Em carta, Delcídio nega ameaça a senadores e diz não ter ódio Senador foi solto após 87 dias preso na Operação Lava Jato. GloboNews teve acesso a carta que ele enviou aos colegas no Congresso.


27/02/2016 12h30 - Atualizado em 27/02/2016 14h36

Em carta, Delcídio nega ameaça a senadores e diz não ter ódio

Senador foi solto após 87 dias preso na Operação Lava Jato.
GloboNews teve acesso a carta que ele enviou aos colegas no Congresso.

Andréia SadiDa GloboNews, em Brasília

Imagem da carta de Delcidio a senadores (Foto: Reprodução)Imagem da carta de Delcidio a senadores (Foto: Reprodução)
Preso pela Operação Lava Jato, o ex-líder do governo Delcídio do Amaral mandou entregar uma carta aos 80 senadores nesta sexta-feira negando ter feito ameaças aos colegas para salvar seu mandato no Conselho de Ética.
Na carta, a que a GloboNews teve acesso, o senador diz que as ameaças são "falsas e delirantes" e que o "injusto encarceramento" o afastou da vida política e social, mas não o  "exonerou da coerência e da razão".
"Ódio e revanchismo não ocuparam minha imaginação", disse. No texto, o senador afirma ainda que "alguns órgãos de mídia [...] publicaram inverdades imputando-me a propagação de ameaças e constrangimentos aos meus pares no Senado, com o objetivo de evitar uma eventual cassação do meu mandato parlamentar".
A carta de Delcídio faz parte da estratégia do senador de convencer os parlamentares a preservarem o seu mandato no conselho. A preocupação do petista é que, caso perca o foro privilegiado, o seu processo seja investigado pelo juiz Sergio Moro, à frente da Lava Jato em Curitiba.
O tom da carta reproduz a entrevista concedida pelo senador à GloboNews nesta semana. Ele disse que "seria burrice" chantagear senadores em um momento no qual se precisa de apoio no conselho.
Delcídio foi preso em novembro de 2015 por tentar atrapalhar as investigações da operação Lava Jato. A decisão da prisão do senador foi baseada em uma gravação em que ele aparece oferecendo dinheiro e um plano de fuga para Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, para que Cerveró não o citasse durante delação premiada. A delação foi feita pelo filho de Cerveró, Bernardo.
O senador ficou 87 dias preso em Brasília, período em que ficou afastado das atividades parlamentares, mas continuou recebendo salários e benefícios. No dia 19 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal revogou a prisão e o senador, que está suspenso do PT, poderia voltar ao Senado. Delcídio, no entanto, solicitou uma licença médica por 15 dias e ainda não voltou às atividades.
copiado  http://g1.globo.com/politica

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