França
Hollande pressionado a remodelar após derrota
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- Português reeleito vereador de bairro de Paris
- Direita com 45,9% dos votos nas municipais francesas
- PM francês reconhece revés para os socialistas
- Direita e extrema-direita proclamam vitória nas eleições
por Susana Salvador, com agências
Marine
Le Pen fala de uma "nova etapa" para a Frente Nacional, que conquistou
11 câmaras. A Liga do Sul, também de extrema-direita, conquistou outras
três
Fotografia © Reuters
Um dia depois da pesada derrota socialista nas municipais francesas, e
da conquista de 14 câmaras por parte da extrema-direita, o Presidente
François Hollande é pressionado, até pelos seus apoiantes, a proceder a
mudanças no Governo e na sua política, devendo falar ainda hoje anunciar
as suas intenções.
Os socialistas perderam pelo
menos 155 municípios de mais de nove mil habitantes, incluindo alguns
que há mais de cem anos eram de esquerda, voltando a pintar o mapa
francês do azul da direita. Alain Juppé, ex-chefe de diplomacia de
Nicolas Sarkozy, indicou que esta "derrota pungente" da esquerda coloca
responsabilidades à direita de começar a preparar já a "alternância".
A Frente Nacional, que estava praticamente ausente do mapa municipal, conquistou 11 câmaras, o que levou a líder do partido de extrema-direita, Marine Le Pen, a saudar "uma nova etapa" na história do partido. A extrema-direita, através da Liga do Sul, conquistou ainda mais três câmaras.
Menos de dois anos após a sua chegada ao poder em maio de 2012 e a dois meses das eleições europeias, onde também se anuncia outra derrota, o Presidente sofreu com este escrutínio uma derrota pessoal. Muitos eleitores de esquerda refugiaram-se na abstenção, não perdoando a Hollande a incapacidade de reduzir o desemprego, como tinha prometido.
"Hollande apanhado na armadilha de uma derrota histórica", lê-se no 'Le Monde', enquanto o 'Libération' constata que "o Presidente está nu", lembrando que Hollande, que detesta agir sobre pressão, não poderá "esquivar-se" e "deverá revelar as suas intenções muito rapidamente". De acordo com o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, próximo do Presidente, este deverá falar ainda hoje "sem dúvida na televisão".
A Frente Nacional, que estava praticamente ausente do mapa municipal, conquistou 11 câmaras, o que levou a líder do partido de extrema-direita, Marine Le Pen, a saudar "uma nova etapa" na história do partido. A extrema-direita, através da Liga do Sul, conquistou ainda mais três câmaras.
Menos de dois anos após a sua chegada ao poder em maio de 2012 e a dois meses das eleições europeias, onde também se anuncia outra derrota, o Presidente sofreu com este escrutínio uma derrota pessoal. Muitos eleitores de esquerda refugiaram-se na abstenção, não perdoando a Hollande a incapacidade de reduzir o desemprego, como tinha prometido.
"Hollande apanhado na armadilha de uma derrota histórica", lê-se no 'Le Monde', enquanto o 'Libération' constata que "o Presidente está nu", lembrando que Hollande, que detesta agir sobre pressão, não poderá "esquivar-se" e "deverá revelar as suas intenções muito rapidamente". De acordo com o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, próximo do Presidente, este deverá falar ainda hoje "sem dúvida na televisão".
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