Poder PF investigará FHC por envio de dinheiro a ex-amante

PF investigará FHC por envio
de dinheiro
a ex-amante

Serão apurados possíveis crimes cometidos na transferência, informam Natuza Nery e Mônica Bergamo; para ex-presidente, denúncias são 'invenções'
FHC e Mirian Dutra – Bruno Santos/Folhapress/Reprodução/Youtube

PF investigará FHC por envio de dinheiro a ex-amante


Bruno Santos/Folhapress/Reprodução/Youtube
Fernando Henrique Cardoso e Miriam Dutra
Fernando Henrique Cardoso e Miriam Dutra

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A Polícia Federal abriu nesta sexta-feira (26) um inquérito para apurar declarações de Mirian Dutra, que foi amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A PF investigará se houve crime de evasão de divisas.
A jornalista disse, em entrevista à Folha, que o ex-presidente custeou parte de despesas dela e do filho, Tomás, no exterior, por meio da Brasif, empresa que administrava free shops em aeroportos brasileiros.
Ela contou que foi contratada pela Eurotrade, que era da Brasif, por US$ 3.000 mensais, entre 2002 e 2006, mas que nunca trabalhou para os free shops.
POLIMÍDIA
Segundo Dutra, o lobista Fernando Lemos acertou os detalhes da remuneração.
A Brasif contratou os serviços da empresa de Lemos, a Polimidia, entre 1993 e 2010, período que abrange o tempo de FHC no Palácio do Planalto.
Lemos, que faleceu em 2012, foi casado com a irmã de Mirian Dutra. Sob seu comando, a Polimidia floresceu na década de 90 e se tornou uma das mais influentes empresas de gestão de crise da capital federal.
RELACIONAMENTO
Mirian e o ex-presidente tiveram relacionamento extraconjugal por seis anos, nas décadas de 1980 e 1990.
FHC reconheceu a paternidade de Tomás Dutra em 2009. Na época, declarou à Folha que sempre cuidou dele.
Em 2011, dois exames de DNA revelaram que FHC não é o pai biológico do rapaz.
FHC, no entanto, seguiu pagando os estudos dele e o presenteou com um apartamento de 200 mil euros em Barcelona.
Depois de um estudo preliminar, a PF verificou que crimes possam ter sido cometidos na transferência de dinheiro a ela.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que análises do tipo são comuns na área técnica do ministério sempre que denúncias são publicadas pela imprensa.
'INVENÇÃO'
FHC classificou como "invenção" e "coisas menores" as denúncias de ele que teria usado a Brasif para enviar ao exterior dinheiro para a Mirian Dutra.
"Não tem fato. O que foi que eu fiz de errado? Nada. Vocês estão insistindo em um tema que não existe", disse. "É invenção, não sei de quem. São coisas menores. Estou preocupado com o Brasil."
A Brasif diz ter usado uma subsidiária no Reino Unido, a Eurotrade, para fazer os pagamentos à jornalista. De acordo com comunicado da empresa, FHC "não teve qualquer participação nessa contratação, tampouco fez qualquer depósito na Eurotrade ou em outra empresa da Brasif"
 
copiado  http://www1.folha.uol.com.br/poder

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