Trump insiste em que Fed deve cortar juros mais rapidamente
AFP/Arquivos / NICHOLAS KAMM(Arquivo) O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (es), ao lado do presidente do Fed, Jerome Powell, na Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta quarta-feira (7) em sua pressão sobre o Federal Reserve (Fed, Banco Central), ao pedir mais estímulos, conforme as eleições de 2020 se aproximam.
Embora as ações e o rendimento dos títulos tenham caído no mundo todo, em meio à preocupação com a escalada na guerra comercial de Trump com Pequim, ele acusou o Banco Central americano de ser uma ameaça maior para a economia do país do que a China.
"Eles têm que cortar as taxas de modo mais rápido e interromper seu ridículo aperto monetário imediatamente", escreveu Trump no Twitter - uma semana depois de o Fed reduzir a taxa de juros americana em 0,25 ponto pela primeira vez em mais de uma década.
"Incompetência é uma (...) coisa horrível de se ver, especialmente quando as coisas poderiam ter sido resolvidas tão facilmente", criticou.
Em uma série de mensagens, ele destacou que três bancos centrais - da Índia, da Tailândia e da Nova Zelândia - cortaram os juros. Os três países podem sofrer os impactos de uma desaceleração econômica da China e uma redução no comércio.
O presidente do Fed, Jerome Powell, citou as incertezas comerciais como um fator na decisão de cortar as taxas de juros americanas após quatro aumentos no ano passado.
"Nosso problema não é a China. Estamos mais fortes do que nunca, o dinheiro está sendo despejado nos EUA", afirmou Trump. "Nosso problema é um Federal Reserve que é muito (...) orgulhoso para admitir seu erro por ter agido rápido demais e ter apertado demais (e que eu estava certo!)".
- Reação esperada? -
A força da economia americana é o principal argumento de Trump na defesa de um segundo mandato. Ele tem recebido apoio dos republicanos, apesar de suas incontáveis controvérsias e fracassos de política externa.
O assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou na terça que o Fed deveria cortar em até um ponto a taxa básica de juros para reverter as altas do ano passado, quando a economia estava em uma forte recuperação.
Ontem, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, disse à AFP, porém, que as taxas estavam "no patamar correto".
Trump costuma recorrer ao mercado de ações para comprovar que suas políticas estão beneficiando a economia. Com a queda das ações na Bolsa de Nova York nesta quarta, ele mudou de estratégia.
"Eu acho que a reação do mercado era esperada. Eu esperava algo ainda pior", disse Trump à imprensa na Casa Branca. "Em algum momento, como eu acabei de dizer, temos que enfrentar a China", insistiu.
A incerteza no panorama global não se resume à disputa EUA-China. Com a aproximação de um possível Brexit sem acordo, investidores no mundo todo trocaram ativos arriscados por títulos.
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