Os cochichos da festa murcha. Andrade, o das “80 horas”, é preso justo na hora da degola do aposentado O presidente da CNI, aquele que defendia a jornada de 80 horas e o fim do horário de almoço dos trabalhadores em nome da “eficiência” da economia foi preso hoje cedo.


Os cochichos da festa murcha

Outro dia falei aqui que a realidade andava tão louca que eu tinha de chamar  Janaína Paschoal de sensata.
Lamento ter de repetir a dose, mas hoje tenho de dizer o mesmo de Joice Hasselman, que declarou à Folha que há um clima de insegurança entre os que são – ou achavam que seriam – a “base” de Jair Bolsonaro no Congresso:
-(…)os líderes começaram a me dizer o seguinte: poxa vida, então a gente vai ser tratado assim também? Será que a gente vai ser tratado, vai ser fritado em praça pública?
Como Hasselman, com seu milhão de votos paulistas, é a única que já havia assumido de público divergências com o núcleo de poder representado pelos filhos de Jair Bolsonaro, é candidata natural a ser uma espécie de líder barulhenta do descontentamento silencioso dos parlamentares que têm as apreensões que ela vocalizou.
Hoje à tarde, quando chegar o “pacote Moro” ao Congresso, tudo começará com a marca da capitulação, porque fatiado em dois, com o “capítulo corrupção” – a criminalização do “caixa 2” –  separado como para ser entregue às calendas gregas, enquanto os capítulos “prende o Lula” e “matem à vontade”  seguem com celeridade.
Mas não é certo que isso funcione.
A festa, além de murcha,  está tomada por cochichos nos cantos e de encrencas por toda a parte, para todos os gostos.
E desgostos.


Andrade, o das “80 horas”, é preso justo na hora da degola do aposentado

O clima não está nada bom para a turma que defende a degola da aposentadoria do trabalhador em nome da salvação dos dinheiros públicos.
Robson Andrade, na foto com Bolsonaro, seria forte aliado na aprovação da reforma da Previdência.
Segundo o que se sabe das acusações (agora é assim, a gente só sabe das acusações depois que o sujeito é preso), estaria sendo desviado dinheiro através da “celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério [do Turismo] e Unidades do Sistema S”, para a realização de  “eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada”, segundo trecho da nota da Polícia Federal reproduzido por O Globo.
Bem, se fizeram uma auditoria a sério nesta história de eventos culturais – em geral de “duplas sertanejas” e “badalados anônimos” – pouca coisa sobrará.
Neste momento, o efeito prático será o de vulnerar os recursos do Sistema S, destruindo, em lugar de moralizar, o Senai e o Senac.
A criança do ensino técnico – o que temos, afinal – vai fora junto com a água suja do banho.

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