“Pessimilda”, mídia familiar vê maior desigualdade
Índice de Gini – que mede a desigualdade de renda – é considerado estável há dois anos pelo IBGE; de 2012 para 2013, passou de 0,496 para 0,498; segundo o instituto, com essa variação, não é possível afirmar que houve piora da desigualdade, e sim que ela se manteve no mesmo nível; na Folha, porém, a manchete foi: "Sob governo Dilma, desigualdade no Brasil aumenta pela primeira vez desde 2001"; no G1, portal da Globo, e no site da revista Veja títulos foram similares; cobertura da Pnad lembra comportamento de Pessimildo, personagem do programa eleitoral do PT que só vê o lado ruim das coisas; vale lembrar que a pesquisa trouxe uma série de dados positivos, como aumento da renda e do número de trabalhadores com carteira assinada e queda do trabalho infantil e do analfabetismoFoi o que registraram os portais da imprensa familiar, como a Folha de S. Paulo, que escancarou na primeira página o seguinte título: "Sob governo Dilma, desigualdade no Brasil aumenta pela primeira vez desde 2001". No portal G1, da Globo, a constatação foi semelhante: "desigualdade aumenta e volta ao patamar de 2011". Já o portal da revista Veja ressalta que "há três anos país não reduz desiguldade".
"Eu não diria que houve queda nem redução, porque a variação é muito pequena de 2011 para cá. A gente percebe que, desde 2011, [o índice] está variando para cima ou para baixo, mas eu não diria que é uma melhora ou uma piora". A avaliação é de Maria Lucia Vieira, gerente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad, e aponta o contrário do que foi divulgado pela mídia.
A cobertura da pesquisa divulgada nesta quinta-feira 18 pelo IBGE lembra o comportamento de Pessimildo, personagem do programa eleitoral do PT que vê tudo de forma negativa. Vale ressaltar, por exemplo, que a mesma pesquisa trouxe uma série de dados positivos, como o aumento da renda do trabalhador, do número de trabalhadores com carteira assinada e do número de crianças com mais de quatro anos na escola. Além disso, houve queda de 12,35% do trabalho infantil e do analfabetismo.
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