“Para nós, a noite do 26 de setembro não terminou ainda”
David Marcial Pérez
México
Os pais dos 43 estudantes sequestrados em Iguala protestam na capital
mexicana acompanhados de milhares de pessoas para exigir justiça quando
se completam três meses do massacreO dia que devolveu a vida aos espectros do México
Jan Martínez Ahrens
México
A tragédia de Iguala detonou uma reação social e uma mudança de ciclo político que colocou sob pressão o Governo Peña Nieto“Para nós a noite do dia 26 de setembro ainda não terminou”
Os pais dos 43 estudantes sequestrados protestam na capital mexicana com milhares de pessoas para exigir justiça três meses após o massacre
Os familiares dos estudantes de magistério sequestrados e desaparecidos há três meses em Guerrero,
estado no sul do México, voltaram a tomar as ruas da capital do país,
na Cidade do México, apoiados por estudantes, sindicatos e pela
sociedade civil em sua cruzada pelo esclarecimento do ocorrido na noite
de 26 de setembro.
Os pais e mães das vítimas rejeitam a versão oficial da Promotoria, que acredita que os estudantes foram mortos pelas mãos de pistoleiros do cartel local Guerreros Unidos. Durante a manifestação, menos numerosa do que em outras ocasiões —cerca de 3.000 pessoas, segundo a agência France Press—novamente gritaram o lema central dos protestos: “Vivos foram levados, vivos os queremos”.
O quinto protesto do movimento cidadão transversal e não partidário, em resposta à tragédia de Iguala, a cidade onde os estudantes foram sequestrados, saiu da praça Anjo da Independência liderada por três fileiras de pais e familiares mostrando as fotografias dos estudantes de magistério de Ayotzinapa, uma pequena localidade perto de Chilpancingo, capital de Guerrero.
Depois de percorrer a avenida da Reforma, uma das artérias da cidade,
o trajeto terminou na praça da Revolução. “Se pensavam que íamos ficar
sentados esperando o Natal e desfrutar das férias não entenderam nada.
Se não há Natal para nós, não há Natal para eles”, afirmou um dos
porta-vozes próximo ao monumento do levante mexicano de 1910.
Os familiares protagonizaram outra manifestação durante a véspera de Natal nas imediações de Los Pinos, a residência do presidente Enrique Peña Nieto, a quem responsabilizam explicitamente. “O Governo não respondeu nem solucionou o problema. Exigimos a punição dos culpados e justiça para os desaparecidos.” A investigação resultou na prisão de 70 pessoas até agora, entre elas o ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e sua esposa María de los Ángeles Pineda, supostos autores intelectuais do crime.
A versão oficial da Promotoria, segundo o depoimento de três pistoleiros detidos, é que os estudantes foram vítimas da ação conjunta do narcotráfico e da polícia municipal, que, seguindo as ordens do prefeito, atiraram contra os estudantes, os sequestraram e os entregaram ao cartel local. Confinados em uma van foram transportados até a cidade vizinha de Cocula, onde teriam sido executados, queimados em um lixão e os restos mortais jogados em sacos de lixo no córrego do rio San Juan.
Até agora os peritos identificaram apenas um estudante entre os restos mortais encontrados no rio, dos 43 presos pela polícia de Iguala: Alexandre Mora Venancio, de 19 anos.
O trabalho de identificação dos restos mortais ainda pode levar vários
meses. Devido ao grau de decomposição das provas encontradas, as
autoridades mexicanas enviaram os restos mortais ao laboratório de
Innsbruck, na Áustria, especializado em testes forenses de DNA.
O grupo de familiares e amigos dos estudantes continua muito cético em relação a todos os detalhes do processo divulgados pela Promotoria. “Para nós, a noite de 26 de setembro não terminou. Apenas há incerteza, raiva e desespero. Para nós, continuam vivos”, destacou José Luís Méndez Pérez, estudante de 19 anos da escola de magistério de Ayotzinapa.
