Gâmbia
O Governo dos EUA manifestou-se "profundamente preocupado" com o discurso do Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, que na terça-feira se referiu aos homossexuais como "bichos" que podem levar a humanidade...
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Yahya Jammeh, Presidente da Gâmbia
Fotografia © Carlos Garcia Rawlins - Reuters
O Governo dos EUA manifestou-se "profundamente preocupado" com o
discurso do Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, que na terça-feira se
referiu aos homossexuais como "bichos" que podem levar a humanidade "a
uma extinção sem glória".
"Os Estados Unidos estão
profundamente preocupados com a retórica de ódio usada pelo Presidente
Jammeh no seu discurso de 18 de fevereiro", escreve o secretário de
Estado dos EUA, John Kerry, num comunicado publicado na quarta-feira no
seu site.
No texto, o chefe da diplomacia norte-americana sublinha que "todas as pessoas são criadas iguais e deveriam poder viver livres de discriminação, incluindo a discriminação baseada na identidade sexual e na orientação sexual".
"Apelamos ao Governo da Gâmbia que proteja os direitos humanos de todos os gambianos e encorajamos a comunidade internacional a enviar um sinal claro de que declarações desta natureza não têm espaço no diálogo público e são inaceitáveis", acrescenta.
Sublinhando que os direitos humanos e as liberdades fundamentais pertencem a todos os indivíduos, John Kerry deixa a mensagem: "Os Estados Unidos apoiar-te-ão independentemente de onde estejas e independentemente de que ames".
No seu discurso à nação para assinalar o 49.º aniversário da independência da Gâmbia, Jammeh alertou que o seu Governo lutará contra "esses bichos chamados homossexuais" da mesma forma que combate os mosquitos que transmitem a malária, já que podem conduzir a humanidade "à extinção".
No texto, o chefe da diplomacia norte-americana sublinha que "todas as pessoas são criadas iguais e deveriam poder viver livres de discriminação, incluindo a discriminação baseada na identidade sexual e na orientação sexual".
"Apelamos ao Governo da Gâmbia que proteja os direitos humanos de todos os gambianos e encorajamos a comunidade internacional a enviar um sinal claro de que declarações desta natureza não têm espaço no diálogo público e são inaceitáveis", acrescenta.
Sublinhando que os direitos humanos e as liberdades fundamentais pertencem a todos os indivíduos, John Kerry deixa a mensagem: "Os Estados Unidos apoiar-te-ão independentemente de onde estejas e independentemente de que ames".
No seu discurso à nação para assinalar o 49.º aniversário da independência da Gâmbia, Jammeh alertou que o seu Governo lutará contra "esses bichos chamados homossexuais" da mesma forma que combate os mosquitos que transmitem a malária, já que podem conduzir a humanidade "à extinção".
"A
homossexualidade não será tolerada e acarretará a pena máxima, já que
está destinada a levar a humanidade a uma extinção sem glória", avisou o
Presidente, alertando que nem mesmo os diplomatas que são homossexuais
serão poupados.
Sublinhou ainda que, mesmo que o objetivo do país seja manter "relações pacíficas" com todos os países próximos, a Gâmbia nunca aceitará a sua amizade se esta for condicionada por "comportamentos ímpios e satânicos", como a homossexualidade.
"As pressões coercivas e ditatoriais da parte de algumas potências estrangeiras, como a imposição das suas culturas ímpias e decadentes como a homossexualidade e as liberdades desenfreadas, nunca serão aceites neste país", afirmou.
Estas culturas, disse, levam a que "os irmãos se casem com as suas irmãs, que os pais se casem com as suas filhas e as mães com os seus filhos".
Sublinhou ainda que, mesmo que o objetivo do país seja manter "relações pacíficas" com todos os países próximos, a Gâmbia nunca aceitará a sua amizade se esta for condicionada por "comportamentos ímpios e satânicos", como a homossexualidade.
"As pressões coercivas e ditatoriais da parte de algumas potências estrangeiras, como a imposição das suas culturas ímpias e decadentes como a homossexualidade e as liberdades desenfreadas, nunca serão aceites neste país", afirmou.
Estas culturas, disse, levam a que "os irmãos se casem com as suas irmãs, que os pais se casem com as suas filhas e as mães com os seus filhos".
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