'Nada de assustador', diz chefe da missão da Liga Árabe sobre Homs
Mustafa Dabi confirma não ter visto tanques, retirados das ruas pelo Exército sírio
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BEIRUTE - O chefe da missão da Liga Árabe, o general sudanês Mustafa Dabi, disse não ter visto "nada assustador" em Homs, berço da revolta contra o governo do presidente Bashar al-Assad. Os monitores fazem, nesta quarta-feira, a segunda visita à cidade síria.
- Houve alguns locais onde a situação não era boa - disse Dabi, por telefone, à agência de notícias Reuters. - Mas não havia nada assustador, ao menos enquanto estivemos lá. As coisas estavam calmas e não ouve confrontos.
Na terça-feira, horas antes da chegada dos monitores, 11 tanques foram vistos deixando Homs. Outros estariam escondidos em prédios do governo. Corpos teriam sido removidos da cidade e presos foram levados para bases militares, onde os observadores não têm acesso, dizem ativistas.
As áreas mais críticas não teriam sido visitadas devido à presença de franco-atiradores no alto dos prédios. Os observadores enfrentaram ainda o desespero dos moradores da cidade sitiada, que cobraram proteção internacional.
Homs é o coração da revolta de nove meses contra o governo de Assad e tornou-se um dos seus locais mais sangrentos com rebeldes armados lutando contra tanques e metralhadoras do governo. Os monitores estão na Síria para verificar se o país está retirando suas tropas das cidades e detendo a violência, que ameaçou o início de uma guerra civil.
Residentes do distrito de Baba Amr, onde a equipe realizou uma visita inicial, disseram ter sentido que os monitores não estavam respondendo a suas queixas.
- Eu senti que eles realmente não reconheceram o que eles têm visto. Talvez eles tenham ordens para não mostrar simpatia. Mas eles não parecem entusiasmados em ouvir as histórias das pessoas - disse Omar, residente e ativista em Baba Amr. - Nos sentimos como se estivéssemos gritando em um vazio.
Ativistas disseram ter mostrado à equipe edifícios marcados com balas e morteiros e apontaram o que eles disseram ser tanques, mas só tiveram duas horas para acompanhá-los em uma visita.
Dabi explicou que sua equipe não viu tanques mas que tinham visto alguns veículos blindados. Ele disse que sua equipe planejava visitar Baba Amr novamente.
- A situação parecia reconfortante até agora. Mas lembre-se, este foi apenas o primeiro dia. Temos 20 pessoas que estarão lá por um longo tempo - afirmou.
Os monitores visitaram as famílias de pessoas mortas na violência recente, bem como alguns dos feridos.
Na terça-feira, o Exército retirou tanques do perímetro de Baba Amr, num movimento que críticos disseram ser uma jogada do governo para enganar monitores.
Apesar das críticas, um residente de Homs, que pediu para não ser identificado, disse que a visita permitiu que ativistas levassem mais suprimentos a áreas cercadas pelas forças de segurança.
- A única coisa boa que saiu da visita é que conseguimos trazer alimentos para o bairro e para outras áreas - disse.Copiado : oglobo.globo.com/
- Houve alguns locais onde a situação não era boa - disse Dabi, por telefone, à agência de notícias Reuters. - Mas não havia nada assustador, ao menos enquanto estivemos lá. As coisas estavam calmas e não ouve confrontos.
Na terça-feira, horas antes da chegada dos monitores, 11 tanques foram vistos deixando Homs. Outros estariam escondidos em prédios do governo. Corpos teriam sido removidos da cidade e presos foram levados para bases militares, onde os observadores não têm acesso, dizem ativistas.
As áreas mais críticas não teriam sido visitadas devido à presença de franco-atiradores no alto dos prédios. Os observadores enfrentaram ainda o desespero dos moradores da cidade sitiada, que cobraram proteção internacional.
Homs é o coração da revolta de nove meses contra o governo de Assad e tornou-se um dos seus locais mais sangrentos com rebeldes armados lutando contra tanques e metralhadoras do governo. Os monitores estão na Síria para verificar se o país está retirando suas tropas das cidades e detendo a violência, que ameaçou o início de uma guerra civil.
Residentes do distrito de Baba Amr, onde a equipe realizou uma visita inicial, disseram ter sentido que os monitores não estavam respondendo a suas queixas.
- Eu senti que eles realmente não reconheceram o que eles têm visto. Talvez eles tenham ordens para não mostrar simpatia. Mas eles não parecem entusiasmados em ouvir as histórias das pessoas - disse Omar, residente e ativista em Baba Amr. - Nos sentimos como se estivéssemos gritando em um vazio.
Ativistas disseram ter mostrado à equipe edifícios marcados com balas e morteiros e apontaram o que eles disseram ser tanques, mas só tiveram duas horas para acompanhá-los em uma visita.
Dabi explicou que sua equipe não viu tanques mas que tinham visto alguns veículos blindados. Ele disse que sua equipe planejava visitar Baba Amr novamente.
- A situação parecia reconfortante até agora. Mas lembre-se, este foi apenas o primeiro dia. Temos 20 pessoas que estarão lá por um longo tempo - afirmou.
Os monitores visitaram as famílias de pessoas mortas na violência recente, bem como alguns dos feridos.
Na terça-feira, o Exército retirou tanques do perímetro de Baba Amr, num movimento que críticos disseram ser uma jogada do governo para enganar monitores.
Apesar das críticas, um residente de Homs, que pediu para não ser identificado, disse que a visita permitiu que ativistas levassem mais suprimentos a áreas cercadas pelas forças de segurança.
- A única coisa boa que saiu da visita é que conseguimos trazer alimentos para o bairro e para outras áreas - disse.Copiado : oglobo.globo.com/
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