“Vamos encontrá-los onde estejam presos, no mais escuro dos quartéis militares. Eles atacaram, insultaram e humilharam os garotos”, afirma um dos porta-vozes. A hipótese de participação das forças de segurança federais no ocorrido, defendida pelos familiares, foi descartada pelo Governo, que argumenta que o exército não saiu das dependências naquela noite na cidade de Iguala.
Delegações de várias universidades do país, como a Unam e a Politécnica, que estão desde o início trabalhando com o grupo de estudantes de magistério de Ayotzinapa, voltaram a fazer parte de um dos núcleos do protesto. “Temos que aproveitar a efervescência do movimento e alcançar um maior impacto. Não queremos que isso fique apenas em uma demonstração de indignação”, disse Alejandro Velázquez, estudante de Filosofia da Unam.
No final do protesto, antes de anunciar o retorno a Guerrero para cuidar de suas famílias e reorganizar o rumo da missão, os pais aproveitaram para enviar uma mensagem que sintetiza o desafio, na forma de impugnação das instituições, na qual o movimento se transformou: “Pedimos que não votem até que nossos filhos apareçam. Em Guerrero vai haver eleições no ano que vem. Mas nenhum partido é digno. Enquanto [os estudantes] não forem entregues, não haverá paz”.
Os pais e mães das vítimas rejeitam a versão oficial da Promotoria, que acredita que os estudantes foram mortos pelas mãos de pistoleiros do cartel local Guerreros Unidos. Durante a manifestação, menos numerosa do que em outras ocasiões —cerca de 3.000 pessoas, segundo a agência France Press—novamente gritaram o lema central dos protestos: “Vivos foram levados, vivos os queremos”.
O quinto protesto do movimento cidadão transversal e não partidário, em resposta à tragédia de Iguala, a cidade onde os estudantes foram sequestrados, saiu da praça Anjo da Independência liderada por três fileiras de pais e familiares mostrando as fotografias dos estudantes de magistério de Ayotzinapa, uma pequena localidade perto de Chilpancingo, capital de Guerrero.
Os familiares protagonizaram outra concentração durante o Natal nas imediações da residência de Peña Nieto
Os familiares protagonizaram outra manifestação durante a véspera de Natal nas imediações de Los Pinos, a residência do presidente Enrique Peña Nieto, a quem responsabilizam explicitamente. “O Governo não respondeu nem solucionou o problema. Exigimos a punição dos culpados e justiça para os desaparecidos.” A investigação resultou na prisão de 70 pessoas até agora, entre elas o ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e sua esposa María de los Ángeles Pineda, supostos autores intelectuais do crime.
A versão oficial da Promotoria, segundo o depoimento de três pistoleiros detidos, é que os estudantes foram vítimas da ação conjunta do narcotráfico e da polícia municipal, que, seguindo as ordens do prefeito, atiraram contra os estudantes, os sequestraram e os entregaram ao cartel local. Confinados em uma van foram transportados até a cidade vizinha de Cocula, onde teriam sido executados, queimados em um lixão e os restos mortais jogados em sacos de lixo no córrego do rio San Juan.
mais informações
- Desaparecimento de dezenas de estudantes alarma o México
- México vive uma “tormenta política perfeita”
- Alexander Mora, um camponês que sonhava em ser professor
- Identificado um dos 43 estudantes do caso Iguala
- A reconstituição do sequestro e morte dos estudantes de magistério de Iguala
- O casal diabólico
- A indignação toma o México
- “Estamos fartos, dizemos já basta”
- Encontradas quatro valas com cadáveres em Iguala, no México
O grupo de familiares e amigos dos estudantes continua muito cético em relação a todos os detalhes do processo divulgados pela Promotoria. “Para nós, a noite de 26 de setembro não terminou. Apenas há incerteza, raiva e desespero. Para nós, continuam vivos”, destacou José Luís Méndez Pérez, estudante de 19 anos da escola de magistério de Ayotzinapa.
