26/12/2011 13h21 - Atualizado em 26/12/2011 13h46
Oposição dá a Merkel apoio inesperado para presidente alemão
Christian Wulff sofre pressão para deixar o cargo por escândalo bancário.
Líder do social democrata disse que renúncia poderia criar crise nacional.
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A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu apoio inesperado nesta segunda-feira (26) em sua luta para manter seu presidente no cargo, com um endosso improvável do líder da oposição do Partido Social Democrata (SPD) da Alemanha.
O presidente do SPD, Sigmar Gabriel, que pode concorrer contra Merkel na eleição de 2013, disse que não queria que o aliado da chanceler, Christian Wulff, renunciasse por um escândalo bancário porque isso poderia iniciar uma crise nacional se um segundo chefe de Estado caísse em dois anos.
Wulff vem sofrendo intensa pressão pública para deixar o cargo depois de 18 meses, embora tenha se desculpado por ter enganado parlamentares sobre como obteve um empréstimo particular de 500.000 euros (US$ 650.000) para uma casa.
"Seria um desastre no limite de uma crise nacional se um segundo presidente renunciasse no período de dois anos", disse Gabriel ao jornal conservador Die Welt, que vem cobrindo os negócios de Wulff extensamente.
"Ele precisa se explicar bem, mas isso não deve levar à sua demissão - e sim a uma volta a desempenhar seus deveres como presidente de maneira credível e decente", disse Gabriel.
A intervenção de Gabriel pode ter sido provocada pela esperança do SPD de instalar seu próprio candidato na eleição presidencial em 2015, quando as chances de o SPD controlar a Assembleia Federal são maiores. A saída de Wulff agora significaria uma eleição imediata e uma provável vitória conservadora. A próxima eleição, então, seria em 2017.
A coalizão de centro-direita de Merkel, que apoiou Wulff, tem uma maioria apertada de quatro cadeiras entre os 1.244 membros da Assembleia Federal que se reúnem a cada cinco anos para eleger o chefe de Estado da Alemanha. Em 2010, quando Wulff foi eleito, a maioria era de 22 cadeiras.
Analistas políticos dizem que o SPD também não tem interesse em ver a coalizão de Merkel entrar em colapso agora, porque não quer que os eventos saiam de controle ao ponto de provocar novas eleições parlamentares.
Na quinta-feira, Wulff se desculpou pessoalmente pela primeira vez pelo escândalo sobre suas finanças pessoais e relações com empresários ricos, mas disse que pretendia permanecer chefe de Estado apesar de ter "irritado" os alemães.
Os negócios financeiros de Wulff podem minar a credibilidade de Merkel. Ela o escolheu para o cargo em 2010, quando sua última escolha para presidente teve que renunciar.
Em um país com pouca tolerância para erros financeiros de autoridades eleitas, o escândalo deu a Merkel uma dor de cabeça no fim de um ano duro.
Wullf, que foi premiê da Baixa Saxônia de 2003 a 2010, substituiu Horst Koehler, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional. Ele renunciou de forma inesperada em 2010 depois de fazer declarações não diplomáticas sobre as missões militares no estrangeiro.
Copiado : http://g1.globo.com/mundo/notic
O presidente do SPD, Sigmar Gabriel, que pode concorrer contra Merkel na eleição de 2013, disse que não queria que o aliado da chanceler, Christian Wulff, renunciasse por um escândalo bancário porque isso poderia iniciar uma crise nacional se um segundo chefe de Estado caísse em dois anos.
Wulff vem sofrendo intensa pressão pública para deixar o cargo depois de 18 meses, embora tenha se desculpado por ter enganado parlamentares sobre como obteve um empréstimo particular de 500.000 euros (US$ 650.000) para uma casa.
"Seria um desastre no limite de uma crise nacional se um segundo presidente renunciasse no período de dois anos", disse Gabriel ao jornal conservador Die Welt, que vem cobrindo os negócios de Wulff extensamente.
"Ele precisa se explicar bem, mas isso não deve levar à sua demissão - e sim a uma volta a desempenhar seus deveres como presidente de maneira credível e decente", disse Gabriel.
A intervenção de Gabriel pode ter sido provocada pela esperança do SPD de instalar seu próprio candidato na eleição presidencial em 2015, quando as chances de o SPD controlar a Assembleia Federal são maiores. A saída de Wulff agora significaria uma eleição imediata e uma provável vitória conservadora. A próxima eleição, então, seria em 2017.
A coalizão de centro-direita de Merkel, que apoiou Wulff, tem uma maioria apertada de quatro cadeiras entre os 1.244 membros da Assembleia Federal que se reúnem a cada cinco anos para eleger o chefe de Estado da Alemanha. Em 2010, quando Wulff foi eleito, a maioria era de 22 cadeiras.
Analistas políticos dizem que o SPD também não tem interesse em ver a coalizão de Merkel entrar em colapso agora, porque não quer que os eventos saiam de controle ao ponto de provocar novas eleições parlamentares.
Na quinta-feira, Wulff se desculpou pessoalmente pela primeira vez pelo escândalo sobre suas finanças pessoais e relações com empresários ricos, mas disse que pretendia permanecer chefe de Estado apesar de ter "irritado" os alemães.
Os negócios financeiros de Wulff podem minar a credibilidade de Merkel. Ela o escolheu para o cargo em 2010, quando sua última escolha para presidente teve que renunciar.
Em um país com pouca tolerância para erros financeiros de autoridades eleitas, o escândalo deu a Merkel uma dor de cabeça no fim de um ano duro.
Wullf, que foi premiê da Baixa Saxônia de 2003 a 2010, substituiu Horst Koehler, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional. Ele renunciou de forma inesperada em 2010 depois de fazer declarações não diplomáticas sobre as missões militares no estrangeiro.
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