Cantanhêde: as digitais do coice não são de Carlos, mas de Jair. ......O Exército está irritado com o filho, mas quem gerou a crise foi o pai presidente.

Cantanhêde: as digitais do coice não são de Carlos, mas de Jair

Convertida agora em “colunista da massa fardada”, a inefável Eliane Cantanhêde recolheu preciosas impressões na solenidade de posse do novo chefe da Comunicação Social do Exército, general Richard Nunes.
E a maior delas é aquilo que, aqui, já se tinha sido suspeitado ontem : não foi o pai Jair que referendou a “patada” do filho Carlos no (ainda) ministro Gustavo Bebbiano, mas Carlos é que serviu como pata ao coice de Jair.
A cronologia descrita por Cantanhêde é implacável: primeiro Jair Bolsonaro, ainda no Albert Einstein, gravou com a Record que Bebbiano tinha dito uma mentira – usou a palavra, literalmente – para depois “retuitar”, já em vôo para Brasília, a manifestação grosseira do filho.
Desmonte-se, portanto, toda a onda de que é Carlos Bolsonaro quem está criando este clima insustentável dentro do governo. Esta foi apenas a versão que, deliberadamente, se quis “armar”.
É Jair Bolsonaro sendo quem ele é: um desqualificado para o cargo que ocupa.

O problema não foi Carlos, foi Jair

Eliane Cantanhêde, no Estadão (trecho)
Todos ali sabiam que, num clima como esses, só uma pessoa tem coragem, legitimidade, respeito e jeito para alertar o presidente contra o excesso de poder dos filhos e para o excesso de problemas que eles estão jogando no colo do pai. Esta pessoa é Heleno. Os militares recorrem a ele, a quem cabe dizer verdades difíceis a Bolsonaro.
Na crise de Bebianno, porém, quem matou a charada foi o Estado, ao recompor a cronologia da quarta feira, que deveria ser de comemoração da alta de Bolsonaro e virou uma guerra entre o filho do presidente e um dos únicos civis com algum poder no Planalto.
E qual foi a charada? Os mundos político, militar e econômico passaram o dia crucificando Carlos Bolsonaro por ter tido a audácia e o voluntarismo de atacar um ministro. Mas a história é diferente. Primeiro, o presidente desmentiu Bebianno ao gravar a entrevista para a TV Record ainda no Hospital Albert Einstein. Só depois, enquanto o presidente voava para Brasília, Carlos divulgou o desmentido do pai pelo twitter, inclusive com o áudio em que ele se recusa a falar com Bebianno. Por fim, Bolsonaro retuitou o ataque de Carlos.
Ou seja: todo mundo incomodado, aflito e preocupado com o ato de Carlos, mas o problema era outro: não foi o filho quem gerou o problema, nem foi o pai quem tomou partido dele a posteriori. Foi o presidente quem atacou o ministro, Carlos só amplificou a posição do pai. Logo, Carlos não age da própria cabeça, ele é a voz do presidente.
Conclusões: 1) desta vez, o problema não foi Carlos, foi Jair; 2) Bebianno está frito, mas ele também tem muito óleo na frigideira; 3) Se é assim com Bebianno, o que será com os demais? 4) Heleno pode fazer queixa de Carlos para Jair, mas pode dar uma bronca no presidente?
O Exército está irritado com o filho, mas quem gerou a crise foi o pai presidente

copiado http://www.tijolaco.net/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...