“Vamos encontrá-los onde estejam presos, no mais escuro dos quartéis militares. Eles atacaram, insultaram e humilharam os garotos”, afirma um dos porta-vozes. A hipótese de participação das forças de segurança federais no ocorrido, defendida pelos familiares, foi descartada pelo Governo, que argumenta que o exército não saiu das dependências naquela noite na cidade de Iguala.
Delegações de várias universidades do país, como a Unam e a Politécnica, que estão desde o início trabalhando com o grupo de estudantes de magistério de Ayotzinapa, voltaram a fazer parte de um dos núcleos do protesto. “Temos que aproveitar a efervescência do movimento e alcançar um maior impacto. Não queremos que isso fique apenas em uma demonstração de indignação”, disse Alejandro Velázquez, estudante de Filosofia da Unam.
No final do protesto, antes de anunciar o retorno a Guerrero para cuidar de suas famílias e reorganizar o rumo da missão, os pais aproveitaram para enviar uma mensagem que sintetiza o desafio, na forma de impugnação das instituições, na qual o movimento se transformou: “Pedimos que não votem até que nossos filhos apareçam. Em Guerrero vai haver eleições no ano que vem. Mas nenhum partido é digno. Enquanto [os estudantes] não forem entregues, não haverá paz”.
O dia que devolveu a vida aos espectros do México
A tragédia de Iguala detonou uma fulminante reação social e marcou uma mudança de ciclo político
O México vive seus dias no passado. Há três meses, o desaparecimento e morte de 43 estudantes de magistério
parou o tempo. Se no final do verão o principal tema de debate eram as
obras do futuro e resplandecente aeroporto internacional da Cidade do
México, projetado por Norman Foster e paradigma do que seria a era
Enrique Peña Nieto, hoje o cenário nacional está povoado de fogueiras,
cadáveres e assassinos. A morte, essa velha amante da cultura mexicana,
se colocou em cima do horizonte político e trouxe para o presente a
memória de sua história mais cruel. As matanças de Tlatelolco, Aguas
Blancas e San Fernando voltaram a desfilar diante dos olhos de milhões
de pessoas e lançou no ar uma pergunta carregada de pólvora: Por que a
tragédia de Iguala aconteceu?
A interrogação ameaça pulverizar tudo o que encontra no caminho. As diferentes respostas ensaiadas não conseguiram conter sua capacidade destrutiva. A simbiose do narcotráfico com a autoridade municipal, a ultraviolência de Guerrero, com uma taxa de homicídios 20 vezes superior à espanhola e um PIB per capita cinco vezes menor, a corrupção endêmica nesse estado e a rotina do crime de massa que transformaram certas regiões do México em terras endemoninhadas funcionaram como explicações necessárias, mas não suficientes para atos cuja barbárie manda pelos ares qualquer expectativa de racionalidade.
O relato oficial é conhecido. Na noite de 26 de setembro quase uma centena de alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, berço de guerrilheiros lendários como Lucio Cabañas ou Genaro Vázquez, foram para Iguala da la Independencia (130.000 habitantes) com o objetivo de arrecadar fundos para suas atividades e tomar à força alguns ônibus com os quais iriam dias depois para a Cidade do México para o aniversário da matança de Tlatelolco. Sua chegada foi notada pelos falcões do tráfico. Imediatamente alertaram o prefeito, um peão do sangrento cartel dos Guerreros Unidos. Diante da possibilidade dos normalistas estragarem um evento eleitoral de sua esposa, cérebro financeiro da organização criminosa em Iguala e próxima candidata à prefeita, o político exigiu que fossem impedidos. A ordem acabou em loucura. Com a sanha com a qual persegue os cartéis rivais, a polícia municipal cobriu a cidade de sangue. Dois estudantes morreram metralhados, outro teve o rosto esfolado e os olhos arrancados. Outras três pessoas, entre elas um rapaz de 15 anos, perderam a vida baleados ao serem confundidos com normalistas. Dezenas de estudantes foram detidos e entregues, segundo a promotoria, aos bandidos. O líder dos Guerreros Unidos, Sidronio Casarrubias Salgado, informado por seu braço-direito de que as desordens haviam sido causadas por um grupo rival, deu ordem para “defender o território”. O inferno abriu suas portas.
