Laboratório AbbVie compra fabricante do Botox Allergan por US$ 63 bi. Bombardier vende filial de aviões regionais a Mitsubishi por US$ 550 milhões

Laboratório AbbVie compra fabricante do Botox Allergan por US$ 63 bi

GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP / WIN MCNAMEELaboratório farmacêutico americano Abbvie chega a acordo para compra do concorrente Allergan
O laboratório farmacêutico americano Abbvie anunciou nesta terça-feira (25) que chegou a um acordo para comprar seu concorrente Allergan, fabricante do Botox, uma operação calculada em 63 bilhões de dólares e que o transformará em um gigante do setor.
Esta união dará à luz um grupo que vai gerar cerca de 48 bilhões de dólares em volume de negócios anual e estará presente em 175 países, com uma carteira de medicamentos que incluirá o Botox e o Humira, um tratamento para artrite reumatoide, considerado o mais vendido no mundo.
Esta operação mostra o retorno das grandes manobras ao setor farmacêutico, quando há pressões políticas para uma queda nos preços dos medicamentos nos Estados Unidos.
Ao assumir o controle do laboratório Allergan, Abbvie prepara uma contraofensiva contra a queda esperada nas vendas do Humira. A patente desta medicação entrará em domínio público em breve, enquanto outros tratamentos simultâneos surgiram como Kevzara (sarilumab), desenvolvido pelo laboratório francês Sanofi.
A Allergan é conhecida especialmente pelo Botox, muito usado no tratamento estético de rugas e linhas de expressão do rosto. A empresa também desenvolve outros produtos dermatológicos, bem como produtos para o tratamento de doenças do trato urinário e fibrose cística.
É também o segundo mundial em oftalmologia, com seus tratamentos de glaucoma, secura ocular e doenças da retina. Um dos mais rentáveis é o Restasis, tratamento contra os olhos secos.
A fusão Abbvie-Allergan vai gerar um caixa de 19 bilhões de dólares, dinheiro que Abbvie espera usar para pagar a dívida que vai contrair para financiar a transação.
Os detalhes financeiros preveem que Abbvie pagará US$ 188,24 por ação do Allergan, dos quais US$ 120,30 em dinheiro, e o saldo, com suas ações. A oferta constitui um prêmio de 45% para os acionistas do Allergan em comparação com o preço de fechamento do título na segunda-feira em Wall Street.
Este último subia mais de 31%, a US$ 170 às 10h45 nas negociações eletrônicas antes da sessão de terça-feira. A ação Abbvie caía 8%.
O novo grupo permanecerá fiscalmente domiciliado nos Estados Unidos, no estado de Delaware (nordeste), disse Abbvie.

Bombardier vende filial de aviões regionais a Mitsubishi por US$ 550 milhões

AFP / Nicholas BAMULANZEKIUm Bombardier CRJ900 em 32 de abril de 20198 em Kampala, Uganda
A fabricante de aviões canadense Bombardier anunciou nesta terça-feira um "acordo definitivo" com o grupo japonês Mitsubishi Heavy Industries (MHI) para a venda do programa de aviões regionais CRJ por 550 milhões de dólares.
Depois de vender para a Airbus o programa de média distância CSeries, rebatizado como A220, caso a operação com a MHI seja concretizada no segundo semestre de 2020, o braço da aviação da Bombardier deixará de produzir aviões de porte médio, que representaram um grande sucesso para a empresa.
Além dos 550 milhões de dólares para a compra do CRJ, o grupo japonês também desembolsará outros 200 milhões para cobrir os passivos ligados ao programa, informa um comunicado.
Após a conclusão da transação, a empresa japonesa assumirá as atividades de manutenção, suporte, atualização, comercialização e venda" do programa CRJ, que tem presença no Canadá (Montreal, Quebec, Toronto) e Estados Unidos (Bridgeport, Virginia Ocidental e Tucson, no Arizona).
"As atividades adquiridas são complementares às atividades existentes da MHI ligadas aos aviões comerciais, principalmente ao desenvolvimento, à produção, às vendas e ao suporte de aviões comerciais da linha Mitsubishi SpaceJet", afirmou a Bombardier.
"A venda marca a transformação de nosso setor aeronáutico", afirmou o presidente e diretor executivo da Bombardier, Alain Bellemare.


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