Após ataques, Dilma não dá sinais de que cederá às pressões do PT


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Mesmo após investidas de Lula e PT, Dilma não dá sinais de que mudará agenda econômica

Por Painel
Pouco a perder Mesmo depois da bateria de ataques do comando petista à agenda econômica do Planalto e do chamado de Lula para que defina de que lado está, Dilma Rousseff não dá sinais de que poderá ceder. Interlocutores da presidente avaliam que, com uma aprovação na faixa dos 10%, é preferível à petista investir em uma medida impopular, mas estruturante — a reforma da Previdência —, do que abraçar as propostas do partido, que, na sua opinião, não ajudam o país a sair da crise.
Vamos conversar Jaques Wagner (Casa Civil) deve vestir a roupa de bombeiro e procurar petistas no Congresso para apagar o incêndio. A inclusão da CPMF entre as medidas defendidas pelo diretório do partido na sexta animou parte do governo.
Nem tenta A tarefa, entretanto, não será fácil. Lindbergh Farias (PT-RJ) não vai à reunião convocada pelo Planalto com a bancada no Senado para pôr panos quentes depois do desentendimento na votação do projeto do pré-sal. Paulo Paim (PT-RS) deve fazer o mesmo.
Fui por aí Dilma investirá na agenda internacional. Além da Cúpula de Segurança Nuclear, em Washington, ela deve ir duas vezes à ONU, em Nova York, em abril. Pretende participar da assinatura do acordo climático de Paris e de uma sessão especial de combate às drogas.
Truco O Planalto avisou aos governos estaduais que, caso a proposta que altera o indexador do saldo de suas dívidas com a União seja aprovada na Câmara, a renegociação em curso — que prevê extensão do prazo e autorização para novos empréstimos — deve ser engavetada.
Conte comigo Com isso, espera contar com a pressão dos governadores sobre suas bancadas para barrar o texto.
Segue o jogo Com a definição da liderança da bancada do PP na Câmara, a última entre as grandes a escolher seu novo líder, deputados esperam que Eduardo Cunha dê início às tratativas para a eleição das comissões na Casa.
Quebra-cabeça O peemedebista aguarda o fim da janela partidária para definir a estratégia de enfrentamento ao governo na disputa pelo comando das comissões. Há possibilidade de que alguns dos candidatos de seu grupo mudem de sigla, o que forçará a escolha de novos nomes.
Cabra-cega Antes do resultado das prévias do PSDB para a Prefeitura de São Paulo, tucanos previam “vinte dias sangrentos”, em referência à possibilidade de segundo turno. “Vai ser uma briga de foice no escuro”, ilustrou um dirigente do partido.
Companheiro O PT tenta convencer Eduardo Suplicy, secretário paulistano de Direitos Humanos, a compor a chapa de vereadores da sigla neste ano. A legenda aposta nele como puxador de votos.
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‌Quem dá mais Petistas brincam que há uma disputa entre Fernando Haddad e Suplicy para ver quem passa mais tempo sem ser recebido por Dilma. O prefeito pediu audiência há quatro meses. O ex-senador não foi recebido durante todo o mandato.
Lá ou cá Juiz da Operação O Recebedor, Eduardo Pereira Leite tomou decisão diferente de Sérgio Moro sobre prisões temporárias. Para ele, é “inviável” decretá-las para evitar combinação de depoimentos. Moro já determinou a medida para impedir “concertação” entre investigados.
Quem manda Uma das delegadas da Polícia Federal que atuam na Lava Jato, Fernanda Costa de Oliveira tem arrancado suspiros de réus e advogados da operação. Ganhou o apelido de “delegata”.
No bolso O Ministério da Justiça vai dar um prêmio de R$ 40 mil para que a proposta vencedora de seu concurso para a criação de aplicativos de combate à corrupção seja concretizada. O segundo e o terceiro lugares levarão R$ 10 mil cada um.

TIROTEIO
Dilma está sozinha. O PMDB tira onda de oposição na TV, e o PT lança um programa alternativo. O último a sair que apague a luz.
DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre a relação conflituosa entre a presidente Dilma Rousseff e os dois maiores partidos de sua coalizão.

CONTRAPONTO
Pense em mim
Às vésperas da eleição para a liderança da bancada PP na Câmara, quando o deputado Cacá Leão (BA) ainda se apresentava como candidato ao posto, Aguinaldo Ribeiro (PB) percorria os corredores do Congresso em busca de votos de última hora.
Ao avistá-lo com uma gravata amarela, o correligionário Marcelo Belinati (PR) decidiu fazer graça e elogiou o ex-ministro:
—Bela gravata, hein, deputado?
Ainda precisando angariar eleitores, Ribeiro fez um gesto como se afrouxasse o nó e devolveu, rindo:
—Pois leve, meu amigo, já é sua!
copiado  http://painel.blogfolha.uol.com.br/

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