ONU já vê estado de guerra civil na Síria Comissária denuncia mais de 4 mil mortos e crimes contra a Humanidade no país

ONU já vê estado de guerra civil na Síria

Comissária denuncia mais de 4 mil mortos e crimes contra a Humanidade no país

com agências internacionais
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Montagem mostra o magnata das telecomunicações Rami Makhluf (à esqueda) e o irmão do presidente sírio Maher al-Assad (à direita), ambos possíveis alvos de restrições de viagens discutidas pela Liga Árabe Foto: LOUAI BESHARA/RAMZI HAIDAR / AFP
Montagem mostra o magnata das telecomunicações Rami Makhluf (à esqueda) e o irmão do presidente sírio Maher al-Assad (à direita), ambos possíveis alvos de restrições de viagens discutidas pela Liga Árabe LOUAI BESHARA/RAMZI HAIDAR / AFP
BEIRUTE - O crescente número de mortos, que já passa de 4 mil em nove meses, e as cada vez mais frequentes deserções nas Forças Armadas, que impõem uma resistência ao regime do ditador Bashar al-Assad, colocam a Síria em estado de guerra civil. A afirmação foi feita nesta quinta-feira por Navy Pillay, comissária da ONU para direitos humanos. Segundo ela, há indícios ainda de que Damasco comete crimes contra a Humanidade e que, por isso, deve ser processado.
- Eu disse em agosto, diante do Conselho de Segurança, que assim que o número de desertores aumentasse e eles começassem a pegar em armas haveria uma guerra civil. - explicou Navy. - E, neste momento, é assim que vejo a situação.
As duras críticas de Navy reforçam uma pressão que, interna e externamente, já era grande contra o governo Assad. Nesta quinta-feira, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição do país, anunciou que vai se unir ao Exército Sírio Livre, composto por desertores, numa ação coordenada contra o governo de Damasco.
O CNS garantiu que os soldados dissidentes concordaram em suspender os ataques contra forças sírias, informou a BBC. Os líderes do CNS, Burhan Ghalioun, e do Exército desertor, Riyad al-Asaad, se encontraram na província turca de Hatay. A união dos opositores pode representar um golpe ainda mais duro contra o regime sírio, acreditam analistas.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores do Kuwait orientou seus cidadãos que estão na Síria a deixarem o país imediatamente para sua própria segurança. O governo também recomendou que sejam canceladas viagens ao território sírio, em função dos protestos e da violenta repressão por parte do governo.
Em mais um sinal do isolamento do governo de Bashar al-Assad, a União Europeia também concordou em intensificar as sanções à Síria. Os novos alvos são 11 empresas e 12 indivíduos. Não foram divulgadas, porém, quais são as sanções.
A violência no país continua apesar da condenação internacional. Mais cedo, ativistas sírios informaram que tropas do governo atacaram a aldeia de Traimseh, na região central do país, deixando cinco mortos. Outra pessoa morreu na cidade de Homs, um dos focos da resistência ao regime de Assad. Em Hama, mais seis civis foram mortos.
A oposição síria convocou uma greve geral em protesto contra a repressão ao protestos por democracia, iniciados em março. Segundo a rede de TV al Jazeera, a paralisação já acontece em várias cidades. É mais uma dificuldade imposta ao regime Assad, que já é alvo de sanções econômicas unilaterais.
No domingo, a Liga Árabe também aprovou sanções contra o país. A organização divulgou na quarta-feira uma lista de 17 autoridades que poderão ter proibidas suas viagens para países do bloco. Entre os nomes estão o ministro da Defesa, o do Interior, o magnata das telecomunicações Rami Makhluf e Maher al-Assad, irmão do presidente sírio. Copiado : http://oglobo.globo.com/mundo/o

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