O holocausto brasileiro "As pessoas vão morrendo aos poucos nas filas de hospitais sem remédios; a floresta amazônica, derrubada pelo exército de moto-serras, arde em chamas para dar lugar a pastos; os empregos e os direitos trabalhistas são dizimados; a educação pública agoniza junto com a aposentadoria dos idosos", escreve Ricardo Kotscho, do Jornalistas pela Democracia, em referência ao governo Jair Bolsonaro 10 de agosto de 2019, 14:04 h


O holocausto brasileiro

"As pessoas vão morrendo aos poucos nas filas de hospitais sem remédios; a floresta amazônica, derrubada pelo exército de moto-serras, arde em chamas para dar lugar a pastos; os empregos e os direitos trabalhistas são dizimados; a educação pública agoniza junto com a aposentadoria dos idosos", escreve Ricardo Kotscho, do Jornalistas pela Democracia, em referência ao governo Jair Bolsonaro
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia
“O Brasil está sob uma tirania com aparência de democracia” (Jurista Pedro Serrano, em entrevista à TV 247).
Sim, ainda não temos campos de concentração, nem câmeras de gás.
Mas as pessoas vão morrendo aos poucos nas filas de hospitais sem remédios; a floresta amazônica, derrubada pelo exército de moto-serras, arde em chamas para dar lugar a pastos; os empregos e os direitos trabalhistas são dizimados; a educação pública agoniza junto com a aposentadoria dos idosos.
Como já nos faltam palavras, só mesmo recorrendo ao “pai dos burros”.
No Dicionário Informal, a palavra que mais se aproxima do atual estágio da degradação civilizatória do país é Holocausto, a denominação dada ao extermínio de milhões judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Que melhor definição poderíamos encontrar para o que estamos vivendo no Brasil de 2019, governado por um boçal aprendiz de ditador e seus fanáticos seguidores?
Entre os antônimos de Holocausto, encontrei as palavras organizado, arrumado, vida _ ou seja, tudo o que nos faz falta hoje.
E o que fez o governo diante desta catástrofe ambiental? Demitiu o presidente do Inpe, o físico Ricardo Galvão, e colocou no posto um militar da Aeronáutica.
Na mesma edição da Folha, em reportagem de Fábio Zanini e Flávia Faria, ficamos sabendo que a violência policial disparou em São Paulo e no Rio.
“Os números de pessoas mortas por policiais militares em serviço no Estado de São Paulo cresceu 11,5% no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. No Rio, até junho, a polícia foi responsável por 29% das mortes violentas no Estado, um recorde”.
Foram 426 pessoas mortas por policiais em São Paulo e 881 no Rio, de janeiro a julho.
Assim como o inominável presidente, os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio, Wilson Witzel, liberaram suas polícias para atirar primeiro e perguntar depois.
Morte, vingança e destruição são as marcas desses governos eleitos em 2018 sob a bandeira da “nova política”.
Não por acaso, a imprensa, a OAB e as instituições do Estado, como o Ibama e o Inpe, responsáveis pela defesa do meio ambiente, e a educação pública são os principais alvos da nova ordem unida, que desafia a Constituição e o Estado de Direito, para implantar um regime de força no país.
Para obrar seu intento, o capitão conta com 147 generais na ativa e nada menos de 5.290 na reserva, segundo a coluna de Lúcio Vaz, na Gazeta do Povo, provavelmente o maior batalhão de generais de pijama do mundo.
Eles custam ao país R$ 1,7 bilhão por ano e ficaram fora da reforma da Previdência. Muitos deles agora dobraram seus proventos porque foram requisitados pelo capitão para cargos no governo.
E ainda dizem que “as instituições estão funcionando normalmente”.
A prosseguir assim, ainda viraremos uma imensa Siripinas, o casamento incestuoso de Síria com Filipinas, deixando a Venezuela no chinelo.
Bom final de semana a todos.
Vida que segue.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

Conheça a TV 247

copiado https://www.afp.com/pt/noticia/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...