Embaixadores visitam casas diplomáticas atacadas no Irã Os imóveis foram destruídos e pichados com os dizeres 'Morte aos ingleses'

Diplomacia

Embaixadores visitam casas diplomáticas atacadas no Irã

Os imóveis foram destruídos e pichados com os dizeres 'Morte aos ingleses'

Entrada da moradia diplomática na região de Golhak, no norte de Teerã, com a pichação "Abaixo à Grã-Bretanha" Entrada da moradia diplomática na região de Golhak, no norte de Teerã, com a pichação "Abaixo à Grã-Bretanha" (Rauf Mohseni / Reuters)
Os embaixadores e chefes da missão da União Europeia e de outros países no Irã visitaram nesta quinta-feira as duas casas do complexo da embaixada britânica atacados em Teerã para comprovar os danos causados pela ação de terça-feira executada por manifestantes islâmicos radicais. Além dos representantes diplomáticos da UE, uniram-se ao grupo os representantes de Brasil, Turquia, México, Suíça, Canadá e Austrália.


Entenda o caso


  1. • Centenas de manifestantes iranianos invadiram a embaixada britânica em Teerã, em 29 de novembro, queimaram bandeira, saquearam e jogaram documentos fora.
  2. • Uma hora depois, o complexo de Gholhak Garden (onde vivem diplomatas) foi tomado e 6 pessoas foram feitas reféns por 3 horas.
  3. • Os ataques foram uma resposta às sanções adotadas na semana anterior pela Grã-Bretanha contra o programa nuclear iraniano, que segundo a AIEA estaria prestes a fabricar uma bomba atômica.
  4. • Um dia antes, o Irã aprovou uma lei que diminui as relações diplomáticas com o país.

Durante 20 minutos, a polícia iraniana impediu o acesso deles à embaixada britânica do grupo de diplomatas, apesar da autorização que tinham para entrar. "Tínhamos a permissão de Londres. Se não nos deixassem entrar, seria uma violação à Convenção de Viena (para a proteção de funcionários e dos prédios diplomáticos e consulares)", disse um dos diplomatas antes de os agentes liberarem a passagem.
Os imóveis ficam nos jardins de Gholhak, no norte de Teerã, região que abriga entre outras instalações o Colégio Britânico, que fechou as portas por tempo indeterminado. Como revelou o grupo na saída, os invasores eram em sua maioria Voluntários Islâmicos (Basij) maiores de 30 anos, "não estudantes", que "sabiam perfeitamente o que fazer" e se dirigiram, principalmente, às casas dos diplomatas.
Destruição - O local ficou arrasado, com a mobília destruída e cheias de pichações, nas quais era possível ler: "Morte aos ingleses" e "Morte à rainha". Vários representantes diplomáticos comentaram que, no piso das casas e no jardim, havia garrafas de bebidas alcoólicas abertas, mas não quebradas, o que dava a impressão que os invasores as consumiram no local.
Após visitar os jardins de Gholhak, os chefes das missões diplomáticas foram até o prédio da embaixada britânica na região de Ferdowsi, onde fica a casa do embaixador, também atacada na terça-feira. "A residência do embaixador britânico está completamente arrasada, toda destruída, quadros quebrados e vários carros com o interior queimado", contou outro diplomata.
(Com agência EFE)  COPIADO : http://veja.abril.com.br/noticia/internacional

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