Desespero do ‘morismo’ não esconde a sua queda inevitável. A procuradora do conselho de Moro: muda na sexta, banida na segunda

Desespero do ‘morismo’ não esconde a sua queda inevitável.

O ridículo “Pavão Misterioso”, perfil falso no Twitter que, há dias, tentou envolver o vazamentos das mensagens trocadas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol ( e entre estes e outros integrantes da tal Força Tarefa da Lava Jato) ganhou agora uma versão impressa, na Istoé, o único veículo que topou se  agarrar sem reservas às incríveis  teorias de uma conspiração internacional contra o atual ministro da Justiça.
Dispensa, como o tal Pavão, que se a depene, tão frágil é. O próprio Glenn Greenwald resume no Twitter: “A conspiração insana se contradiz. O desespero é feio.”
O grave na história é que ela envolve a Polícia Federal numa suposta “caçada ao hacker” sem que sequer tenha sido estabelecido que houve um hackeamento, até porque não houve perícia, ao que se saiba, em nenhum dos aparelhos de telefone que teriam sido invadidos.
E, lembremos, uma Polícia que não só está envolvida até a medula em toda a conspiração denunciada como está sob as ordens diretas do cada vez mais evidente chefe da operação.
Creio que a atitude do The Intercept de partilhar o material, como anunciou Greenwald, com outros órgãos de imprensa, deve-se ao perigo real de que se use medidas de força para impedir sua divulgação.
Nem é preciso dizer que esta seria uma situação desastrosa para Moro mas, desastrados como são, não é algo que se possa descartar totalmente.
A estratégia da divulgação dos fatos segue, também, esta linha de preocupações. Como todos já perceberam, com a postura “amiga” da mídia, as dezenas de escândalos deste governo (e este governo é produto da Lava Jato) faz desaparecer do noticiário. Eles aparecem, submergem e só de tempos em tempos voltam com notícias esparsas.
Por isso, a revelação tem de ser lenta, cuidadosa, um fato por vez, para que tudo não seja lançado no esquecimento.
Lembrem-se de que se trata de alguém que foi erigido, numa heresia política e jurídica, à condição de um deus.
O processo será necessariamente lento e tenso.
Porque não é a construção de uma farsa, que é apresentadaa sempre com grandiosidade. Mas a reconstrução da verdade, que se faz passo a passo, tijolo por tijolo num desenho lógico.

A procuradora do conselho de Moro: muda na sexta, banida na segunda

Reportagem de Leonardo Lellis, na Veja, dá importantes pistas sobre as causas e as consequências da queixa feita por Sérgio Moro a Deltan Dallagnol sobre o comportamento da procuradora Laura Tesser, a qual,como revelado ontem, foi repassada pelo procurador ao colega Carlos Fernando dos Santos Lima.
E uma simples consulta ao calendário esclarece ainda mais o assunto.
Três dias antes da mensagem enviada por Moro, no dia 13 de março de 2017 (uma segunda-feira), Tessler participou dos depoimentos de Henrique Meirelles e de Luiz Fernando Furlan, ex-ministros de Lula, no qual os dois declararam jamais ter visto Lula praticar ou incentivar qualquer irregularidade no governo. A procuradora nao fez perguntas e limitou-se a dizer que não as tinha, ao final da audiência de ambos. Era o dia 10 de março, uma sexta-feira.
Portanto, no primeiro dia útil após o fato, Moro preocupou-se em desabonar o desempenho da representante do Ministério Público, da qual disse não sair-se bem em audiências e a quem recomendou que fosse submetida “a treinamento”.
No dia 15 de março, quarta-feira, segundo a revista o procuradores e Roberson Pozzobon já representava o MPF em audiências da ação do tríplex do Guarujá.
Laura Tessler “não participou de mais nenhum depoimento no processo que culminou na condenação de Lula na Lava Jato”.
A nota da Procuradoria, dizendo que Laura “participou normalmente” das audiências do caso, portanto, não se sustentam diante do cotejo das datas da reclamatória de Moro.  Laura foi banida das inquirições sobre o caso, que terminaria com a condenação de Lula.

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