Perfis de Dilma e Aécio
Rio - Em rápido pronunciamento à
imprensa, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves,
acusou o PT de tentar censurar a última edição da revista
Veja, publicada nesta sexta-feira, 24.
O tucano fez apenas uma declaração sobre a reportagem
de capa da revista Veja, que diz que o doleiro Alberto Youssef, preso
desde março, afirmou que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do suposto esquema de
desvio de dinheiro da Petrobrás.
"A denúncia é extremamente grave e tem de ser confirmada, mas é
preciso que seja também apurada", afirmou o candidato tucano, que
acusou o PT de tentar censurar a publicação. "O Brasil merece uma
resposta daqueles que governam o País. Infelizmente, a única
manifestação foi pela censura, pela retirada de circulação da maior
revista nacional. Essa não é, certamente, a resposta que os brasileiros
aguardam."
O candidato tucano recusou-se a responder a perguntas de
jornalistas, ao contrário do que tem feito diariamente durante a
campanha, quando grava depoimentos para emissoras de TV. "Hoje não vou
dar entrevista. Vou fazer apenas uma declaração em razão da relevância
do tema", disse em uma sala do Hotel Sheraton, no Leblon, zona sul do
Rio, onde passou o dia se preparando para o debate desta noite na TV
Globo.
Aécio afirmou que a reportagem relata "supostos desvios" e que
a delação premiada "assegura benefícios a quem a faz apenas se ela vier
assegurada de comprovações das denúncias". Depois, afirmou: "Determinei
ao PSDB que ingresse hoje
(sexta-feira, 24) na
Procuradoria-Geral da República solicitando que essas investigações
sejam aprofundadas em razão da sua gravidade, chamando a atenção para
uma parte do depoimento do senhor Youssef que diz que um dos
coordenadores da campanha do PT solicitava que fossem repatriados,
portanto que retornassem ao Brasil, US$ 20 milhões para a atual campanha
eleitoral. Se comprovado isso, é a confirmação de que houve operação de
caixa 2 na atual campanha presidencial do PT."
Ele afirmou que o PSDB vai acompanhar o desenrolar das investigações e que, se eleito, "elas serão ainda mais aprofundadas".
Copiado politica.estadao.com.br
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