas ilhas e há 745 feridas. Um total de 430 casas e nove hotéis foram afetados, assim como navios. A região é densamente povoada.
Imagens publicadas no Twitter mostram carros arrastados pelo tsunami. Os distritos mais atingidos foram de Pandeglang, Seran e Lampung Selatan. Só na região de Pandeglang há 624 feridos. As ondas, segundo relatos, chegaram a quatro, cinco metros de altura.
O chefe do Departamento de Emergência da Agência de Gerenciamento de Desastres no distrito de Pandeglang, Endang Permana, afirmou que muitas vítimas foram atingidas no momento em que assistiam o que ocorria no mar. Krakatau Child é um dos 129 vulcões ativos na Indonésia. O país reúne 17,5 mil ilhas e está em uma área considerada vulnerável, atingida pelo chamado "Anel de Fogo do Pacífico".
*Com informações da Xinhua, agência pública de notícias da China, e NHK, emissora pública de televisão do Japão

Aliados de Bolsonaro pedem exclusão de Nicarágua da posse

Deputadas eleitas e seguidores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) têm pedido, no Twtitter, que a Nicarágua não seja convidada para a posse presidencial no dia 1º de janeiro. Os protestos são uma reação de repúdio ao presidente do país, Daniel Ortega, que no último sábado (22) mandou fechar um canal de TV e prendeu jornalistas sob a acusação de "conspiração" e "terrorismo".
Responsável por enviar os convites para a cerimônia, o Itamaraty informou no último dia 17 que Bolsonaro havia determinado incialmente que fossem convidados "todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas". O pedido, no entanto, foi depois retificado para excluir Cuba e Venezuela depois que seus presidentes (Miguel Díaz-Canel e Nicolás Maduro) já haviam recebido convites. Não havia nenhuma menção à Nicarágua.
Após a prisão de jornalistas no país da América Central, no último sábado, uma das primeiras a se manifestar foi Janaína Paschoal (PSL-SP), autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e deputada estadual eleita por São Paulo, com mais de 2 milhões de votos. "Se ainda não o fez, o Brasil haveria de desconvidar a Nicarágua para a posse do Presidente. Será constrangedor receber um país em que se prendem jornalistas por fazerem seu trabalho", escreveu Janaína no Twitter.
A mensagem recebeu o retweet da ativista Carla Zambelli (PSL-SP), eleita deputada federal. Seguidores de Bolsonaro e das duas futuras deputadas fizeram comentários apoiando a ideia. No último dia 16, Bolsonaro publicou, na mesma rede social, que "regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019", sem citar nominalmente quais países seriam.
copiado https://congressoemfoco.uol.com.br

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