Câmara sinaliza que não haverá “vem comigo que depois te conto” Ao tentar evitar o regime de urgência e a derrota anunciada da votação sobre o decreto que ampliava a colocação de atos governamentais como “segredo de Estado” , foram 367 votos a favor da urgência e apenas 57 contrários.

O que os unia era a destruição. Por Policarpo

Ao liberar os comentários da madrugada, agora cedo, encontrei esta contribuição do leitor Policarpo que, de tão bem arrazoada e articulada, resolvi trazer como post, para que mais pessoas a possam ler:
Sempre afirmei que Bolsonaro não era nosso problema. A turma da bufunfa (Mercado, Mídia mais seus cardeais políticos) a essa hora deve estar começando não digo a se arrepender, mas possívelmente a buscar uma outra saída para a aventura e o mato sem cachorro em que se meteu e meteu a todos nós. 
Esse pessoal não devia ter dado asas aos “meninos” mimados e fanatizados do Mercado ou do Ministério Público, e nem ter dado crédito à boca torta dos cardeais tucanos. Quando esses meninos impacientes começaram a botar as manguinhas de fora e a planejar a destruição do país e a por em marcha sua política de terra devastada, Bolsonaro era só mais um exótico deputado do baixo clero do Congresso e isso muito antes de se tornar a última solução à mão para os golpistas. 
A única coisa que unia e congregava todos os membros desse sinistro consórcio golpistas era o objetivo de sacar o PT da Presidência da República, destruir e desmoralizar a própria ideia de política e de partido político. Nunca passou pela cabeça de nenhum golpistas qualquer ideia de tornar o Brasil um Estado de Direito Democrático e uma nação em busca do desenvolvimento econômico, político e social para a maioria da sua população.
O fato é que o golpe de Estado de 2016 não conseguiu nestes três anos e não vai conseguir nos próximos anos criar as condições para estabilizar o regime político (que a judicialização política, a partidarização judicial e o terrorismo midiático ajudaram a desestabilizar). Os golpistas não são capazes de criar nem um arremedo de democracia e nem mesmo um arremedo de ditadura, assim como não têm condições de estabelecer uma ditadura aberta e muito menos ainda uma democracia plena que garanta seu domínio.
O mesmo se passa na esfera econômica: seu projeto é totalmente inviável econômica, politica e socialmente, e não passa – se tivermos sorte – de uma distopia irrealizável, se tivermos azar e se tentar realizá-lo as consequências para o país serão ainda mais destruitivas e catastróficas do que já temos visto.
É preciso demonstrar ao povo essa fraude e a destruição que tudo isso significou para o país e mais ainda convencer esse mesmo povo que isso não é um projeto de país viável para os mais de 200 milhoes de brasileiros. A credulidade na falsa campanha moralista (sem moral) deve diminuir e o cinismo terá cada vez mais dificuldades para justificar e defender o indefensável. 
É preciso fazer justiça e fazer justiça é chamar as coisas pelo seu nome: o mandato de Dilma foi cassado por um Golpe de Estado em um processo forjado de impeachment, Lula foi preso em um processo forjado contra o ex-presidente com vista a sacá-lo da disputa política e um partido político foi perseguido e criminalizado e isso não se circunscreveu apenas ao seus principais dirigentes e lideres, mas a todos os seus simpatizantes e eleitores. E tudo isso foi um crime contra a democracia brasileira.
Enquanto não fizermos justiça reinará o arbítrio e provavelmente o terror e talvez até mesmo a guerra, o que em nossas terras sempre significou o massacre do povo brasileiro. Não quero saber as diferenças que nos separam mas das identidades que nos unem contra esse movimento político golpista e totalitário.

Câmara sinaliza que não haverá “vem comigo que depois te conto”

O primeiro teste do governo na Câmara foi um fiasco.
Ao tentar evitar o regime de urgência e a derrota anunciada da votação sobre o decreto que ampliava a colocação de atos governamentais como “segredo de Estado” , foram  367 votos a favor da urgência e apenas 57 contrários.
É claro que o apoio ao Governo é muito maior.
Mas esta é a marca do “voto da obediência cega”, incondicional.
Hoje saíam duas pesquisas sobre a reforma da previdência.
Uma, popular, feita pela XP Investimentos, publicada pelo UOL, onde 70% discordam da proposta do governo de colocar  a idade mínima deveria ser menor do que 65 anos para homens e 62 anos para mulheres: 41% das pessoas acham que não deve haver idade mínima para se aposentar, apenas por tempo de contribuição e, para 29%, idades mínimas menores.
A outra, da Paraná Pesquisas, feita para o triste O Bolsonarista, apenas entre os deputados, encontrou apenas 35,6% de apoio à proposta do governo, de idade mínima de 65 e 62 anos, respectivamente, para homens e mulheres.
Como são necessários 60%, a distância é quilométrica.
Vale lembrar que a pesquisa foi feita antes do desfecho, se é que houve, da crise Bebianno.
E antes das demais “maldades” da reforma serem divulgadas.
Não há mais o clima do “segura na mão do Bolso e vai”.
Mesmo a imprensa ávida pela degola dos aposentados perdeu as condições de sustentá-lo quando  é nítido que ele se vai reduzindo a um Temer pós-Joesley.
Se Bolsonaro tivesse juízo não teria marcado a ida ao Congresso, amanhã, para levar a proposta de reforma.
O texto que leva, o original, não tem possibilidades, no quadro de hoje, de ser aprovado.
Seria melhor para ele deixar que a Câmara assumisse a paternidade do remendo que vai sair dali.

COPIADO  http://www.tijolaco.net/blog/

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