contra o racismo
Pioneiro ao ressaltar a importância dos descendentes de africanos para a originalidade do esporte mais popular do país, o livro foi publicado em 1947, com prefácio de Gilberto Freyre.
A obra é, por muitos especialistas, incluída na galeria dos grandes ensaios de interpretação da formação e da identidade brasileiras, ao lado de obras como "Casa-Grande & Senzala", de Freyre, e "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Hollanda.
Está na quinta edição, pela editora carioca Mauad (R$ 64,90, 344 págs.).
A iniciativa de publicar a edição em inglês partiu do Ministério do Esporte, que providenciou a tradução e negocia com a editora os detalhes da publicação.
"[A edição] faz parte da nossa ideia de que a Copa seja um momento de luta contra o racismo e de afirmação da sociedade miscigenada que somos nós. E o livro traz uma visão de como o futebol no Brasil foi uma plataforma de promoção social dos jovens negros, mulatos e mestiços", disse à Folha o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Rebelo não soube informar quantos exemplares serão impressos nem quanto será gasto com o projeto. A princípio, diz ele, os custos serão bancados pelo ministério.
Nas últimas semanas, os jogadores Tinga, do Cruzeiro, e Arouca, do Santos, e o árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva foram alvo de atos de racismo em estádios do Brasil e do Peru (caso de Tinga).
"Essas manifestações projetam uma mancha no futebol. A Fifa, a ONU, o governo brasileiro —todos estão preocupados com o racismo no futebol", afirmou Rebelo.
Segundo o ministro, o tema foi tratado na visita que Dilma fez ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, na Suíça, no final de janeiro.
O combate ao racismo na Copa já está acertado, afirmou, faltando definir ações mais específicas. Entre as as possibilidades, Rebelo citou faixas exibidas pelas seleções, frases lidas pelos capitães dos times ou mensagens no uniforme dos árbitros.
NOME DE ESTÁDIO
Mais conhecido como irmão de Nelson Rodrigues ou como o jornalista que batiza o Maracanã —estádio cuja construção incentivou—, Mario Filho (1908-1966) foi figura central para o futebol carioca e para a consolidação da imprensa esportiva no país.
COPIADO http://www1.folha.uol.com.br
Livro 'O Negro no Futebol Brasileiro' ganha edição em inglês na Copa
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O clássico "O Negro no Futebol Brasileiro", de Mario Filho, ganhará uma
edição em inglês para ser distribuída entre autoridades e jornalistas
estrangeiros durante a Copa do Mundo no Brasil, a partir de 12 de junho,
como parte da campanha do governo contra o racismo nos estádios.
Pioneiro ao ressaltar a importância dos descendentes de africanos para a originalidade do esporte mais popular do país, o livro foi publicado em 1947, com prefácio de Gilberto Freyre.
A obra é, por muitos especialistas, incluída na galeria dos grandes ensaios de interpretação da formação e da identidade brasileiras, ao lado de obras como "Casa-Grande & Senzala", de Freyre, e "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Hollanda.
Divulgação | ||
Capa da quinta edição do livro 'O Negro no Futebol Brasileiro', de Mario Filho |
A iniciativa de publicar a edição em inglês partiu do Ministério do Esporte, que providenciou a tradução e negocia com a editora os detalhes da publicação.
"[A edição] faz parte da nossa ideia de que a Copa seja um momento de luta contra o racismo e de afirmação da sociedade miscigenada que somos nós. E o livro traz uma visão de como o futebol no Brasil foi uma plataforma de promoção social dos jovens negros, mulatos e mestiços", disse à Folha o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Rebelo não soube informar quantos exemplares serão impressos nem quanto será gasto com o projeto. A princípio, diz ele, os custos serão bancados pelo ministério.
Nas últimas semanas, os jogadores Tinga, do Cruzeiro, e Arouca, do Santos, e o árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva foram alvo de atos de racismo em estádios do Brasil e do Peru (caso de Tinga).
"Essas manifestações projetam uma mancha no futebol. A Fifa, a ONU, o governo brasileiro —todos estão preocupados com o racismo no futebol", afirmou Rebelo.
Segundo o ministro, o tema foi tratado na visita que Dilma fez ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, na Suíça, no final de janeiro.
O combate ao racismo na Copa já está acertado, afirmou, faltando definir ações mais específicas. Entre as as possibilidades, Rebelo citou faixas exibidas pelas seleções, frases lidas pelos capitães dos times ou mensagens no uniforme dos árbitros.
NOME DE ESTÁDIO
Mais conhecido como irmão de Nelson Rodrigues ou como o jornalista que batiza o Maracanã —estádio cuja construção incentivou—, Mario Filho (1908-1966) foi figura central para o futebol carioca e para a consolidação da imprensa esportiva no país.
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