Como se fossem gado, os estudantes, sempre de acordo com a reconstrução oficial, foram levados para um lixão no município vizinho de Cocula. Por volta de quinze, machucados, morreram asfixiados durante a viagem. Os outros foram mortos um por um no lixão. Os bandidos declararam que fizeram uma enorme e negra fogueira com os cadáveres. Com as chamas apagadas, os restos foram colocados em sacolas de plástico pretas e lançadas em um lugar desconhecido nas águas do rio San Juan.
Mas a fogueira que naquela noite provavelmente iluminou o rosto dos criminosos nunca chegou a acabar. Nem as mais de 70 prisões ou as abismais confissões dos supostos assassinos e a confirmação por DNA da morte de um normalista desaparecido bastaram para apagar o fogo da polêmica. A pergunta, o porquê, detonou uma reação em cadeia que se estendeu muito além de Iguala.
Em um país com 22.000 desaparecidos e 80.000 mortos pela guerra contra o narcotráfico, décadas de ceticismo emergiram com força inusitada. Não se trata somente dos pais e das organizações que os apoiam questionarem a versão oficial. O sonho de uma idade de ouro, cultivado desde 2012 com um amplo plano de reformas estruturais, se desvaneceu e em seu lugar, em meio às grandes manifestações, as ruas foram tomadas pela desconfiança para com os políticos. Nenhum partido se salvou dessa mudança de ciclo. O PRD, a esquerda, entrou em parafuso por seu apoio ao prefeito de Iguala, e até seu líder espiritual e fundador, Cuauhtémoc Cárdenas, abandonou suas fileiras.
O PRI, que durante 70 exerceu o poder hegemônico e que regressou com Enrique Peña Nieto sob a promessa de iniciar uma nova etapa, se viu nas cordas. O presidente, com índices mínimos de popularidade nas pesquisas, tentou recuperar a iniciativa com uma segunda agenda reformista. Em qualquer outro país, as medidas anunciadas, como o fim de todas as polícias municipais ou a liquidação de prefeituras corruptas, teriam causado assombro, mas no México foram recebidas com frieza. A causa vai além do ceticismo que espalhou-se entre a população. Como em uma perfeita tempestade, a crise de Iguala coincidiu tanto com a revelação das polêmicas conexões de um conhecido empreiteiro com a esposa de Peña Nieto e o todo-poderoso secretário da Fazenda, como com a vertiginosa queda do preço do petróleo justamente no momento em que esse mercado, pela primeira vez em 76 anos, abria-se para o capital estrangeiro e privado. Dois golpes que deixaram o país no escuro com seus fantasmas. Espectros que andam, mais vivos do que mortos, pelas terras do México em busca de uma resposta.
copiado http://brasil.elpais.com/
A interrogação ameaça pulverizar tudo o que encontra no caminho. As diferentes respostas ensaiadas não conseguiram conter sua capacidade destrutiva. A simbiose do narcotráfico com a autoridade municipal, a ultraviolência de Guerrero, com uma taxa de homicídios 20 vezes superior à espanhola e um PIB per capita cinco vezes menor, a corrupção endêmica nesse estado e a rotina do crime de massa que transformaram certas regiões do México em terras endemoninhadas funcionaram como explicações necessárias, mas não suficientes para atos cuja barbárie manda pelos ares qualquer expectativa de racionalidade.
