Entram em vigor as tarifas chinesas sobre produtos "made in USA". Para chanceler canadense, tarifas sobre o México não afetarão novo Nafta

Entram em vigor as tarifas chinesas sobre produtos "made in USA"

AFP/Arquivos / FRED DUFOURA medida começa a ser aplicada depois que o presidente Donald Trump anunciou medidas que afetam consideravelmente o grupo chinês de telecomunicações Huawei 
As novas tarifas chinesas sobre mais de 5.000 produtos americanos por um valor de 60 bilhões de dólares entraram em vigor neste sábado uma resposta a uma medida similar adotada pelos Estados Unidos em maio.
As sobretarifas alfandegárias serão aplicadas a 5.410 produtos, com taxas respectivamente de 10%, 20% e inclusive 25%. Estas mercadorias já são taxadas atualmente.
A medida é uma resposta às tarifas adicionais sobre produtos chineses, por um valor de 200 bilhões de dólares, anunciadas no início de maio pelo presidente americano Donald Trump.
O volume de negócios entre os países supera 360 bilhões de dólares.
Preservativos, perfume, vinho e pianos são alguns dos produtos americanos afetados pelo aumento de tarifas.
A medida começa a ser aplicada após uma semana de escalada verbal entre China e Estados Unidos, na qual Pequim chegou a ameaçar restringir a exportação de terras raras, um produto chave para a indústria tecnológica americana, depois que o presidente Donald Trump anunciou medidas que afetam consideravelmente o grupo chinês de telecomunicações Huawei.
Ao mesmo tempo, Pequim anunciou que criará a própria lista de empresas estrangeiras "não confiáveis".
Estados Unidos e China retomaram a batalha tarifária depois que negociações em Washington terminaram sem acordo. Os americanos acusaram os negociadores chineses de recuar em compromissos assumidos.

Para chanceler canadense, tarifas sobre o México não afetarão novo Nafta

AFP / MANDEL NGANA posição de Ottawa não mudou, disse a ministra Chrystia Freeland a repórteres. "Estamos prontos para prosseguir com a ratificação do T-MEC no Canadá", afirmou. 
O ministro das Relações Exteriores do Canadá renovou o compromisso de sexta-feira (31) de Ottawa de ratificar o novo acordo de livre-comércio da América do Norte (T-MEC, na sigla em espanhol), após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar aplicar tarifas sobre o México.
A posição de Ottawa não mudou, disse a ministra Chrystia Freeland a repórteres. "Estamos prontos para prosseguir com a ratificação do T-MEC no Canadá", afirmou.
"Como os canadenses sabem, começamos o processo esta semana", acrescentou.
Seus comentários vêm depois da ameaça de Trump de aplicar tarifas ao México que começariam com 5% a partir de 10 de junho, se o país não interromper o fluxo de imigrantes sem documentos para os Estados Unidos.
O número de migrantes detidos na fronteira Estados Unidos-México ultrapassou 100 mil por mês nos últimos meses, segundo o governo Trump.
Em sua maioria, são pessoas que fogem da pobreza e da violência na América Central para solicitar asilo quando chegam ao território dos EUA.
Trump classifica consistentemente migrantes como criminosos e membros de gangues e alertou que as drogas também estão atravessando a fronteira.
O presidente americano fez o anúncio das tarifas no mesmo dia em que lançou o processo de ratificação do T-MEC, o novo Nafta assinado em novembro do ano passado entre os Estados Unidos, o México e o Canadá.
As palavras de Freeland também vêm depois de uma visita a Ottawa pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, para pressionar pela ratificação.
O tratado, assinado em novembro passado, entrará em vigor somente após a ratificação dos três países.
Freeland lembrou que a fronteira entre os Estados Unidos e o México "é uma questão bilateral".
"Estamos trabalhando de perto, estou em contato próximo com meus pares no México e nos Estados Unidos para aprender sobre seus processos internos e pretendemos, na medida do possível, avançar em conjunto com nossos parceiros", disse ela.



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