Educação solidária
O Brasil é
um país de grandes desigualdades sociais e econômicas: um fosso muito
grande entre ricos e pobres enfraquece a solidariedade que a cidadania
democrática requer. Para estreitar esse fosso podem-se usar alguns
instrumentos de fácil acesso, se houver interesse
e vontade política com os recursos existentes na própria sociedade.
Depois da morte precoce de Betinho, não apareceu outra liderança que
conduzisse os movimentos sociais por esse caminho de encontro social e
solidariedade.
Apesar dessa grave questão, nosso povo é dos mais solidários e precisa ser conduzido para ações cívicas de cidadania. O começo desse grande apartheid social é justamente na educação de nossas crianças. Os mais abastados mandam seus filhos para escolas particulares com maior qualidade no ensino, enquanto os filhos das famílias que não têm alternativas ficam nas escolas públicas, onde o ensino não prima pela qualidade, dentre outros motivos, pela falta de valorização dos mestres.
As instituições de educação superior, onde essa máxima se inverte, as universidades públicas são destinadas aos mais ricos, enquanto os pobres penam para pagar as privadas e caras universidades, devem assumir essa verdadeira exigência da responsabilidade social universitária. A universidade tem que tomar para si a responsabilidade de ajudar a resolver os problemas sociais emergentes.
As instituições acadêmicas que não são apenas espaços contemplativos devem pensar mais a realidade e assumir papéis de protagonismos colocando-se à disposição da sociedade somando conhecimento científico e humano, não apenas dos muros para dentro mas, sobretudo, em seu entorno.
O papel da moderna universidade se completa com os programas de responsabilidade social como o combate ao analfabetismo, às carências de saúde, e, sobretudo, o fortalecimento do sistema de garantia de direitos das crianças e adolescents, onde podem assumir o papel de assessoramento aos Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos para ajudar na criação de uma corrente de proteção e garantia dos direitos fundamentais à base da sociedade que já nasce adoecida pelas enormes diferenças sociais e alto grau de violência que alimenta sua infância.
Alguns países já desenvolvem em suas universidades esse protagonismo de responsabilidade social concretizando o esforço de educação solidária na formação acadêmica de seus alunos como um exercício da responsabilidade social universitária.
.* Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é membro da Associação Juízes para a Democracia
Apesar dessa grave questão, nosso povo é dos mais solidários e precisa ser conduzido para ações cívicas de cidadania. O começo desse grande apartheid social é justamente na educação de nossas crianças. Os mais abastados mandam seus filhos para escolas particulares com maior qualidade no ensino, enquanto os filhos das famílias que não têm alternativas ficam nas escolas públicas, onde o ensino não prima pela qualidade, dentre outros motivos, pela falta de valorização dos mestres.
As instituições de educação superior, onde essa máxima se inverte, as universidades públicas são destinadas aos mais ricos, enquanto os pobres penam para pagar as privadas e caras universidades, devem assumir essa verdadeira exigência da responsabilidade social universitária. A universidade tem que tomar para si a responsabilidade de ajudar a resolver os problemas sociais emergentes.
As instituições acadêmicas que não são apenas espaços contemplativos devem pensar mais a realidade e assumir papéis de protagonismos colocando-se à disposição da sociedade somando conhecimento científico e humano, não apenas dos muros para dentro mas, sobretudo, em seu entorno.
O papel da moderna universidade se completa com os programas de responsabilidade social como o combate ao analfabetismo, às carências de saúde, e, sobretudo, o fortalecimento do sistema de garantia de direitos das crianças e adolescents, onde podem assumir o papel de assessoramento aos Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos para ajudar na criação de uma corrente de proteção e garantia dos direitos fundamentais à base da sociedade que já nasce adoecida pelas enormes diferenças sociais e alto grau de violência que alimenta sua infância.
Alguns países já desenvolvem em suas universidades esse protagonismo de responsabilidade social concretizando o esforço de educação solidária na formação acadêmica de seus alunos como um exercício da responsabilidade social universitária.
.* Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é membro da Associação Juízes para a Democracia
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