O relato oficial é conhecido. Na noite de 26 de setembro quase uma centena de alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, berço de guerrilheiros lendários como Lucio Cabañas ou Genaro Vázquez, foram para Iguala da la Independencia (130.000 habitantes) com o objetivo de arrecadar fundos para suas atividades e tomar à força alguns ônibus com os quais iriam dias depois para a Cidade do México para o aniversário da matança de Tlatelolco. Sua chegada foi notada pelos falcões do tráfico. Imediatamente alertaram o prefeito, um peão do sangrento cartel dos Guerreros Unidos. Diante da possibilidade dos normalistas estragarem um evento eleitoral de sua esposa, cérebro financeiro da organização criminosa em Iguala e próxima candidata à prefeita, o político exigiu que fossem impedidos. A ordem acabou em loucura. Com a sanha com a qual persegue os cartéis rivais, a polícia municipal cobriu a cidade de sangue. Dois estudantes morreram metralhados, outro teve o rosto esfolado e os olhos arrancados. Outras três pessoas, entre elas um rapaz de 15 anos, perderam a vida baleados ao serem confundidos com normalistas. Dezenas de estudantes foram detidos e entregues, segundo a promotoria, aos bandidos. O líder dos Guerreros Unidos, Sidronio Casarrubias Salgado, informado por seu braço-direito de que as desordens haviam sido causadas por um grupo rival, deu ordem para “defender o território”. O inferno abriu suas portas.
Como se fossem gado, os estudantes, sempre de acordo com a reconstrução oficial, foram levados para um lixão no município vizinho de Cocula. Por volta de quinze, machucados, morreram asfixiados durante a viagem. Os outros foram mortos um por um no lixão. Os bandidos declararam que fizeram uma enorme e negra fogueira com os cadáveres. Com as chamas apagadas, os restos foram colocados em sacolas de plástico pretas e lançadas em um lugar desconhecido nas águas do rio San Juan.
Mas a fogueira que naquela noite provavelmente iluminou o rosto dos criminosos nunca chegou a acabar. Nem as mais de 70 prisões ou as abismais confissões dos supostos assassinos e a confirmação por DNA da morte de um normalista desaparecido bastaram para apagar o fogo da polêmica. A pergunta, o porquê, detonou uma reação em cadeia que se estendeu muito além de Iguala.
Em um país com 22.000 desaparecidos e 80.000 mortos pela guerra contra o narcotráfico, décadas de ceticismo emergiram com força inusitada. Não se trata somente dos pais e das organizações que os apoiam questionarem a versão oficial. O sonho de uma idade de ouro, cultivado desde 2012 com um amplo plano de reformas estruturais, se desvaneceu e em seu lugar, em meio às grandes manifestações, as ruas foram tomadas pela desconfiança para com os políticos. Nenhum partido se salvou dessa mudança de ciclo. O PRD, a esquerda, entrou em parafuso por seu apoio ao prefeito de Iguala, e até seu líder espiritual e fundador, Cuauhtémoc Cárdenas, abandonou suas fileiras.
O PRI, que durante 70 exerceu o poder hegemônico e que regressou com Enrique Peña Nieto sob a promessa de iniciar uma nova etapa, se viu nas cordas. O presidente, com índices mínimos de popularidade nas pesquisas, tentou recuperar a iniciativa com uma segunda agenda reformista. Em qualquer outro país, as medidas anunciadas, como o fim de todas as polícias municipais ou a liquidação de prefeituras corruptas, teriam causado assombro, mas no México foram recebidas com frieza. A causa vai além do ceticismo que espalhou-se entre a população. Como em uma perfeita tempestade, a crise de Iguala coincidiu tanto com a revelação das polêmicas conexões de um conhecido empreiteiro com a esposa de Peña Nieto e o todo-poderoso secretário da Fazenda, como com a vertiginosa queda do preço do petróleo justamente no momento em que esse mercado, pela primeira vez em 76 anos, abria-se para o capital estrangeiro e privado. Dois golpes que deixaram o país no escuro com seus fantasmas. Espectros que andam, mais vivos do que mortos, pelas terras do México em busca de uma resposta.
copiado http://brasil.elpais.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário