Chefe da OEA pede paz no Paraguai, que vive violência política


AFP / NORBERTO DUARTEO prédio do Congresso paraguaio destruído e incendiado por manifestantes, em Assunção, em 1º de abril de 2017
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, pediu paz às forças políticas do Paraguai e solicitou, neste sábado, que o governo investigue a morte de um opositor pelas mãos da polícia depois que manifestantes entraram no Congresso.
Após um dia de violentos confrontos, na sexta-feira, que deixaram 30 feridos e mais de 200 detidos, Almagro fez um "chamado às forças políticas do Paraguai pela paz e pelo respeito à democracia", segundo uma nota oficial.
Manifestantes opositores destruíram grades, portões e janelas do Congresso e atearam fogo em várias partes do edifício como protesto por uma emenda constitucional que busca permitir a reeleição presidencial.
O presidente da Juventude Liberal, Rodrigo Quintana, de 25 anos, morreu com o impacto de uma bala na cabeça, depois da violenta invasão da polícia na sede desta formação política.
"A violência não é a forma de resolver os conflitos políticos na democracia. Se não há garantias para um jovem dirigente, estão está acabando o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais", disse Almagro.
O ex-chanceler uruguaio condenou "energicamente" a entrada violenta dos opositores no Congresso.
Mas acusou as forças de ordem de se excederem "absolutamente" em suas funções ao tomarem a sede política e assassinarem o dirigente, e pediu que o governo puna os responsáveis.
"Se um setor da sociedade viola este componente fundamental atacando a institucionalidade por meio de um incêndio no edifício ícone da representação popular, isso não justifica, de maneira alguma, a invasão de uma sede política, a repressão indiscriminada e o assassinato de um jovem dirigente político", afirmou.
O início da confusão se deu por uma votação no Senado de uma emenda constitucional que busca permitir a reeleição, considerada pelos opositores um "golpe parlamentar".

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