Publicado em 17/11/11 às 15h28
Lula ficou com a cara de seu irmão Frei Chico
Se os dois agora saírem juntos à rua, as pessoas podem até se confundir sem saber quem é quem. Depois que Marisa raspou o cabelo e a barba de Lula, o ex-presidente ficou com a cara de Frei Chico, 69 anos, como é conhecido um dos seus irmãos mais velhos. Até o bigode é igual.
Quando liguei para ele na tarde desta quinta-feira (17), querendo saber o que achava da semelhança, Frei Chico achou tudo muito engraçado.
"Pois é, e ele que sempre falou que eu era feio... A única forma que o Lula encontrou de parecer um cara inteligente foi ficar como o irmão dele...', brincou Frei Chico, no humor sertanejo característico dos irmãos Silva.
Na verdade, o nome dele é José Ferreira da Silva. O apelido de frade ele ganhou na fábrica quando começou a ficar careca no cocoruto. Foi Frei Chico quem levou Lula para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, em 1966.
Estava sendo formada a chapa para disputar as eleições no sindicato. Frei Chico não poderia entrar porque já havia um candidato da mesma fábrica e Lula, que era torneiro-mecânico das Indústrias Villares, entrou em seu lugar.
O resto da história todo mundo sabe. Por isso, sempre que o encontrava,e havia algum problema no governo, lembrava a Frei Chico que ele era o responsável por Lula ter chegado à Presidência da República. "O culpado é você!...".
"Aí é da paróquia do Frei Chico?", perguntei-lhe hoje, como de costume, ao ligar no seu celular. "Sim, estamos agora numa sessão de benzimento...".
Na época em que entrou para o sindicato, Lula não tinha nenhuma militância sindical ou política. Gostava mesmo era de jogar bola, namorar, ir a bailes e nadar na Praia Grande, no litoral sul paulista. Frei Chico acabou com a sua boa vida de metalúrgico sem maiores compromissos.
O sindicalista e político da família era o irmão três anos mais velho. Militante do Partidão, como era conhecido o velho Partido Comunista Brasileiro, e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Frei Chico foi preso e duramente torturado na época da ditadura militar.
"Eu era do Partidão do Prestes, não este do Roberto Freire", faz questão de deixar bem claro Frei Chico, que consegue lembrar sem perder o bom humor dos piores tempos da repressão, e nunca se queixou da vida.
Lula topou entrar na chapa do sindicato, mas não aceitou o convite de Chico para ingressar no Partidão. Achava esse pessoal muito chato. Talvez por isso tenha criado seu próprio partido, o Partido dos Trabalhadores, em 1980, junto com outros líderes sindicais.
Como é o destino... Enquanto Lula se tornava um líder nacional e mundial, Frei Chico preferiu se tornar o líder da família, uma espécie de porta-voz dos Silva, aposentou-se e toca sua vida humilde e tranquila no ABC paulista, de onde nunca saiu.
Quando vem a São Paulo, costuma almoçar com os amigos no popular restaurante "Sujinho", na rua da Consolação, que serve a melhor bisteca de boi da cidade. Fomos lá na semana passada. Grande figura, esse Frei Chico, que de religioso nunca teve nada.
COPIADO : http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro
Quando liguei para ele na tarde desta quinta-feira (17), querendo saber o que achava da semelhança, Frei Chico achou tudo muito engraçado.
"Pois é, e ele que sempre falou que eu era feio... A única forma que o Lula encontrou de parecer um cara inteligente foi ficar como o irmão dele...', brincou Frei Chico, no humor sertanejo característico dos irmãos Silva.
Na verdade, o nome dele é José Ferreira da Silva. O apelido de frade ele ganhou na fábrica quando começou a ficar careca no cocoruto. Foi Frei Chico quem levou Lula para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, em 1966.
Estava sendo formada a chapa para disputar as eleições no sindicato. Frei Chico não poderia entrar porque já havia um candidato da mesma fábrica e Lula, que era torneiro-mecânico das Indústrias Villares, entrou em seu lugar.
O resto da história todo mundo sabe. Por isso, sempre que o encontrava,e havia algum problema no governo, lembrava a Frei Chico que ele era o responsável por Lula ter chegado à Presidência da República. "O culpado é você!...".
"Aí é da paróquia do Frei Chico?", perguntei-lhe hoje, como de costume, ao ligar no seu celular. "Sim, estamos agora numa sessão de benzimento...".
Na época em que entrou para o sindicato, Lula não tinha nenhuma militância sindical ou política. Gostava mesmo era de jogar bola, namorar, ir a bailes e nadar na Praia Grande, no litoral sul paulista. Frei Chico acabou com a sua boa vida de metalúrgico sem maiores compromissos.
O sindicalista e político da família era o irmão três anos mais velho. Militante do Partidão, como era conhecido o velho Partido Comunista Brasileiro, e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Frei Chico foi preso e duramente torturado na época da ditadura militar.
"Eu era do Partidão do Prestes, não este do Roberto Freire", faz questão de deixar bem claro Frei Chico, que consegue lembrar sem perder o bom humor dos piores tempos da repressão, e nunca se queixou da vida.
Lula topou entrar na chapa do sindicato, mas não aceitou o convite de Chico para ingressar no Partidão. Achava esse pessoal muito chato. Talvez por isso tenha criado seu próprio partido, o Partido dos Trabalhadores, em 1980, junto com outros líderes sindicais.
Como é o destino... Enquanto Lula se tornava um líder nacional e mundial, Frei Chico preferiu se tornar o líder da família, uma espécie de porta-voz dos Silva, aposentou-se e toca sua vida humilde e tranquila no ABC paulista, de onde nunca saiu.
Quando vem a São Paulo, costuma almoçar com os amigos no popular restaurante "Sujinho", na rua da Consolação, que serve a melhor bisteca de boi da cidade. Fomos lá na semana passada. Grande figura, esse Frei Chico, que de religioso nunca teve nada.
COPIADO : http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro
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