Se não tivermos cuidado O Brasil ficará como a Venezuela. Temer diz... Temer avisa aliados que não há espaço para 'concessões' em reformas

Temer avisa aliados que não há espaço para 'concessões' em reformas

Tânia Monteiro e Daiene Cardoso
Em Brasília
Em reunião no Palácio do Jaburu na noite deste domingo (23) com ministros e líderes da base aliada, o presidente Michel Temer disse que não haverá novas mudanças nos textos das reformas Trabalhista e Previdenciária. "Não há espaço para concessão", avisou o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
O encontro durou três horas e serviu para a definição da estratégia final para a votação das duas reformas. Segundo o líder da maioria na Câmara, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), Temer disse que o governo considera os relatórios das reformas como produto final das negociações. A ordem, explicou Lelo, é começar as conversas finais com as bancadas e captar o sentimento dos deputados.

Ministros devem começar pressão

Nesta segunda-feira (24), Temer vai se reunir com os ministros que têm influência na Câmara para pedir que eles se envolvam diretamente nas conversas com os deputados. O presidente também pedirá que os ministros não agendem mais reuniões com os parlamentares em horário de votações importantes na Câmara.
Além de Aguinaldo e Lelo, participaram da reunião no Jaburu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), e os ministros Antonio Imbassahy (Governo), Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) e Henrique Meirelles (Fazenda).
Meirelles fez uma apresentação sobre a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), realizada em Washington na semana passada, e destacou que a economia brasileira já dá sinais positivos. Segundo o ministro, as reformas vão consolidar os avanços dos últimos meses.
Lelo explicou que a reunião foi para fazer um "ajuste de procedimentos", deixar claro que não haverá novas concessões nas propostas e envolver toda a base na reta final das votações das reformas. "Estamos no aquecimento da base. A base estava um pouco solta", disse o peemedebista.
A reforma trabalhista deve ser votada na terça-feira (25) na comissão especial sobre o tema e ir para o plenário no dia seguinte.

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