Juntos, islamistas devem obter maioria no Egito
CAIRO - O resultado oficial deve ser divulgado somente nesta sexta-feira, mas os islamistas já declararam uma vitória decisiva na primeira rodada das eleições parlamentares egípcias. Segundo resultados parciais, o Partido Liberdade e Justiça - braço político da Irmandade Muçulmana - teria recebido entre 40% e 45% dos votos, confirmando previsões anteriores que davam vitória ao grupo banido durante a ditadura de Hosni Mubarak. Mas a grande surpresa fica a cargo dos salafistas - muçulmanos ultraconservadores - que receberam forte apoio nas urnas. Juntos, os dois grupos devem conquistar cerca de 65% dos assentos no Parlamento, garantindo aos islamistas a maioria no órgão.
Os resultados parciais também indicam que o Bloco Egípcio - aliança eleitoral formada por partidos liberais, social-democratas e de esquerda - conquistou mais votos do que o esperado, e pode formar uma real força de oposição no Parlamento.
Os resultados que serão divulgados nesta sexta-feira correspondem somente à primeira etapa da votação - que ocorreu apenas em 9 dos 27 distritos do país. Outras duas rodadas envolvendo os demais distritos estão marcadas para as próximas semanas, e o resultado final deve ser conhecido apenas no meio de janeiro.
- Nós seguimos as regras da democracia, e aceitamos a vontade do povo - comemorou Essam el-Erian, um dos líderes do Partido Liberdade e Justiça. - Haverá vencedores e perdedores. Mas o verdadeiro vencedor será o Egito.
Tradicionalmente, a Irmandade Muçulmana costuma mostrar um certo desprezo pelo ultraconservador Nour, que disputa o segundo lugar nas votações com o Bloco Egípcio. Mas analistas afirmam que a Irmandade chegou a cooperar com o Nour durante a campanha eleitoral. Além disso, ela teria dificuldades em ignorar os salafistas - que representam 5 milhões de egípcios, num país de 82 milhões.
- Se a Irmandade quiser, pode transformar o Parlamento numa questão islamista: um debate entre islamistas liberais, islamistas moderados e islamistas conservadores - afirmou ao “New York Times” Michael Wahid Hanna, pesquisador da Fundação Century, no Cairo, lembrando que os salafistas poderiam usar sua influência eleitoral para garantir poder num novo governo. - Não acho que isso seja uma coisa boa. Não é um dia feliz para mim.
O jornal inglês "Guardian" lembra que, caso o resultado seja mesmo divulgado na sexta-feira, deverá coincidir com mais uma grande manifestação popular marcada para acontecer na Praça Tahrir. Apelidado de "tributo aos heróis da Rua Mohamed Mahmoud", o protesto vai homenagear os 43 mortos e mais de mil feridos nos confrontos com as forças de segurança do governo nas últimas semanas naquele local.
COPIADO : http://extra.globo.com/noticias/mundo
Os resultados parciais também indicam que o Bloco Egípcio - aliança eleitoral formada por partidos liberais, social-democratas e de esquerda - conquistou mais votos do que o esperado, e pode formar uma real força de oposição no Parlamento.
Os resultados que serão divulgados nesta sexta-feira correspondem somente à primeira etapa da votação - que ocorreu apenas em 9 dos 27 distritos do país. Outras duas rodadas envolvendo os demais distritos estão marcadas para as próximas semanas, e o resultado final deve ser conhecido apenas no meio de janeiro.
- Nós seguimos as regras da democracia, e aceitamos a vontade do povo - comemorou Essam el-Erian, um dos líderes do Partido Liberdade e Justiça. - Haverá vencedores e perdedores. Mas o verdadeiro vencedor será o Egito.
Tradicionalmente, a Irmandade Muçulmana costuma mostrar um certo desprezo pelo ultraconservador Nour, que disputa o segundo lugar nas votações com o Bloco Egípcio. Mas analistas afirmam que a Irmandade chegou a cooperar com o Nour durante a campanha eleitoral. Além disso, ela teria dificuldades em ignorar os salafistas - que representam 5 milhões de egípcios, num país de 82 milhões.
- Se a Irmandade quiser, pode transformar o Parlamento numa questão islamista: um debate entre islamistas liberais, islamistas moderados e islamistas conservadores - afirmou ao “New York Times” Michael Wahid Hanna, pesquisador da Fundação Century, no Cairo, lembrando que os salafistas poderiam usar sua influência eleitoral para garantir poder num novo governo. - Não acho que isso seja uma coisa boa. Não é um dia feliz para mim.
O jornal inglês "Guardian" lembra que, caso o resultado seja mesmo divulgado na sexta-feira, deverá coincidir com mais uma grande manifestação popular marcada para acontecer na Praça Tahrir. Apelidado de "tributo aos heróis da Rua Mohamed Mahmoud", o protesto vai homenagear os 43 mortos e mais de mil feridos nos confrontos com as forças de segurança do governo nas últimas semanas naquele local.
COPIADO : http://extra.globo.com/noticias/mundo
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