Aécio surtou, Gilmar, bandalheira e imprensa golpista
04 de
Dezembro de 2014 às 19:40
Oposição edifica os tijolos de um
processo golpista e irresponsável ao não reconhecer a vitória de sua adversária
trabalhista
O senador
Aécio Neves (PSDB), derrotado pela presidenta trabalhista Dilma Rousseff (PT)
nas eleições presidenciais, ainda está em plena campanha, que terminou após os
resultados do segundo turno. Contudo, o tucano surtou e lembra muito o político
direitista venezuelano, Henrique Capriles, na maneira de falar, agir e apostar
em golpe institucional, como o fez com o presidente Hugo Chávez, mesmo ao preço
de sacrificar o estado de direito, a democracia e as instituições republicanas,
pois não respeitou o resultado das urnas, a soberania da maioria do povo, que
não o elegeu.
Aécio
Neves transita pelas mesmas veredas tortuosas de Capriles, e dá uma guinada
radical à direita. Por seu turno, trata-se de um senador de atuação política e
parlamentar medíocre e, por sua vez, o eleitorado de Minas Gerais o reprovou,
porque os mineiros elegeram para governador o petista Fernando Pimentel, além
de Dilma ter vencido o candidato do PSDB em seu próprio Estado, fatos que se
tornam muito emblemáticos, porque o povo mineiro ratificou o provérbio popular
“Quem não te conhece que te compre”. Como os mineiros sabem de quem se trata, o
tucano perdeu em sua terra e hoje tem a desfaçatez de se considerar vitorioso
mesmo a ser derrotado pelo PT.
As
reações do político mineiro após a derrota eleitoral são, no mínimo,
estapafúrdias e de fundo psicótico. Seus pronunciamentos não são normais,
porque não correspondem aos fatos, depõem contra as realidades apresentadas e
distorcem a verdade. Aécio, juntamente com sua trupe aboletada no PSDB, no DEM
e na imprensa de negócios privados cada vez mais golpista e descaradamente
mentirosa, simplesmente se aliou a uma direita histérica e que até agora não se
conformou com a derrota nas urnas para o PT e passou, colericamente a discursar
em favor da instabilidade democrática, do desequilíbrio entre os poderes e,
consequentemente, passou a flertar, inquestionavelmente, com a possibilidade de
um golpe de estado.
Uma
oposição que edifica os tijolos de um processo golpista e irresponsável ao não
reconhecer a vitória de sua adversária trabalhista, fato este que eleva os ânimos
de segmentos conservadores e reacionários da sociedade, perigosos à normalidade
democrática, que invadem as galerias do Congresso para ofender com palavras de
baixo calão parlamentares da base do Governo, eleitos pelo povo, que estão a
votar, por exemplo, matérias importantes para o País, a exemplo do Projeto que
altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, que permite a revisão da meta
de resultado fiscal.
A
oposição tucana e seus aliados trataram, com a participação da imprensa de
mercado e familiar, a questão como se fosse um golpe do Governo Trabalhista
para não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que, indubitavelmente, não
é verdade, mas, sim, uma deslavada mentira. A verdade é a seguinte: o Governo
Trabalhista quer descontar da meta fiscal os investimentos no PAC, além de
recuperar as perdas de receitas provenientes de incentivos fiscais concedidos a
empresas privadas, pois o objetivo era fazer a roda da economia girar e, por
conseguinte, combater a crise internacional por intermédio da manutenção dos
programas sociais e da criação de empregos, o que foi feito, indelevelmente.
Contudo,
muitas empresas, mesmo a receber incentivos fiscais e vender seus produtos como
nunca aconteceu antes neste País, muitas delas mantiveram seus preços altos, a
despeito das desonerações, realidades estas que acenderam a luz vermelha do
Governo petista, que deixou de arrecadar para favorecer empresas cujos
empresários gananciosos e sem quaisquer compromissos com o País e seu povo se
beneficiaram com imensas vendas, sem, contudo, dar a contrapartida. Um
verdadeiro absurdo.
Na outra
ponta de interesses políticos e inconfessáveis, porque de essências golpistas,
o PSDB, à frente o candidato derrotado Aécio Neves, com o apoio de uma imprensa
alienígena, que há muito tempo deixou de fazer jornalismo para se transformar
em um partido oficioso, golpista e de direita, começou a distorcer todo esse
processo ao dizer em plenário que o Governo Trabalhista não quer cumprir com o
superávit primário para pagar a dívida pública e os juros embutidos, o que não
é a verdade.
O Governo
Dilma, como já disse anteriormente, quer melhorar a arrecadação e evitar,
sobremaneira, os cortes no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e nos
programas sociais, responsáveis maiores pela manutenção dos empregos dos
brasileiros e, sem sombra de dúvida, pelo aquecimento da economia. Esta é a
verdade. Ponto. O que sobra é mentira, leviandade, engodo, trapaça, cinismo e
hipocrisia de uma oposição midiática e partidária de direita, que deseja o poder
a qualquer custo.
A
oposição, inconformada e desesperada por estar há 12 anos sem controlar o
Governo Federal, ainda vai ficar mais quatro anos a ver navios, pois
instituições como o Banco do Brasil, a Petrobras, o BNDES, a Caixa e o
Itamaraty vão continuar a trabalhar para efetivar os programas de inclusão
social do povo brasileiro, bem como o Brasil vai permanecer no caminho do
desenvolvimento, em busca de novas parcerias e a favor de aprimorar e
fortalecer instituições como os Brics, a Unasul, o Mercosul e o G-20.
São essas
questões, além de muitas outras, que deixam a Casa Grande, proprietária
escravagista de seres humanos por quase quatro séculos, tão revoltada, que se
dispõe a criminalizar o Governo Trabalhista e o PT, assim como judicializa a
política sistematicamente, toda vez que recebe críticas ou perde votações em
plenário, por não ter, evidentemente, maioria parlamentar.
