Integrante do conselho de uma editora que corta custos, perde leitores e
fecha revistas, o jornalista José Roberto Guzzo publica, nesta semana, o
principal editorial da revista Veja; sua tese é que, em 2014, ano em
que venceu a quarta eleição presidencial consecutiva e fez os governos
de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e Acre, o Partidos dos
Trabalhadores morreu; "como um partido pode sobreviver se perdeu a
honra?", questiona; Veja, que parece incapaz de olhar para o próprio
umbigo, tem uma capa apropriada: 'O ano em que pagamos mico'
morte do PT
Integrante do conselho de uma editora que corta
custos, perde leitores e fecha revistas, o jornalista José Roberto Guzzo
publica, nesta semana, o principal editorial da revista Veja; sua tese é
que, em 2014, ano em que venceu a quarta eleição presidencial
consecutiva e fez os governos de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e
Acre, o Partidos dos Trabalhadores morreu; "como um partido pode
sobreviver se perdeu a honra?", questiona; Veja, que parece incapaz de
olhar para o próprio umbigo, tem uma capa apropriada: 'O ano em que
pagamos mico'
27 de Dezembro de 2014 às 12:59
247 - O ano de
2014, como todos sabem, foi aquele em que o Partido dos Trabalhadores
venceu, pela quarta vez consecutiva, uma eleição presidencial. Por uma margem apertada, mas venceu. O PT conquistou ainda territórios
importantes, com as vitórias inéditas em Minas Gerais, com Fernando
Pimentel, e no Ceará, com Camilo Santana. No Acre, Tião Viana garantiu
ao partido a quinta conquista. Na Bahia, Rui Costa deu o tri ao PT,
depois de dois governos de Jaques Wagner. E, no Piauí, garantiu-se a
volta do senador Wellington Dias. Se isso não bastasse, uma pesquisa
realizada neste ano apontou que, apesar de todos os escândalos, o PT
ainda é o partido político mais admirado do País, com 16% das
preferências – o PSDB vem em segundo lugar com 4%. Além disso, uma
pesquisa do Datafolha indicou que a presidente Dilma Rousseff é a
governante que, na visão dos brasileiros, mais enfrenta a chaga da
corrupção – os ex-presidentes Lula e FHC aparecem em segundo e em último
lugares, respectivamente. O declínio da Abril Corte, agora, para a Editora Abril.
2014 foi o ano em que seu carro-chefe, a revista Veja, pagou o maior
mico da história do jornalismo brasileiro. Em pleno dia das eleições,
foi condenada a publicar um direito de resposta, por tentar fraudar a
vontade popular com sua famosa capa 'Eles sabiam de tudo', que teve
milhares de exemplares rodados como panfletos de campanha. Depois disso, a casa dos Civita
anunciou só notícias ruins. Cortes de pessoal, fechamentos de revistas,
como a Info Exame, que migrou da plataforma impressa para o digital, e
enxugamentos de custo. As publicações que, agora, parecem estar pela
bola sete são a Men's Health e a Playboy. 'O ano em que pagamos mico' É nesse contexto, de surpreendente
resiliência do PT e franco declínio da Abril, que o jornalista José
Roberto Guzzo, colunista de Veja e integrante do conselho editorial da
empresa dos Civita, decidiu publicar um texto extremamente bizarro. No texto 'O fim da história', ela
afirma: 'É possível que 2014 acabe entrando para a memória política
brasileira como o ano em que o Partido dos Trabalhadores morreu'. Segundo Guzzo, o PT morreu por
'suicídio involuntário' ou 'por ter inoculado em si próprio uma doença
prolongada, progressiva e incurável chamada corrupção'. 'Como um partido pode sobreviver se
perdeu a honra?', questiona o jornalista, afirmando ainda que, nos 12
anos de poder, o PT não pariu uma única ideia útil ao país, ignorando
programas como o Bolsa-Família, o ProUni e tantos outros. Guzzo parece incapar de olhar ao
redor e enxergar as ruínas não do PT, mas da própria Editora Abril, que
substituiu o jornalismo pela panfletagem política. Ironicamente, a capa de Veja sobre
2014 não poderia ter um título mais apropriado: 'O ano em que pagamos
mico'. Com a ressalva, claro, de que se encaixa para a Abril, não para o
Brasil como um todo. copiadohttp://www.brasil247.com/pt
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