Quantos áudios tem Bebianno? Bebianno diz que Carlos fez ‘macumba psicológica’ em Bolsonaro

Quantos áudios tem Bebianno?

A primeira batelada de áudios divulgados por Gustavo Bebianno significa pouca coisa, exceto para mostrar o caráter, ou a falta dele, nas relações entre o homem que se tornou presidente e aquele que foi, ao que parece bem antes deste escândalo, decepado da condição de seu braço-direito.
Há, porém, o histórico de dois anos de esparramos neste impensável tipo de comunicação de um candidato e de um presidente da república (assim mesmo, em minúsculas, para representar a situação atual).
É um pesadelo que está passando não apenas na cabeça do clã – misteriosamente silencioso, depois da bofetada bebiannista – mas também na dos militares e dos políticos.
Ainda mais porque, nos áudios de campanha, é esperável que sobrem expressões mais duras, destas que não se falava em presença de senhoras.
O General Mourão é um dos que devem estar curiosíssimos em saber como eram os diálogos sobre suas “caneladas” durante a campanha.
Ainda mais sabendo da incontinência verbal do ex-capitão.

Bebianno diz que Carlos fez ‘macumba psicológica’ em Bolsonaro

Gustavo Bebianno deu entrevista a uma emissora de direita, a dois jornalistas que não poderiam ser mais de direita: Felipe Moura Brasil e Augusto Nunes.
Esperto, passou a mão na cabeça do presidente Jair Bolsonaro e carregou contra o filho Carlos.
Que “fez uma macumba psicológica na cabeça do pai”. Disse que não foi demitido por Jair, mas “por Carlos Bolsonaro, simples assim”.
“Tenho certeza que o presidente tomou esta decisão com grande dose de sofrimento, eu sempre vi nos olhos dele um grande carinho por mim”.
“Quando nos fomos para o CCBB fazer a transição do governo Temer para nós, o Carlos fez muita pressão para que o presidente não me indicasse. Eu soube que ele dizia ‘olha, se você indicar o Bebianno eu vou embora e nunca mais boto os pés em Brasília’. Por isso minha indicação foi tão tardia”.
Espertamente, foge de qualquer crítica pessoal a Bolsonaro, elogia a ala militar e concentra seu fogo no elo mais fraco.
Negou que fosse “afundar atirando”, disse que bastaria que Bolsonaro lhe dissesse que a colaboração estava encerrada, mas disse que lhe doeu ser “fritado pelo filho do Presidente”.
“Eu esperava uma manifestação mais incisiva, mais esclarecedora” (de Jair Bolsonaro). Confirmou que lhe foi oferecida uma diretoria de Itaipu, com “um salário maravilhoso” e que foi cogitada a entrega de uma embaixada “em Lisboa ou Roma”.
“Eu me sentiria humilhado de aceitasse algo assim, pareceria que eu estava me vendendo”.
Disse que o General Mourão “entubou” muitas provocações de carlos Bolsonaro, como no tuíte onde dizia que pessoas próximas torceriam pela morte de seu pai.
Temporariamente, Bebianno, depois de colocar Jair Bolsonaro como mentiroso, assesta a mira sobre o indefensável Carlos.
Não é possível saber se algum militar deu-lhe lições sobre como romper uma frente concentrando o fogo no ponto mais fraco.
Mas parece.

COPIADO  http://www.tijolaco.net/blog/

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