O jogo
político do PSDB, do DEM, da mídia empresarial e de setores importantes do
Ministério Público, do STF e da Policia Federal é pesado e sujo. Este conjunto
partidário não oficial e que age de forma visivelmente ordenada para atingir
seus propósitos pretende desestabilizar o Governo com a finalidade de
conquistar o poder por via judicial. Considero bastante questionável o político
do Supremo, Gilmar Mendes, um juiz direitista e opositor manifesto e feroz dos
governantes trabalhistas ser o responsável pela aprovação ou não das contas da
campanha presidencial do PT.
Simplesmente,
surreal! E a desfaçatez não para por aí. Tal magistrado é também o relator do
processo de interpelação criminal contra o tucano Aécio Neves, que declarou,
irresponsavelmente e sordidamente, que perdeu a eleição para uma organização
criminosa. Acabou a pantomima política? Lógico que não. O juiz de direita,
inimigo do PT e do Governo Trabalhista ainda vai decidir, a seu bel-prazer,
quando vai devolver o projeto que proíbe o financiamento privado de campanhas
políticas, que abastece o caixa dois dos partidos e causa transtornos políticos
e institucionais ao País, além de ser usado criminosamente pelas mídias
comerciais para desestabilizar a democracia.
O
“mensalão”, o do PT, parou nas barras dos tribunais e algumas lideranças do
partido foram presas. Entretanto, os responsáveis pelos mensalões do PSDB e do
DEM estão soltos, lépidos e fagueiros, a rirem da cara do povo e talvez a
chamar de “otários” os petistas presos. O mensalão tucano completou aniversário
de dez anos de impunidade este ano, ou seja, caducou, e certamente nenhum
criminoso emplumado vai ser preso ou ser alvo de notícias da imprensa
corporativa, que sempre os blindou.
Os
responsáveis pelas injustiças e impunidades ora praticadas são,
inapelavelmente, o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal, que
jamais quiseram investigar, de verdade, esse grave processo, que atinge, em
cheio, os tucanos. Mas, Gilmar Mendes, juiz que toma partido e se pronuncia
sobre processos que estão em andamento e que ele vai julgar, considera-se
inatingível e por isso toma atitudes nefastas ao País como, por exemplo, pedir
vista para se “inteirar” melhor sobre o projeto que proíbe o financiamento
privado de campanhas políticas.
Há oito
meses o condestável juiz se recusa a devolver o projeto. Por seis votos a um, a
Suprema Corte decidiu pela aprovação da matéria, sendo que vai ganhar um prêmio
quem acertar de quem foi único voto favorável ao financiamento privado. Já
adivinharam? É isto mesmo: o voto contra o principal bandeira da reforma
política é de... Gilmar Mendes! Quer dizer que um juiz sabedor que as campanhas
financiadas por empresas podem acabar em mensalões e prisões, continua a
insistir no erro? E ele é juiz! Seria cômico e surreal se não fosse trágico.
Autoritário
e desmedido quando se trata de seus interesses e dos grupos os quais defende ou
se associa, o juiz Gilmar Mendes, a meu ver, deveria sofrer um processo de
impeachment no Senado, porque se verificarem com seriedade e determinação o que
este cidadão fez ou deixou de fazer, na posição de magistrado do STF,
certamente os investigadores, corregedores e promotores ficariam de cabelo em
pé ou completamente com o pensamento atrapalhado por não compreenderem o porquê
de um juiz incorrer em tantos erros e nunca ser denunciado por crimes de
responsabilidade
Todavia,
Gilmar vai ter de devolver o que não lhe pertence: o País. Também vai ter de
ser, pela primeira vez na vida, imparcial, pois está a verificar as contas de
campanha de Dilma Rousseff, e o PSDB, agremiação que sempre recorre ou consulta
o juiz nomeado por FHC — o Neoliberal I — pediu no sábado, dia 29 de outubro, a
reprovação das contas do PT e da presidenta.
Aécio
Neves é o PSDB atuam em todos os setores para inviabilizar o Governo
Trabalhista e engessar, com a cooperação do Judiciário e do MP, as ações e os
programas do Governo, até porque esses setores conservadores sabem que dar um
golpe em Dilma Rousseff vai ter séria consequências, inclusive com a tomada das
ruas pelas forças populares e de segmentos da sociedade organizada, a exemplo
dos sem tetos, dos sem terras, dos sindicados, das federações e confederações
de trabalhadores, da OAB, da ABI, da UNE e de setores legalistas das Forças
Armadas, do Congresso, do Judiciário, além dos governadores que apoiam o
Governo Trabalhista e controlam as polícias militares e civis de seus estados.
Apostar em golpes é suicídio político e desrespeito à história, porque quando
ela se repete acontece em forma de farsa.
Chega a
ser uma leviandade o senhor Aécio Neves afirmar que o Governo Dilma é
ilegítimo, porque venceu embates, por intermédio do voto, nos plenários do
Congresso. O candidato mineiro foi derrotado e o senador está surtado, de forma
similar aos radicais de direita da classe média, que foram às ruas pedir
impeachment e golpe militar ou invadiram o Congresso para ilegalmente impedir
votações e lançar ofensas àqueles que foram eleitos pelo povo para deliberar,
legislar e governar. Autoridades da grandeza institucional de Aécio Neves e
Gilmar Mendes deveriam parar de se comportar como anões políticos, apesar de
cada ente humano ser medido historicamente pelos seus atos e ações. A
bandalheira e o golpe tem um nome: direita. É isso aí.
copiado http://www.brasil247.com/pt/247
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