Impropriedades presidenciais: mulher cabra da peste e gaúcho de faca na bota Expressões regionais têm significados muito específicos. É o caso de "cabra da peste" e "gaúcha de faca na bota", utilizadas por Bolsonaro e Collor.








Impropriedades presidenciais: mulher cabra da peste e gaúcho de faca na bota

 
Expressões regionais têm significados muito específicos. É o caso de "cabra da peste" e "gaúcha de faca na bota", utilizadas por Bolsonaro e Collor.
A expressão “cabra da peste”, usada pelo presidente Jair Bolsonaro para buscar identificação com a região Nordeste, provocou risadas desabridas na bancada parlamentar oposicionista daquela região. Segundo o presidente, sua filha, Laura, descende de cearenses, portanto, é “uma cabra da peste”.
Foi uma gafe, pois essa expressão – “cabra da peste” – é exclusivamente masculina, para destacar homens valentes. É grosseria dizer isto a uma mulher.
Com isto, o paulista Bolsonaro repete um fora idêntico do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Quando candidato, em 1989, visitando o Rio Grande do Sul, evocando suas origens gaúchas (a mãe, Leda, era gaúcha, filha de um político famoso, Lindolfo Collor, o primeiro ministro do Trabalho), para se valorizar como machão valente e decidido, disse Collor: “Sou gaúcho de faca na bota”.
Os gaúchos também morreram de rir, pois, para afirmar seu machismo, usou uma expressão feminina. No Rio Grande do Sul, se diz “mulher de faca na bota” para destacar a valentia feminina. Nunca um homem.
Collor e Bolsonaro falaram o que não sabiam.

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