Sobe para 14 número de presos na Operação Faraó Policial Argemiro Garcia Correa entregou-se à Corregedoria Geral Unificada

Sobe para 14 número de presos na Operação Faraó

Policial Argemiro Garcia Correa entregou-se à Corregedoria Geral Unificada

Rio - Subiu para 14 o número de presos na Operação Faraó, que visa combater a corrupção na carceragem da Polinter. O policial Argemiro Garcia Correa entregou-se à Corregedoria Geral Unificada (CGU), na manhã desta quarta-feira. Segundo a Secretaria de Segurança, o advogado de um dos dois policiais ainda foragidos já sinalizou a intenção de seu cliente em se entregar à CGU.
As investigações levaram ao decreto da prisão preventiva de 16 pessoas, das quais nove são policiais civis, sendo um delegado. Todos os envolvidos capturados durante a operação Faraó, realizada nesta terça, serão indiciados nos crimes de formação de quadrilha, usurpação de função pública, prevaricação.  Alguns dos envolvidos também serão acusados do crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público no exercício da função).

Presos saem para cometer crimes
Presos saindo para cometer crimes, comer em restaurantes e até tratar de negócios pessoais. Essas foram algumas das descobertas feitas na operação desta terça-feira que desbaratou uma quadrilha que negociava facilidades nas carceragens da Polinter.
Segundo informações do Ministério Público, um dos presos sob custódia da Polinter chegou a sair da carceragem para realizar um roubo a mão armada no Leblon, na Zona Sul. O criminoso teria arrecadado no assalto R$ 8 mil, em um crime conhecido como saidinha de banco. Outro preso teria chegado a sair de uma das unidades da Polinter para tratar da abertura de uma franquia em um shopping center de Niterói.
"Ele eram encarcerados como qualquer outro preso, mas, eles tinham o benefício de sair para praticar atos comuns e até aproveitar de bebida e comida fora da cadeia", afirmou o promotor Décio Alonso em entrevista ao RJTV.
Investigações duraram três meses
As investigações levaram ao decreto da prisão preventiva de 16 pessoas, das quais nove são policiais civis (sendo um delegado). Todos são integrantes de uma quadrilha que atuava na DC Polinter, base de Friburgo. A Secretaria de Segurança lembrou que esta DC Polinter já havia sido desativa há cerca de 2 meses. A desativação da unidade já foi resultado desta investigação.
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Operação já cumpriu 14 mandados de prisão no interior e Baixada | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Segundo o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, a quadrilha exigia propina para realizar transferências ou permanência dos presos nas carceragens. Dessa maneira, o bando direcionava para onde os presos seriam enviados. O grupo também é acusado de extorquir dinheiro de parentes e de presos afim de garantir mordomias nas carceragens. O valor da hora da visita íntima cobrado pelo grupo era de R$ 10.
O delegado Renato Soares Vieira, coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polinter (Nucop), foi preso na ação, batizada de "Faraó". Segundo a polícia, Renato seria o responsável pelo esquema. São acusados de envolvimentos os policiais Antônio Carlos de Jesus Fernandes, conhecido como Antônio Branco, Geraldo Gontijo Farias, Ernane de Souza Gomes, Luiz Cláudio Pereira, Marcelo de Nazareth, Argemiro Garcia Correia e Eli Carneiro Machado.
Lúcio Paulo Nunes Ribeiro e Francisco Guilherme de Azevedo, que estavam em liberdade condicional, também foram detidos. Para os agentes,  Lúcio seria o supervisor do esquema.  Uma servidora terceirizada do Nucop, responsável pelo setor pessoas e identificada como Tamiris Santiago da Silva, foi presa. Quatro homens com mandados de prisão já estavam detidos.  São eles Claudemir de Souza Ferreira, detido no Grajaú, Luis Flávio Júnior, em Neves, São Gonçalo, Igor Filipeck e Zuelandres Batista dos Santos Filho, ambos presos em Água Santa.
Segundo o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, nove mandados de prisão são para policiais, sendo sete inspetores, um oficial de cartório e um delegado, já preso.
Agentes foram até a casa que seria do inspetor civil Antônio Carlos Ferreira, na Estrada Caneca Fina, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, cumprir mandado de prisão e busca e apreensão. Contudo, ao chegar no local, policiais foram informados que o acusado não mora na residência. Nos fundos da casa foram encontrados móveis e calçados, que pertecem ao atual dono da casa, um comerciante da região.
Confira a identificação dos presosRenato Soares Vieira, delegado chefe do Núcleo de Controle de Presos (NUCOP)
Antônio Carlos de Jesus Fernandes
Geraldo Gontijo Farias
Presos que estavam em liberdade condicionalLúcio Paulo Nunes Ribeiro
Francisco Guilherme Araújo de Azevedo
Argemiro Garcia Correa

Outros
Tamires Santiago da Silva, funcionária terceirizada da Polícia Civil

Envolvidos que já estavam presos: Presídio Ary Franco
Igor Filipek
Zuelandres Batista dos Santos Filho

Polinter do Grajaú
Claudemir de Souza Ferreira

Polinter de Neves
Luis Flávio Júnior
Eli Carneiro Machado
Marcelo de Nazareth
Ernani de Souza Gomes

Foragidos
: Luiz Cláudio Pereira e Antônio Carlos Ferreira.
COPIADO : http://odia.ig.com.br/portal/rio
09.11.11 às 12h01 > Atualizado em 09.11.11 às 12h03

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