Força Armada venezuelana exige punição para promotores de sanções dos EUA
Venezuelan Presidency/AFP/Arquivos / Marcelo GARCIAPadrino lidera a Força Armada, considerada a principal base do governo Maduro.
O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, exigiu nesta quarta-feira o rigor da lei para quem na Venezuela promove sanções dos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro.
"Basta de impunidade!" - escreveu Padrino no Twitter, um dia após os Estados Unidos bloquearem ativos da Venezuela em seu território. "Os que começaram com este 'jogo' de pedir sanções para a Nação (...) com bastardos objetivos políticos devem ser punidos com a lei".
A Força Armada, principal base de Maduro, "exige justiça", afirmou o ministro, sem citar nomes.
O governo qualificou de "terrorismo econômico" as sanções dos Estados Unidos, as últimas de uma série de medidas contra Maduro.
O bloqueio de Washington, que lidera a pressão internacional para obter a saída de Maduro, prevê um embargo do petróleo e sanções contra empresas que negociem com o governo em Caracas, considerado "ilegítimo" por Washington.
Caracas considera que com esta nova ofensiva para expulsar Maduro do poder, Washington e seus aliados "apostam no fracasso do diálogo político" entre delegados do governo e do líder opositor Juan Guaidó sob a mediação da Noruega, pois "temem seus resultados e benefícios".
Reino Unido e EUA buscam acordo comercial rápido pós-Brexit
AFP/Arquivos / Tolga AKMENCom o premiê Boris Johnson decidido a garantir que o Reino Unido deixe a UE em 31 de outubro, com ou sem acordo, alcançar um tratado comercial com o governo Trump ganhou importância para Londres
Os chefes da diplomacia americana e britânica afirmaram, nesta quarta-feira (7), estarem preparados para avançar "o quanto antes" em um acordo comercial para quando o Brexit for concretizado.
Em Washington, o novo ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab, pediu para a União Europeia (UE) negociar um novo acordo para evitar que a saída do Reino Unido seja uma calamidade.
Após se reunir com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, Raab afirmou que as duas partes concordaram na necessidade de negociações rápidas sobre um acordo de duas vias.
"Os Estados Unidos são nosso maior sócio comercial bilateral. O presidente Trump deixou claro novamente que quer um ambicioso acordo de livre-comércio com o Reino Unido, assim espero que possamos alcançá-lo o quanto antes após deixarmos a UE, em 31 de outubro", afirmou Raab à imprensa.
A seu lado, Pompeo acrescentou que Washington apoia a "eleição soberana" de Londres de deixar a UE, aconteça o que acontecer.
"Estaremos na porta, lado a lado, prontos para assinar um novo acordo de livre-comércio o quanto antes", afirmou Pompeo.
- Grande oportunidade -
Com o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decidido a garantir que o Reino Unido deixe UE em 31 de outubro, com acordo, ou sem, alcançar um tratado comercial com o governo de Trump ganhou importância para Londres.
O presidente americano, que apoia Johnson, garantiu que o comércio entre os dois países poderia crescer quando o Reino Unido abandonar a UE e falou com o primeiro-ministro britânico sobre um acordo, poucos dias após sua posse, no mês passado.
Raab se reuniu com Trump e o vice-presidente, Mike Pence, na noite de terça, no começo de uma turnê de três dias, que também vai levá-lo ao México e ao Canadá.
Enquanto isso, a ministra de Comércio Internacional do Reino Unido, Liz Truss, também em Washington, organizou reuniões com funcionários de alto escalão do Departamento de Comércio dos EUA.
"Negociar e assinar um novo e emocionante acordo de livre-comércio com os Estados Unidos é uma das minhas principais prioridades", disse Truss.
"Após ter assentado as bases, estamos acelerando este acordo para que as empresas possam aproveitar a oportunidade de ouro de aumentar o comércio com os Estados Unidos o quanto antes", acrescentou.
Após seu primeiro telefonema para Johnson, Trump disse à imprensa que um acordo bilateral com a Grã-Bretanha após o Brexit pode levar a um intercâmbio comercial "de três a quatro, ou cinco, vezes" maior do que o atual.
"Acho que será um acordo comercial muito substancial", disse Trump à épca.
- 'Desesperado' por um acordo -
Mais propenso a se aproximar de Trump do que sua antecessora, Theresa May, Johnson espera poder fechar um acordo rápido que transmita uma mensagem sobre a capacidade de Londres de se virar fora da UE.
O entusiasmo mostrado por Trump por um acordo contrasta com a atitude do presidente anterior, Barack Obama, que disse que o Reino Unido estaria "no fim da fila" para qualquer tipo de acordo comercial, se deixasse a UE.
"O Reino Unido não tem influência. A Grã-Bretanha está desesperada (...), não tem mais nada. Precisa de um acordo muito em breve", avaliou Larry Summers, secretário do Tesouro no governo Bill Clinton.
No ano passado, os EUA tiveram superávit comercial de 20 bilhões de dólares com o Reino Unido.
Os dois países trocaram 262 bilhões de dólares em bens e serviços, segundo o gabinete do representante comercial americano (USTR), o que significa que o Reino Unido foi o quinto maior mercado de exportação dos Estados Unidos.
copiado https://www.afp.com/pt/noticia/3
Nenhum comentário:
Postar um comentário