AFP / LILLIAN SUWANRUMPHAA ex-premier discursa ao chegar à Suprema Corte, em Bangcoc
A ex-primeira-ministra da Tailândia Yingluck Shinawatra, que pode ser condenada no fim do mês a 10 anos de prisão, afirmou nesta terça-feira, em seu julgamento, que é "vítima de um jogo político" elaborado pela junta militar que governa o país.
"Sou vítima de um jogo político sutil", declarou em um depoimento de quase uma hora, em um processo que dura 18 meses.
"Não permiti nenhuma corrupção. Não fiz nada errado", completou, repetindo a linha de defesa adotada nos últimos meses, evitando até agora recair em acusações políticas.
A junta militar governa o país desde o golpe de Estado de 2014 que derrubou o governo de Yingluck. Os críticos acusam os generais de uma tentativa de limpar o cenário político, em particular da influência da família Shinawatra, antes de qualquer anúncio de eleições.
A ex-primeira-ministra é acusada de negligência na instauração de um programa de subsídios de arroz.
O programa contemplava a compra de arroz dos produtores rurais, base eleitoral dos Shinawatra, a um preço superior ao de mercado.
Mas Yingluck alega que foi uma ajuda necessária para apoiar os produtores mais pobres, que historicamente recebem pouca ajuda do governo.
O irmão de Yingluck, Thaksin Shinawatra, ex-primeiro-ministro que também foi derrubado por um golpe de Estado em 2006, vive no exílio há vários anos para evitar uma pena de dois anos de prisão por corrupção.
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