'Chega de Trump', clamam chavistas durante protesto contra sanções americanas Alemanha corta subsídios a projetos de proteção diante de desmatamento na Amazônia

'Chega de Trump', clamam chavistas durante protesto contra sanções americanas

AFP/Arquivos / Federico ParraO chavismo também saiu em passeata na última quinta-feira, em Caracas, contra as sanções americanas
Aos gritos de "Chega de Trump!", milhares de seguidores do chavismo saíram em passeata neste sábado em várias cidades da Venezuela, em um novo protesto contra as sanções comerciais que os Estados Unidos impuseram nesta semana ao governo de Nicolás Maduro.
A segunda mobilização em dois dias incluiu uma coleta de assinaturas para acompanhar um manifesto de protesto que será enviado ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Os manifestantes, a maioria vestindo vermelho, cor do chavismo, agitavam bandeiras da Venezuela e imagens de Simón Bolívar e do finado presidente Hugo Chávez.
"Trump quer nos matar de fome, fora Trump, não te queremos aqui!", disse Ana de Castellanos à estatal VTV, no centro de Caracas. "Vai nos matar de fome!", proclamou a manifestante, que usava uma bandeira amarrada no pescoço e um bigode falso ao estilo Maduro.
Outras manifestações aconteceram paralelamente em estados como Zulia, Barinas e Bolívar. Uma pequena passeata ocorreu também na favela 23 de Janeiro, reduto chavista na capital, onde uma bandeira americana foi queimada.
O governo Trump anunciou nesta semana um bloqueio dos ativos da Venezuela nos Estados Unidos e sanções a qualquer empresa que negociar com o governo venezuelano, a mais recente de uma série de sanções que buscam asfixiar e propiciar a queda de Maduro.
Em resposta às sanções, Maduro congelou o diálogo que mantinha com a oposição com a mediação da Noruega.

Alemanha corta subsídios a projetos de proteção diante de desmatamento na Amazônia

AFP/Arquivos / CARL DE SOUZA(Arquivo) O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou nesta semana que o desmatamento na Amazônia brasileira totalizou 2.254 km² em julho, 278% a mais do que no mesmo mês de 2018 (596,6 km²)
O governo alemão anunciou neste sábado a suspensão de parte de seus subsídios a projetos de proteção da Floresta Amazônica, devido ao aumento do desmatamento no Brasil desde a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao poder.
"A política do governo brasileiro para a Amazônia gera dúvidas sobre a continuação de uma redução sustentável do índice de desmatamento", declarou hoje ao jornal alemão "Tagesspiegel" a ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze.
A primeira etapa consiste em bloquear um subsídio de 35 milhões de euros para projetos de preservação da floresta e da biodiversidade brasileira até que as cifras voltem a ser animadoras, assinala o jornal.
De 2008 a 2019, o governo alemão liberou um total de 95 milhões de euros para diferentes projetos de proteção ambiental no Brasil.
A Alemanha continuará contribuindo para o Fundo Amazônia, criado em 2008 e do qual seu doador mais generoso, a Noruega, ameaça se retirar. O país escandinavo anunciou anos atrás que seus pagamentos ao Brasil seriam reduzidos à metade e poderiam até ser extintos no futuro.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou nesta semana que o desmatamento na Amazônia brasileira totalizou 2.254 km² em julho, 278% a mais do que no mesmo mês de 2018 (596,6 km²).


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