Temer e Abdo acertam construção de pontes entre Brasil e Paraguai
AFP / NORBERTO DUARTEO presidente paraguaio Mário Abdo Benitez (E) e seu homólogo brasileiro Michel Temer em Itaipu, Paraguai, em 21 de dezembro de 2018
Os presidentes de Brasil e Paraguai, Michel Temer e Mario Abdo, acertaram nesta sexta-feira a construção de duas novas pontes entre os dois países, sobre os rios Paraná e Paraguai, financiadas pela represa binacional Itaipu.
Os dois chefes de Estado firmaram um documento para a viabilização dos projetos, avaliados em 270 milhões de dólares, no prédio de Produção de Itaipu, a mais potente hidrelétrica do mundo, situada sobre o rio Paraná, a 350 km de Assunção.
Uma das pontes ligará Foz do Iguaçu à paraguaia Presidente Franco, com o objetivo de aliviar o trânsito na Ponte da Amizade, construída em 1965.
A segunda ponte unirá Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, passando sobre o rio Paraguai, 400 km ao norte de Assunção, e deve promover o desenvolvimento da árida e despovoada região do Chaco paraguaio.
A união física propiciará uma importante conexão entre o Centro Oeste do Brasil ao Norte do Paraguai e aos portos chilenos de Antofagasta, Iquique e Arica, via Argentina (Jujuy-Paso Jama, nos Andes).
Os dois presidentes destacaram o valor das obras, que consideram necessárias para dinamizar a economia e o desenvolvimento dos dois países.
Abdo destacou que "se não fosse pela vontade política do presidente Temer, não estaríamos firmando hoje este compromisso".
O presidente paraguaio declarou que a pouco dias do final do seu mandato, Temer "entrará para a história do Paraguai" por sua contribuição à integração física entre as duas Nações.
Temer avaliou que a construção das duas pontes "terá um enorme impacto no comércio exterior, e não apenas entre Brasil e Paraguai", já que "através do corredor 'bioceânico' vamos poder ter acesso aos demais países da América do Sul"
México não assinou acordo com EUA sobre solicitantes de refúgio
AFP / Guillermo AriasUma menina que integra a caravana de migrantes da América Central que querem entrar nos EUA a partir do México, lê enquanto suas amigas escalam a muralha da fronteira em Playas de Tijuana, no estado de Baja California, em 12 de dezembro de 2018
O México não assinou um acordo com os Estados Unidos para que os migrantes que solicitarem refúgio neste país permaneçam em território mexicano durante o processo jurídico de avaliação, esclareceu enfaticamente, nesta sexta-feira (21), o chanceler Marcelo Ebrard.
"Não assinamos um tratado e nem vamos fazê-lo. Não farão todo o processo de refúgio no México", afirmou Ebrard na coletiva de imprensa diária do presidente de esquerda, Andrés Manuel López Obrador.
Washington anunciou na quinta-feira que enviará de volta ao México os migrantes que entrarem pela sua fronteira sul para solicitar refúgio enquanto a Justiça analisa seus casos.
Alguns setores mexicanos interpretaram que o governo de López Obrador havia assinado um acordo com Washington para a criação de um "Terceiro Estado Seguro", conceito diplomático que consiste em um solicitante de refúgio realizar o trâmite em um país para o qual o pedido não é destinado.
"O México não aceitaria esse tratado e dissemos isso (às autoridades dos Estados Unidos) em muitas ocasiões", comentou o secretário das Relações Exteriores.
E acrescentou que nesta sexta pedirá mais detalhes aos Estados Unidos sobre a sua decisão, para depois fixar uma "posição mais precisa" a respeito na próxima segunda-feira.
Pouco depois do anúncio do governo de Donald Trump na quinta, o governo mexicano assinalou que irá garantir os direitos dos migrantes que forem enviados ao seu território enquanto tramitam a sua solicitação de refúgio, mas esclareceu que o seu país não aceitará deportados pelos Estados Unidos.
O México "garantirá que as pessoas estrangeiras que tiverem recebido a sua citação gozem plenamente dos direitos", disse em Washington José Antonio Zabalgoitía, encarregado de negócios da embaixada mexicana na capital americana.
Esta se tratou de uma primeira resposta "humanitária, não (...) política", mas o "México terá que definir se irá deportar ou aceitar essas pessoas, pois não é um tratado", disse Ebrard.
A decisão do governo de Trump é tomada depois da chegada à fronteira com o México de milhares de centro-americanos, que atravessaram o território mexicano em caravanas, fugindo da pobreza e violência, com a esperança de que os Estados Unidos lhes dê refúgio.
Ao menos 4.000 permanecem parados na cidade mexicana fronteiriça de Tijuana.
Na terça-feira, México e Estados Unidos anunciaram um investimento milionário para o desenvolvimento no sul mexicano, assim como em Guatemala, El Salvador e Honduras, com o objetivo de frear a crescente migração para o território americano.
Os Estados Unidos destinarão 4,8 bilhões de dólares - provenientes de recursos públicos e privados - para o México, incluindo 2 bilhões para o sul do país.
copiado https://www.afp.com/pt
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