Terrorismo
Operação autorizada por Sarkozy tenta desmantelar células jihadistas islâmicas
Grupo de policiais que participaram da invasão ao apartamento do assassino de Toulouse (PASCAL PAVANI / AFP)
A polícia francesa prendeu na madrugada desta sexta-feira vinte pessoas relacionadas a grupos islâmicos radicais, sobretudo de Toulouse. Dirigida pelos serviços de espionagem do país, a operação contou com agentes do corpo de elite Raid e busca desmantelar a ação de células fanáticas na França. As detenções aconteceram também em outras grandes cidades do país, como Nantes (noroeste).
A ação da polícia acontece quando a França ainda está sob o trauma dos assassinatos de sete pessoas - quatro crianças e um professor judeus e três militares - perpetrados pelo jovem francês de origem argelina Mohammed Merah. Fontes da emissora BFMTV, no entanto, asseguram que as detenções não têm relação direta com os crime cometidos pelo terrorista, morto em um cerco no último dia 22.
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"O que ocorreu esta manhã vai continuar, haverá outras operações, que entre outras coisas nos permitirão expulsar quem não tem que estar na França", afirmou o presidente Nicolas Sarkozy. O governante informou durante as buscas, a polícia apreendeu rifles AK-47, de origem soviética. Sarkozy relacionou os atentados de Toulouse e Montauban à proibição da entrada de pregadores radicais no país.
Investigação - O jornal Le Figaro indica em seu site que as detenções estão relacionadas ao grupo jihadista Forsane Alizza, dissolvido pelo Ministério do Interior em 29 de fevereiro e que tinha sua principal base em Nantes. No entanto, Sarkozy ordenou uma pesquisa mais profunda sobre essas organizações radicais islâmicas após os massacres de Merah, que disse ser membro da Al Qaeda.
Os agentes se encontram agora em determinar se Merah contou com cúmplices para cometer seus crimes. Abdelkader Merah, irmão mais velho do assassino confesso, permanece preso sob a acusação de cumplicidade.
Resposta - Com a operação desta sexta-feira, o governo francês tenta dar uma resposta para as críticas à capacidade dos serviços de segurança do país. Mesmo monitorado pela Direção Central Informação Interior (DCRI), Merah não era considerado um 'homem perigoso' pelas autoridades do país. "Não havia nenhum elemento que permitisse prender Merah, porque a legislação não permite vigiar de forma permanente sem sentença alguém que não cometeu um delito", afirmou o premiê francês François Fillon.Copiado : http://veja.abril.com.br
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