União Europeia bate de frente com EUA em Cuba. Daimler fará recall de 60.000 veículos na Alemanha por motores fraudados

União Europeia bate de frente com EUA em Cuba

AFP/Arquivos / YAMIL LAGE(Maio) Turistas em Havana Velha
A União Europeia (UE), cujas empresas estão ameaçadas por novas medidas norte-americanas contra Cuba, enfrenta Washington, facilitando seus investimentos na ilha.
O comissário para Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, entregou nesta sexta-feira em Havana uma contribuição de quatro milhões de euros para uma "janela única" de investimentos.
Segundo as autoridades cubanas, essa janela única será aberta no início de 2020 "para facilitar o investimento estrangeiro no país".
A UE "condena veementemente as medidas extraterritoriais unilaterais relacionadas com Cuba que são contrárias ao direito internacional. Estamos preocupados com o impacto negativo do aperto do embargo dos EUA", disse o croata Mimica.
O comissário europeu participa em Havana de um fórum de negócios com Cuba, que reúne 120 empresários, juristas e acadêmicos de Estados Unidos, Espanha e Canadá, para promover o investimento na ilha.
"Por isso é muito pertinente participar deste fórum (...) e ressaltar o papel do apoio da União Europeia neste difícil contexto", acrescentou em declarações à imprensa.
Na quinta-feira, Washington incluiu Cuba em sua lista negra de tráfico de pessoas, dando continuidade a uma série de medidas como a proibição de viagens de cruzeiros para a ilha, a limitação das remessas familiares e a ativação do capítulo III da lei Helm-Burton.
Esta lei aceita reclamações em cortes americanas de pessoas ou companhias afetadas pelas nacionalizações realizadas em Cuba nos anos 60, e pode multar as empresas estrangeiras que "trafiquem" essas propriedades.

Daimler fará recall de 60.000 veículos na Alemanha por motores fraudados

dpa/AFP/Arquivos / Patrick SeegerModelo Mercedes GLK 220 CDI
A agência alemã do automóvel (KBA) obrigou a Daimler a realizar o recall de 60.000 veículos na Alemanha, suspeitos de terem programas para adulterar as medições de emissões poluente, informou o jornal Bild.
"Uma investigação está em andamento desde abril e confirmamos essa informação", disse à AFP um porta-voz do grupo.
Há vários meses, a fabricante de automóveis é alvo de uma investigação pelas autoridades reguladoras alemãs sobre o modelo Mercedes-Benz GLK 220 CDI, fabricado entre 2012 e 2015.
O programa em questão reduz a medição de emissões de partículas nocivas dos veículos durante o período de testes. Na estrada, no entanto, esses veículos geram emissões prejudiciais acima dos limites regulatórios.
A autoridade alemã já havia ordenado no ano passado a Daimler a fazer o recall de 700.000 veículos em todo o mundo, dos quais 280.000 na Alemanha, devido à instalação de programas ilegais. O construtor interpôs recurso contra essa decisão.
A Daimler também é ameaçada desde fevereiro por sanções financeiras no contexto do escândalo do dieselgate.
As investigações sobre este escândalo começaram na Alemanha em 2015, quando a Volkswagen admitiu que havia fraudado 11 milhões de veículos, dos quais 2,4 milhões vendidos na Alemanha.


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