EUA e China se reúnem sob pressão em Pequim para fechar acordo comercial. Estudo aponta que Brexit sem acordo ameaçaria 600 mil empregos no mundo

EUA e China se reúnem sob pressão em Pequim para fechar acordo comercial

AFP / Brendan Smialowskio presidente Donald Trump e sua equipe, junto com o vice-primeiro-ministro chinês, em 31 de janeiro de 2019 na Casa Branca
Negociadores americanos e chineses se reúnem em Pequim, de segunda a sexta-feira, para tentar delinear um acordo comercial, sob a pressão do prazo-limite de 1º de março.
O ponto alto da semana será a viagem à capital chinesa, na quinta e na sexta, do representante comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), Robert Lighthizer, e do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.
Ambos devem se encontrar com seus homólogos chineses, incluindo o vice-primeiro-ministro Liu He e o governador do Banco Central da China, Yi Gang.
Esses encontros serão precedidos, desde segunda-feira, por reuniões preparatórias dirigidas, do lado americano, pelo representante comercial adjunto, Jeffrey Gerrish, informou a Casa Branca.
Desta vez, Washington não mencionou a presença de Peter Navarro, conselheiro econômico do presidente Donald Trump conhecido por suas posturas intransigentes em relação à China.
É possível que os EUA queiram tranquilizar os chineses para preservar suas chances de alcançar um consenso depois de mais de um ano de conflito.
Um fracasso das negociações significaria uma piora da guerra de tarifas que ameaça não apenas as economias chinesa e americana, mas o crescimento global.

Estudo aponta que Brexit sem acordo ameaçaria 600 mil empregos no mundo

AFP / RONNY HARTMANNNa Alemanha, a indústria automotiva, pilar da economia de exportação, seria particularmente afetada, com 15.000 postos de trabalho
O declínio das importações da União Europeia para o Reino Unido no caso de um "Brexit duro", ou seja, sem acordo, ameaçaria mais de 600 mil empregos em todo o mundo, segundo um estudo alemão divulgado nesta segunda-feira (11).
Segundo cálculos dos pesquisadores do IWH Institute, com base no pressuposto de um declínio de 25% na demanda no Reino Unido por produtos europeus, 103.000 postos de trabalho seriam ameaçados na Alemanha e 50.000 na França.
No entanto, para os empregos em questão, "as demissões são apenas uma opção" e as empresas poderiam "tentar manter os funcionários", recorrendo ao desemprego parcial ou encontrando novos mercados, observam os economistas.
À espera de sua saída da União Europeia em 29 de março, o Reino Unido se encontra no limbo quanto à forma que este divórcio terá, uma vez que os deputados britânicos rejeitaram em 15 de janeiro o acordo negociado pela primeira-ministra Thresa May com Bruxelas.
Uma saída desordenada do Reino Unido da União Europeia, que resultaria na introdução de taxas alfandegárias, "afetaria as cadeias internacionais de produção", explica Oliver Holtemöller, co-autor do estudo.
O estudo "concentra-se apenas no comércio de bens e serviços" e, portanto, não leva em conta outras consequências do Brexit, como o declínio na propensão a investir ou os efeitos sobre a renda familiar.
No total, quase 179.000 postos de trabalho na União Europeia seriam diretamente afetados pela queda nas exportações, enquanto outros 433.000 empregos estão indiretamente ameaçados, tanto na UE como em países terceiros.
Assim, cerca de 59.000 empregos estão indiretamente ameaçados na China em empresas que fornecem para companhias europeias que, por sua vez, exportam para o Reino Unido.
No Reino Unido, o único impacto indireto nas empresas que exportam para a UE bens reimportados no país é de 12.000 empregos.
Um estudo publicado em janeiro de 2018 pelo escritório Cambridge Econometrics estimou que um total de 500.000 empregos no Reino Unido estão ameaçados por um "Brexit duro".
Na Alemanha, a indústria automotiva, pilar da economia de exportação, seria particularmente afetada, com 15.000 postos de trabalho. Na França, o setor de serviços empresariais sentiria o maior impacto de um "Brexit duro", de acordo com os números da IWH.




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