Influente líder tibetano no exílio pede fim de autoimolações
Plantão | Publicada em 09/11/2011 às 12h39m
Reuters/Brasil OnlinePEQUIM (Reuters) - Um dos principais líderes budistas exilados do Tibete, o Karmapa Lama, apelou nesta quarta-feira para que os tibetanos na China não coloquem fogo em si mesmos, dizendo que esperava que eles encontrassem maneiras mais construtivas para fazer avançar a causa.
O Karmapa Lama fugiu do Tibete em 2000 e vive no exílio, com o Dalai Lama, em Dharamsala, no norte da Índia, o centro do autoproclamado governo tibetano no exílio.
O Karmapa Lama disse que os 11 tibetanos que se incendiaram este ano na província de Sichuan, no sudoeste chinês, foram "corajosos", agindo em desespero "contra a injustiça e repressão em que vivem".
"A situação é insuportavelmente difícil, mas em situações difíceis precisamos de maior coragem e determinação", afirmou ele em um comunicado enviado por email.
"Cada relato de autoimolação do Tibete encheu meu coração de dor", disse Karmapa Lama.
"No ensinamento budista, a vida é preciosa. Para alcançar qualquer coisa que valha a pena nós precisamos preservar nossas vidas. Nós tibetanos somos poucos em número, então cada vida tibetana é valiosa para a causa do Tibete."
A China já culpou o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama pelos jovens que se queimaram e repetiu a linha de governo de que os tibetanos são livres para praticar sua fé budista.
O Dalai Lama, a quem a China acusa de defender o separatismo violento, levou no final de outubro centenas de monges, monjas e leigos tibetanos em oração na região onde vive na Índia para lamentar aqueles que se queimaram até a morte.
O Dalai Lama, que fugiu do Tibete em 1959 após uma revolta fracassada contra o domínio chinês, nega que defenda a violência e insiste que quer apenas uma autonomia real para a sua terra natal.
O Karmapa Lama apelou à China para "atender demandas legítimas dos tibetanos e para entrar em um diálogo significativo com eles em vez de brutalmente tentar alcançar o seu silêncio".
As imolações aconteceram em duas partes bastante tibetanas de Sichuan - Ganzi e Aba - onde muitos se vêem como membros de uma região tibetana maior, que abrange a Região Autônoma Tibetana oficial e outras áreas em toda a vasta região montanhosa do oeste da China.
(Reportagem de Ben Blanchard)
PEQUIM (Reuters) - Um dos principais líderes budistas exilados do Tibete, o Karmapa Lama, apelou nesta quarta-feira para que os tibetanos na China não coloquem fogo em si mesmos, dizendo que esperava que eles encontrassem maneiras mais construtivas para fazer avançar a causa.
O Karmapa Lama fugiu do Tibete em 2000 e vive no exílio, com o Dalai Lama, em Dharamsala, no norte da Índia, o centro do autoproclamado governo tibetano no exílio.
O Karmapa Lama disse que os 11 tibetanos que se incendiaram este ano na província de Sichuan, no sudoeste chinês, foram "corajosos", agindo em desespero "contra a injustiça e repressão em que vivem".
"A situação é insuportavelmente difícil, mas em situações difíceis precisamos de maior coragem e determinação", afirmou ele em um comunicado enviado por email.
"Cada relato de autoimolação do Tibete encheu meu coração de dor", disse Karmapa Lama.
"No ensinamento budista, a vida é preciosa. Para alcançar qualquer coisa que valha a pena nós precisamos preservar nossas vidas. Nós tibetanos somos poucos em número, então cada vida tibetana é valiosa para a causa do Tibete."
A China já culpou o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama pelos jovens que se queimaram e repetiu a linha de governo de que os tibetanos são livres para praticar sua fé budista.
O Dalai Lama, a quem a China acusa de defender o separatismo violento, levou no final de outubro centenas de monges, monjas e leigos tibetanos em oração na região onde vive na Índia para lamentar aqueles que se queimaram até a morte.
O Dalai Lama, que fugiu do Tibete em 1959 após uma revolta fracassada contra o domínio chinês, nega que defenda a violência e insiste que quer apenas uma autonomia real para a sua terra natal.
O Karmapa Lama apelou à China para "atender demandas legítimas dos tibetanos e para entrar em um diálogo significativo com eles em vez de brutalmente tentar alcançar o seu silêncio".
As imolações aconteceram em duas partes bastante tibetanas de Sichuan - Ganzi e Aba - onde muitos se vêem como membros de uma região tibetana maior, que abrange a Região Autônoma Tibetana oficial e outras áreas em toda a vasta região montanhosa do oeste da China.
(Reportagem de Ben Blanchard)
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