30 de março de 2012 • 17h36 • atualizado às 19h47
Multidão se despede de Daniel Zamudio, morto por grupo neonazista na terça-feira, em cemitério de Santiago
Foto: AP
Foto: AP
O jovem gay chileno Daniel Zamudio, morto na terça-feira depois de ser atacado brutalmente por um suposto grupo neonazista, foi sepultado nesta sexta-feira após um funeral marcado por protestos pelo fim da discriminação no país. O cortejo fúnebre do jovem de 24 anos partiu de sua casa, em São Bernardo (sul), e percorreu um longo trajeto até o Cemitério de Santiago tendo sido acompanhado por milhares de pessoas com flores e panos brancos.
A morte de Daniel Zamudio causou comoção em todo o país. O jovem agonizou por três semanas no hospital. Seus assassinos o espancaram, o queimaram com cigarros, marcaram seu corpo com símbolos nazistas e o apedrejaram. "Quero agradecer em nome de toda a família. Haverá tempo para a justiça, só peço respeito e agradeço de coração por cada gesto e lágrima derramada por meu irmão", disse seu irmão Diego para a multidão que exigia medidas para proteger as minorias.
Com a morte de Zamudio, o governo anunciou que irá acelerar as discussões no Congresso sobre a lei antidiscriminação que tramita há sete anos. "O governo quer que o projeto da lei Antidiscriminação possa tramitar da forma mais rápida possível para que a morte de Daniel Zamudio não seja em vão", ressaltou o porta-voz Andrés Chadwick. A lei, destinada a proteger as minorias raciais, sexuais e religiosas, sanciona penalmente quem realizar ações contra estes grupos.
O projeto de lei foi aprovado em novembro no Senado e agora precisa ser ratificado na Câmara dos Deputados, onde legisladores de direita já expressaram a sua oposição. Em agosto, o governo de Sebastián Piñera enviou ao Congresso um projeto de lei que regula as uniões civis, inclusive as do mesmo sexo, mas não estabelece a possibilidade de matrimônio.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, lamentou o crime que custou a vida do jovem chileno e exortou ao Congresso chileno a aprovar a lei contra a discriminação. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao Chile uma "investigação séria" para não se perder na impunidade.
A morte de Daniel Zamudio causou comoção em todo o país. O jovem agonizou por três semanas no hospital. Seus assassinos o espancaram, o queimaram com cigarros, marcaram seu corpo com símbolos nazistas e o apedrejaram. "Quero agradecer em nome de toda a família. Haverá tempo para a justiça, só peço respeito e agradeço de coração por cada gesto e lágrima derramada por meu irmão", disse seu irmão Diego para a multidão que exigia medidas para proteger as minorias.
Com a morte de Zamudio, o governo anunciou que irá acelerar as discussões no Congresso sobre a lei antidiscriminação que tramita há sete anos. "O governo quer que o projeto da lei Antidiscriminação possa tramitar da forma mais rápida possível para que a morte de Daniel Zamudio não seja em vão", ressaltou o porta-voz Andrés Chadwick. A lei, destinada a proteger as minorias raciais, sexuais e religiosas, sanciona penalmente quem realizar ações contra estes grupos.
O projeto de lei foi aprovado em novembro no Senado e agora precisa ser ratificado na Câmara dos Deputados, onde legisladores de direita já expressaram a sua oposição. Em agosto, o governo de Sebastián Piñera enviou ao Congresso um projeto de lei que regula as uniões civis, inclusive as do mesmo sexo, mas não estabelece a possibilidade de matrimônio.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, lamentou o crime que custou a vida do jovem chileno e exortou ao Congresso chileno a aprovar a lei contra a discriminação. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao Chile uma "investigação séria" para não se perder na impunidade.
- AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao us copiado : http://noticias.terra.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário