Seita islâmica Boko Haram ameaça estabilidade da Nigéria
25 de dezembro de 2011 • 16h55 • atualizado às 17h08
"Somos responsáveis por todos os ataques", disse por telefone, um porta-voz da Boko Haram
Foto: AP
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Responsável pela onda de atentados que foi registrada neste Natal na Nigéria, a seita islâmica Boko Haram ameaça a estabilidade do país mais povoado da África, marcado pelas diferenças religiosas entre o norte muçulmano e o sul cristão.
Principal produtora de petróleo da região subsaariana, a Nigéria se encontra ameaçada pelo aumento das atividades terroristas de grupos islâmicos após a eleição presidencial em abril, a qual terminou com a vitória de Goodluck Jonathan, procedente das regiões cristãs do sul.
A vitória de Jonathan, que obteve 58,8% dos votos, acentuou a divisão entre os estados ricos em petróleo do sul, de maioria cristã, e as regiões muçulmanas do norte, cujos líderes se recusaram a aceitar os resultados do pleito.
Desde então, a violência nas províncias próximas ao Saara não para de aumentar, com sucessivos atentados terroristas, sendo que a grande maioria é de autoria da seita islâmica Boko Haram, a qual acredita que a Nigéria deveria ser regida pela lei islâmica "sharia". A Boko Haram, cujo nome significa "A educação não islâmica é pecado", matou a mais de 700 pessoas, segundo diversas fontes.
A onda de atentados deste domingo supera o ataque mais sangrento realizado até o momento pelo grupo terrorista, realizado em agosto contra a sede da ONU em Abuja, o qual resultou na morte de 24 pessoas. Com o aumento dos atentados, o governo de Jonathan busca um diálogo de paz com o grupo insurgente desde o mês julho. Na última semana, o Exército nigeriano empreendeu uma ofensiva contra a seita radical em Damaturu, no nordeste do país, cidade na qual morreram pelo menos 61 pessoas nos confrontos entre a Boko Haram e as tropas nigerianas.
As ações violentas dos islamitas motivaram o deslocamento de dezenas de cidadãos, os quais buscam fugir da violência. O mais recente foi registrado no último sábado, na cidade de Jos. O jornal nigeriano Tribune publicou que inúmeras pessoas deixaram a região com medo dos atentados realizados em pleno dia de Natal. Neste domingo, as autoridades confirmaram a morte de um agente em uma explosão em Jos, que tinha como alvo outro templo cristão.
Segundo a agência de notícias AFP, pelo menos 32 pessoas morreram neste domingo de Natal em cinco atentados contra igrejas católicas, todos organizados pela seita islamita Boko Haram.
http://noticias.terra.com.br/mundo/
Principal produtora de petróleo da região subsaariana, a Nigéria se encontra ameaçada pelo aumento das atividades terroristas de grupos islâmicos após a eleição presidencial em abril, a qual terminou com a vitória de Goodluck Jonathan, procedente das regiões cristãs do sul.
A vitória de Jonathan, que obteve 58,8% dos votos, acentuou a divisão entre os estados ricos em petróleo do sul, de maioria cristã, e as regiões muçulmanas do norte, cujos líderes se recusaram a aceitar os resultados do pleito.
Desde então, a violência nas províncias próximas ao Saara não para de aumentar, com sucessivos atentados terroristas, sendo que a grande maioria é de autoria da seita islâmica Boko Haram, a qual acredita que a Nigéria deveria ser regida pela lei islâmica "sharia". A Boko Haram, cujo nome significa "A educação não islâmica é pecado", matou a mais de 700 pessoas, segundo diversas fontes.
A onda de atentados deste domingo supera o ataque mais sangrento realizado até o momento pelo grupo terrorista, realizado em agosto contra a sede da ONU em Abuja, o qual resultou na morte de 24 pessoas. Com o aumento dos atentados, o governo de Jonathan busca um diálogo de paz com o grupo insurgente desde o mês julho. Na última semana, o Exército nigeriano empreendeu uma ofensiva contra a seita radical em Damaturu, no nordeste do país, cidade na qual morreram pelo menos 61 pessoas nos confrontos entre a Boko Haram e as tropas nigerianas.
As ações violentas dos islamitas motivaram o deslocamento de dezenas de cidadãos, os quais buscam fugir da violência. O mais recente foi registrado no último sábado, na cidade de Jos. O jornal nigeriano Tribune publicou que inúmeras pessoas deixaram a região com medo dos atentados realizados em pleno dia de Natal. Neste domingo, as autoridades confirmaram a morte de um agente em uma explosão em Jos, que tinha como alvo outro templo cristão.
Segundo a agência de notícias AFP, pelo menos 32 pessoas morreram neste domingo de Natal em cinco atentados contra igrejas católicas, todos organizados pela seita islamita Boko Haram.
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