Avianca pede recuperação judicial
AFP/Arquivos / VANDERLEI ALMEIDAAeronave da Avianca se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, 19 de agosto de 2015
A companhia aérea Avianca Brasil, com alto grau de endividamento, entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo, informou o órgão nesta terça-feira (11).
"Sim, o pedido foi feito", confirmou a assessoria de imprensa do tribunal, que declarou que o caso está sob sigilo judicial.
A empresa informou em um comunicado que, "devido à resistência dos arrendadores de suas aeronaves a um acordo amigável, entrou com um pedido de recuperação judicial para proteger os seus clientes e passageiros".
Assegurou, ainda, que "suas operações não serão afetadas" e que "os passageiros podem ter absoluta tranquilidade em fazer suas reservas e adquirir suas passagens, pois todas as vendas serão honradas e os voos mantidos".
O processo de recuperação judicial está na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
A Avianca Brasil, marca comercial da Oceanair Linhas Aéreas S.A. ("Oceanair") não faz parte do grupo de companhias da Avianca Holdings S.A, com sede na Colômbia. Mas ambas integram uma holding controlada pelo mesmo investidor, German Efromovich.
Segundo a imprensa brasileira, entre os credores da empresa estão a Petrobras e o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A Avianca Brasil, que cobre voos dentro e fora do Brasil, opera 60 aeronaves. Segundo o jornal Valor Econômico, a quarta maior companhia aérea do Brasil acumula dívida de R$ 493,8 milhões com diversos fornecedores, enfrenta diversas ações judiciais para a devolução de 26 aviões e 52 motores em uso.
A empresa registrou no primeiro semestre perdas líquidas de 175,6 milhões de reais, 24,4% superiores ao mesmo período do ano passado.
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