DESTINOS INDEFINIDOS
Jair Bolsonaro, em evento no Exército, em Brasília, nesta quarta (5) -
Sérgio Moro está sobrecarregado, diz Bolsonaro sobre Funai
Questionado sobre futuro da Funai, Bolsonaro diz que Moro está sobrecarregado
'Quero que o índio explore a sua propriedade, seu subsolo, ganhe royalties sobre isso', disse
BRASÍLIA
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta (5), ao ser questionado sobre o futuro da Funai, que o novo ministro da Justiça, Sergio Moro, está sobrecarregado,
“O Moro está sobrecarregado lá”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (5).
Ele evitou, contudo, confirmar que a instituição sairá do guarda-chuva da Justiça, como está atualmente.
“Eu não posso afirmar. Se eu afirmo e ela fica, vão falar que eu voltei atrás”, disse.
Mais cedo, Moro disse em entrevista no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que a Funai poderia ficar subordinada à Justiça.
Bolsonaro limitou-se na dizer que o órgão “vai para algum lugar”.
Ele disse ter sido vítima de uma “maldade” de jornalistas sobre declaração feita na semana passada sobre os índios, quando disse que pessoas querem que eles permaneçam em reservas como se fossem animais em zoológicos.
“Alguns setores da imprensa fizeram uma maldade comigo. O índio quer energia elétrica, quer médico, quer dentista, quer internet, jogar futebol. Quer o que nós queremos”, afirmou.
Ele repetiu declarações da semana passada ao dizer que na Bolívia, um índio é presidente.
“Aqui no Brasil, alguns querem que o índio continue na reserva como se fosse animal zoológico. Eu não quero isso. Eu quero tratar o índio como ser humano. Eu quero que o índio explore a sua propriedade, seu subsolo, ganhe royalties sobre isso, plante”, afirmou.
Ele citou o episódio de disputa de território em Roraima da Raposa Terra do Sol, que foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal), dizendo que foi um crime.
“Para que não aconteça aquele crime que aconteceu em Raposa Serra do Sol, de onde os rizicultores foram expulsos. Roraima, que exportava arroz, agora importa. E os índios foram constituir favela na periferia de Boa Vista”, disse.
Após a disputa entre agricultores e indígenas, o STF decidiu em 2008 manter a demarcação do território de 1.747.464 hectares, obrigando a retirada de não índios do local.
Bolsonaro é crítico em relação à demarcação de terras e já disse que acabaria com o processo em seu governo.
“O homem do campo não pode acordar e ler nos jornais que a sua terra, a partir de hoje, por uma portaria do Ministério da Justiça, iniciou-se para ser demarcada como terra indígena. Isso não podemos suportar mais”, disse.
“O Moro está sobrecarregado lá”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (5).
Ele evitou, contudo, confirmar que a instituição sairá do guarda-chuva da Justiça, como está atualmente.
“Eu não posso afirmar. Se eu afirmo e ela fica, vão falar que eu voltei atrás”, disse.
Mais cedo, Moro disse em entrevista no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que a Funai poderia ficar subordinada à Justiça.
Bolsonaro limitou-se na dizer que o órgão “vai para algum lugar”.
Ele disse ter sido vítima de uma “maldade” de jornalistas sobre declaração feita na semana passada sobre os índios, quando disse que pessoas querem que eles permaneçam em reservas como se fossem animais em zoológicos.
“Alguns setores da imprensa fizeram uma maldade comigo. O índio quer energia elétrica, quer médico, quer dentista, quer internet, jogar futebol. Quer o que nós queremos”, afirmou.
Ele repetiu declarações da semana passada ao dizer que na Bolívia, um índio é presidente.
“Aqui no Brasil, alguns querem que o índio continue na reserva como se fosse animal zoológico. Eu não quero isso. Eu quero tratar o índio como ser humano. Eu quero que o índio explore a sua propriedade, seu subsolo, ganhe royalties sobre isso, plante”, afirmou.
Ele citou o episódio de disputa de território em Roraima da Raposa Terra do Sol, que foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal), dizendo que foi um crime.
“Para que não aconteça aquele crime que aconteceu em Raposa Serra do Sol, de onde os rizicultores foram expulsos. Roraima, que exportava arroz, agora importa. E os índios foram constituir favela na periferia de Boa Vista”, disse.
Após a disputa entre agricultores e indígenas, o STF decidiu em 2008 manter a demarcação do território de 1.747.464 hectares, obrigando a retirada de não índios do local.
Bolsonaro é crítico em relação à demarcação de terras e já disse que acabaria com o processo em seu governo.
“O homem do campo não pode acordar e ler nos jornais que a sua terra, a partir de hoje, por uma portaria do Ministério da Justiça, iniciou-se para ser demarcada como terra indígena. Isso não podemos suportar mais”, disse.
MEDALHA
A declaração foi feita após participação do eleito em evento do Exército, em Brasília.Bolsonaro recebeu nesta quarta-feira a Medalha do Pacificador com Palma, por um ato de bravura, realizado em 1979, quando ainda era integrante das Forças Armadas.
Ele recebeu a homenagem por ter salvado um colega de Exército há quase 40 anos quando ele caiu em uma lagoa durante o treinamento. O homem salvo foi Celso Moraes, que posou para foto ao lado do eleito nesta quarta. O eleito almoçou no QG do Exército e, ao fim do encontro, se disse muito feliz pela condecoração.
Ele disse que a entrega da medalha era prevista há bastante tempo, mas que só ocorreu agora para evitar caracterização de apoio da instituição à sua candidatura. Bolsonaro argumentou o fato de Moraes ser negro para refutar as acusações de que ele é racista. Quando ainda era pré-candidato, ele disse ter visitado uma comunidade quilombola e usou "arroba" para se referir ao peso de afrodescendentes.
Por se tratar de uma unidade de medida usada para animais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou Bolsonaro por crime de racismo ao STF (Supremo Tribunal Federal), que o absolveu ainda durante a disputa presidencial.
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