Funcionários públicos fazem manifestação pró-governo em Honduras. Guatemala estaria disposta a receber militares dos EUA para conter migração

Funcionários públicos fazem manifestação pró-governo em Honduras

AFP / Orlando SIERRAApoiadores do presidente Juan Orlando Hernandez em Tegucigalpa, em 1 de junho de 2019
Milhares de funcionários públicos marcharam neste sábado em Honduras em apoio ao governo, diante da tensão provocada por protestos de milhares de médicos e professores em rejeição a reformas na saúde e educação.
Cerca de 8 mil manifestantes, convocados pelo Partido Nacional (PN, de direita) para a "marcha da paz", percorreram um quilômetro em Tegucigalpa, desde os arredores do Estádio Nacional até a sede da Faculdade de Medicina de Honduras (CMH).
A mobilização foi convocada em meio à tensão que o país vem experimentando há duas semanas devido a greves e protestos da Plataforma de Defesa da Saúde e da Educação, formada pelos 10 mil membros da CMH e seis sindicatos de 60 mil educadores, com o apoio de estudantes e organizações sociais.
"Chega de greve, trabalhem pela saúde e pelaeducação dos nossos filhos", dizia uma faixa dos manifestantes pró-governo. "Queremos aulas", gritava o grupo, aplaudindo o presidente Juan Orlando Hernández, ausente da marcha.
O líder do PN, Fernando Anduray, disse em um discurso que o governo pretende "resolver o problema da falta de medicamentos nos hospitais" e "racionalizar os bilhões que são investidos em educação todos os anos".
Já a Plataforma convocou uma nova manifestação para a tarde deste sábado, rejeitando um diálogo proposto pelo governo "até que sejam revogados" dois decretos que, na opinião deles, privatizam a saúde e a educação e facilitam as demissões em massa nesses setores.
No entanto, o presidente da CMH, Suyapa Figueroa, também rejeitou os "atos de violência e danos à propriedade pública e privada", como incêndios e saques, que na sexta-feira foram registrados, e afirmou que foram causados por "infiltrados" do governo

Guatemala estaria disposta a receber militares dos EUA para conter migração

AFP/Arquivos / ORLANDO SIERRAMigrantes hondurenhos deixam o Centro Metropolitano de San Pedro Sula, 300 km ao norte de Tegucigalpa, rumo Pa fronteira com a Guatemala, em 10 de abril de 2019
O presidente da Guatemala, Jimmy Morales, está disposto a receber um destacamento de militares dos Estados Unidos em sua fronteira com o México para conter uma forte onda migratória, afirmou o congressista americano Vicente González em carta publicada neste sábado (1) pela imprensa local.
González, representante democrata pelo estado do Texas (sul), fez esta afirmação em uma carta enviada em abril ao presidente Donald Trump, detalhou o jornal Prensa Libre em sua página na Internet.
"O presidente Jimmy Morales indicou que daria as boas-vindas à introdução de tropas dos Estados Unidos na fronteira norte da Guatemala. Migrantes do Triângulo Norte (Guatemala, Honduras e El Salvador) primeiro devem atravessar a fronteira Guatemala-México em sua travessia para o norte" do continente, indicou o congressista na carta, acrescentou a imprensa.
Até o momento, a chancelaria guatemalteca não respondeu à afirmação de González.
"Continuo sem informação" sobre o tema, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Marta Larra, ao ser questionada por jornalistas sobre a suposta oferta de Morales, um ex-comediante de televisão.
Desde outubro passado, milhares de migrantes centro-americanos, principalmente hondurenhos, formam caravanas multitudinárias rumo aos Estados Unidos fugindo da pobreza e da violência.
As caravanas provocaram crises humanitárias, sobretudo em cidades fronteiriças de Guatemala e México.
Na segunda-feira, Morales e o secretário Interino de Segurança Nacional americano, Kevin McAleenan, assinaram na capital guatemalteca um convênio para combater o tráfico de drogas e de migrantes.




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