Um abacaxi para Tóffoli descascar

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio. Foto Orlando Brito

Um abacaxi para Tóffoli descascar

No apagar das luzes de 2018, na véspera do início do recesso do Judiciário, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, determinou  — de forma liminar ou provisória, para ficar mais claro  — a liberação de todos os presos detidos em razão de condenações após a segunda instância da Justiça. Entre eles, o ex-presidente Lula.
Ex presidente Lula. Foto Orlando Brito
A medida só seria acatada a partir de um pedido formal da defesa do preso. A de Lula ingressou com uma em poucos minutos e foi anunciada em tempo real pela presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffman, pelas redes sociais.
Essa decisão de Marco Aurélio pode ser revertida a partir de quinta-feira, ou seja, amanhã. Isso porque começa o plantão, quando cabe ao presidente do STF tomar decisões em caráter de emergência.
Presidente do STF Dias Toffoli. Foto Orlando Brito
Um abacaxi que o ministro Dias Tóffoli terá de descascar sozinho. Ciente de que um lado o chamará de golpista e ingrato, caso não permita que Lula passe o Natal com a família em casa. Ainda mais que ele chegou ao Supremo pelas mãos de Lula, após ter assessorado o PT por anos e mesmo não tendo conseguido êxito em concursos anteriores para a magistratura.
Já a suspensão da decisão receberia o aplauso mais fácil e, de fato, evitaria um desgaste gigante para o Judiciário às vésperas da posse de um presidente da República que foi eleito justamente como o anti-Lula.
Nas redes, a reação foi imediata e muitos internautas estão repetindo em coro: “O STF é uma vergonha”. Frase que levou recentemente o ministro Lewandowski a ameaçar de prisão um passageiro de seu voo, que acabara de proferir a mesma frase.
Também não dá para esquecer o recente aumento de 16% dos salários do Judiciário, aprovado em novembro pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Temer. O que elevou o teto salarial de todo o funcionalismo público para R$ 39,3 mil.
A notícia não teria soado tão negativamente se a situação da economia brasileira não estivesse recém saído da maior recessão de sua história, o que mantem ainda hoje mais de 12 milhões de brasileiros no desemprego.
Para tentar reduzir o estrago do aumento salarial na imagem do Judiciário, o ministro Luiz Fux decidiu revogar o auxílio-moradia para os magistrados, um benefício pago até mesmo para aqueles com imóveis próprios. Mas rapidamente o Conselho Nacional do Justiça (CNJ) tratou de regulamentar novamente o benefício, mantendo a regalia para magistrados fora de sua comarca e que não tenham imóvel próprio.
Vai que a bola é tua Tóffoli!


copiado https://osdivergentes.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...